domingo, 7 de julho de 2013

A Histogênese Espiritual

O homem, quando encarnado, é composto de: 
 - corpo físico,
-  duplo etérico, (fluido animalizado)
-  corpo perispiritual (perispírito) 
-  Alma (é o espírito na condição de encarnado) 

 - Questão 134 do Livro dos Espíritos :
 Que é a alma?  Resposta: "Um Espírito encarnado.").

Na questão 135 Kardec perguntou aos Espíritos da Codificação:

135. Há no homem outra coisa além da alma e do corpo?

Resposta: "Há o laço que une a alma ao corpo." 

Kardec prosseguiu perguntando na questão 135-a:

Qual a natureza desse laço?

Resposta dos Espíritos:

"Semimaterial,  isto é, intermediário entre o Espírito e o corpo.  É preciso que seja assim para que eles possam comunicar-se  um com o outro.  Por meio desse laço é que o Espírito atua sobre a matéria e vice-versa."

- O homem é, portanto, formado de tres partes essenciais:

1º) O corpo ou ser material, análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital;

2º) A Alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação;

3º) O princípio intermediário, ou perispírito, substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao Espírito e une a alma ao corpo.  Tais são, num fruto, a semente, a polpa e a casca

Quando ele desencarna, a vida continua, mas agora segue sem o corpo físico e sem o duplo etérico (que se esvai no nosso ambiente), pois a matéria do duplo  pertence ao nosso plano, embora o homem não tenha condição de percebê-la com os sentidos normais, tal como não pode perceber visualmente o ar  que respira.

O perispírito, também conhecido por psicossoma, corpo perispiritual, dentre outros, é ligado ao corpo físico por um laço fluídico. Quando este laço é rompido (em acidentes, por exemplo) ou quando ele se desliga, a exemplo da morte natural, o restante da energia contida no duplo etérico se esvai na atmosfera e o perispírito se desprende. O homem passa, então, à condição de desencarnado, e o perispírito, que nunca é separado do espírito, passa a ser o seu corpo que irá identificá-lo, com a aparência que tinha durante sua última existência em nosso plano.  Ele passa a transitar no plano astral com este corpo perispiritual.

Mas, então, podemos concluir que o perispírito do encarnado é o mesmo do desencarnado?

-   A maioria dos quem lêem sobre o assunto imagina que sim, mas  não é bem assim o que nos ensina o Espírito André Luiz, no livro Evolução em 2 Mundos, no capítulo HISTOGÊNESE ESPIRITUAL, onde ele informa que a criatura elabora órgãos novos, o que é diferente de novos órgãos.

Vou reproduzir, agora o trecho do livro Evolução em 2 Mundos, onde André Luiz ensina sobre a Histogênese Espiritual e a formação de um corpo perispiritual diferente daquele que a individualidade transitou quando encarnada:





“HISTOGÊNESE ESPIRITUAL”

— Assim também, a criatura humana, depois do período infantil, atravessa expressi­vas etapas de renovação interior, até alcançar a madureza corpó­rea, não obstante apresenta-se com a mesma forma exterior, porqüanto somente após o esgotamento da força vital no curso da vida, através da senectude ou da caquexia por intervenção da enfermidade, é que se habilita à transformação mais profunda.



Nesse período característico da caducidade celular ou da moléstia irreversível, demonstra gradativa diminuição de ativi­dade, não mais tolerando a alimentação.



Pouco a pouco, declinam as suas atividades fisiológicas e a inércia substitui-lhe os movimentos.



Protege-se, desde então, no repouso horizontal em decú­bito, quase sempre no leito, preparando o trabalho liberatório.


Chega, assim, o momento em que se imobiliza na cadaverização, mumificando­-se à feição da crisálida, mas envolvendo-se no imo do ser com os fios dos próprios pensamentos, conser­vando-se nesse casulo de forças mentais, tecido com as suas próprias idéias reflexas dominantes ou secreções de sua própria mente, durante um período que pode variar entre minutos, ho­ras, dias, meses ou decênios.

No ciclo de cadaverização da forma somática, sob o go­verno dinâmico de seu corpo espiritual, padece extremas altera­ções que, na essência, correspondem à histólise das células físicas, ao mesmo tempo que elabora órgãos novos pelo fenômeno que podemos nomear, por falta de termo equivalente, como sen­do histogênese espiritual, aproveitando os elementos vivos, desagregados do tecido citoplasmático, e que se mantinham até então, ligados à colmeia fisiológica entregue ao desequilíbrio ou à decomposição.

A histólise ou processo destrutivo na desencarnação re­sulta da ação dos catalisadores químicos e de Outros recursos do mundo orgânico que, alentados em níveis de degenerescéncia, operam a mortificação dos tecidos e, do ponto de vista do corpo espiritual, afetam principalmente a morfologia dos músculos e os aparelhos da nutrição, com escassa influência sobre os siste­mas nervoso e circulatório.

Pela histogênese espiritual, os tecidos citoplasmáticos se desvencilham em definitivo de alguns dos característicos que lhes são próprios, voltando temporariamente, qual se atendessem a processo involutivo, à condição de células embrionárias multiformes que se dividem, através da cariocinese, plasmando, em novas condições, a forma do corpo espiritual, segundo o tipo imposto pela mente.



DESENCARNAÇÃO DO ESPÍRITO

 — Apenas aí, quando os acontecimentos da morte se realizam, é que a criatura humana desencarnada, plenamente renovada em si mesma, abandona o veículo carnal a que se jungia; contudo, muitas ve­zes íntimamente aprisionada ao casulo dos seus pensamentos dominantes, quando não trabalhou para renovar-se, nos recessos do espírito, passa a revelar-se em novo peso específico, segundo a densidade da vida mental em que se gradua, dispondo de no­vos elementos com que atender à própria alimentação, equiva­lentes às trompas fluídico-magnéticas de sucção, embora sem perder de modo algum o aparelho bucal que nos é característico, salientando-se, aliás, que semelhantes trompas ou antenas de matéria sutil estão patentes nas criaturas encarnadas, a se lhes expressarem na aura comum, como radículas alongadas de es­sência dinâmica, exteriorizando-lhes as radiações específicas, trompas ou antenas essas pelas quais assimilamos ou repelimos as emanações das coisas e dos seres que nos cercam, tanto quanto as irradiações de nós mesmos, uns para com os outros.

CONTINUAÇÃO DA EXISTENCIA 

— Metamorfosea­da, pois, não obstante o fenômeno da desencarnação, a persona­lidade humana continua, além-túmulo, o estágio educativo que iniciou no berço, sem perder a própria identidade, somando consigo as experiências da vida carnal, da desencarnação e da metamorfose no plano extrafísico.

Perceberemos, desse modo, que a existência da criatura, na reencarnação, substancializa-se não apenas na Terra, onde atende à plantação dos sentimentos, palavras, atitudes e ações com que se caracteriza, mas também no Mundo Espiritual, onde incorpora a si mesma a colheita da sementeira praticada no campo físico, pelo desdobramento do aprendizado com que en­tesoura as experiências necessárias à sublime ascensão a que se destina.

Uberaba, 5/3/58. 


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Prosseguindo trago, a seguir, mais alguma coisa sobre o que nos dizem os  
Espíritos em relação ao corpo perispiritual do desencarnado em comparação
com o do encarnado.

Do livro "Cons[ciência]" de autoria espiritual do desencarnado Joseph Gleber,
a quem muito devemos aos entraves no programa nuclear desenvolvido pela
Alemanha, trecho  localizado a partir da página 35.

Pergunta 10:
"É possível fazer uma comparação entre o perispírito do encarnado e do 
desencarnado, que vive no estado de erraticidade? ou não haveria diferença
entre a natureza de ambos?  

- Podemos dizer que o perispírito do ser que, mesmo temporariamente, tenha  descartado os veículos densos, como o corpo físico e o duplo etérico, guarda algumas propriedades que o distinguem do psicossoma de meus irmãos encarnados.

Primeiramente, podemos assinalar o fator dimensional em que se localiza o psicossoma, ou melhor dizendo, ao qual está associado e em que está vibrando, em razão do seu estágio de aprimoramento. 

No caso de meus irmãos encarnados, o perispírito vibra inserido num contexto tridimensional,  próprio da experiência física, podendo ter uma vida de relacionamento  direto com a dimensão imediatamente superior, mas inserido e ligado  à dimensão física.
Por outro lado, nós, os chamados desencarnados, vibramos e existimos num contexto  quadridimensional.  No estágio tridimensional, o cordão de  prata e o corpo etérico  estão   ajoujados ao corpo físico, que se torna obediente aos comandos mentais superiores.

Em segundo lugar, é preciso considerar que a vida no corpo físico é uma caricatura ou imitação da vida na erraticidade, principalmente quando analisamos a capacidade do psicossoma do desencarnado de locomover-se e relacionar-se mais intensamente e de forma plena com outros seres de sua dimensão - o que não ocorre com os meus irmãos encarnados.  Esse aspecto é mais evidente quando se tomam as psicopatologias causadoras de distúrbios nos corpos espirituais de meus irmãos ainda prisioneiros do  escafandro físico:  é aí que se mostra, de modo irrefutável, o nível de liberdade sensivelmente maior de que goza o habitante do mundo extracorpóreo.

Nesse arremedo da vida extrafísica, como é considerado o período de encarnação, o perispírito encontra-se  prisioneiro, submisso quase totalmente às contingências das relações próprias da vida na carne, turvando-se-lhe o  potencial e as forças, as percepções e os poderes, que se encontram, nesse estágio, como que adormecidos. 

Com relação às sensações próprias do corpo espiritual, são imensamente diminuídas ou restringidas, devido à necessidade de canalizar as percepções para a condução do veículo denso, imensamente pesado, que é o corpo físico de meus irmãos.

O perispírito do encarnado sofre essa limitação em virtude da consciência do eu superior  ou espírito, que também se restringe no período reencarnatório.  À título de comparação, observa-se uma diminuição das faculdades psicossomáticas proporcional a um milhão por um - ou milionésimo, talvez - quando tem sua esfera de ação restrita à terceira dimensão.

O contrário também é verdadeiro, quando o perispírito se liberta da experiência física e adentra as vibrações da quarta dimensão, ocorre a reabilitação de suas  paracapacidades, que se elevam na razão de um por um milhão.  Isso, sem falar na leveza, no que tange ao peso e aos efeitos da gravidade sobre as células perispirituais, que se reduzem  significativamente, tornando o corpo astral diáfano e excessivamente leve. Essa realidade  nos leva a constatar que o perispírito do encarnado em estado normal está sempre mais  denso, pesado, limitado e tolhido em relação ao perispírito do desencarnado - mesmo se considerarmos que, no psicossoma, desdobrado, ainda ligado ao corpo físico, há uma  influência diminuída do  duplo sobre o corpo , o que provoca certa sutilização.

Do ponto de vista do desencarnado, o perispírito dos meus irmãos desencarnados apresenta-se mais inchado e  com bastante volume, principalmente nas regiões dos  chacras esplênico e do plexo solar, devido ao peso do duplo etérico, que,  de certa maneira, deforma a aparência do psicossoma dos meus irmãos, mesmo quando estão projetados fora dos limites do mundo físico.  Essa é uma das características que tornam facilmente identificáveis os encarnados em desdobramento  do lado de cá.

Além disso, a densidade média do duplo etérico nos encarnados e a atividade constante de energias biofísicas, químicas e do cordão de prata agindo em torno dos corpos físico e etérico fazem com que o psicossoma de meus irmãos se apresente pesado e tacanho, ainda que desdobrados, necessitando muitíssimas vezes do concurso espiritual para se liberarem de tais energias, a fim de alcançarem maior desenvoltura nas experiências fora do corpo."




 



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