- corpo físico,
- duplo etérico, (fluido animalizado)
- corpo perispiritual (perispírito)
- Alma (é o espírito na condição de encarnado)
- Questão 134 do Livro dos Espíritos :
Que é a alma? Resposta: "Um Espírito encarnado.").
Na questão 135 Kardec perguntou aos Espíritos da Codificação:
135. Há no homem outra coisa além da alma e do corpo?
Resposta: "Há o laço que une a alma ao corpo."
Kardec prosseguiu perguntando na questão 135-a:
Qual a natureza desse laço?
Resposta dos Espíritos:
"Semimaterial, isto é, intermediário entre o Espírito e o corpo. É preciso que seja assim para que eles possam comunicar-se um com o outro. Por meio desse laço é que o Espírito atua sobre a matéria e vice-versa."
- O homem é, portanto, formado de tres partes essenciais:
1º) O corpo ou ser material, análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital;
2º) A Alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação;
3º) O princípio intermediário, ou perispírito, substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao Espírito e une a alma ao corpo. Tais são, num fruto, a semente, a polpa e a casca
Quando ele desencarna, a vida continua, mas agora segue sem o corpo físico e sem o duplo etérico (que se esvai no nosso ambiente), pois a matéria do duplo pertence ao nosso plano, embora o homem não tenha condição de percebê-la com os sentidos normais, tal como não pode perceber visualmente o ar que respira.
O perispírito, também conhecido por psicossoma, corpo perispiritual, dentre outros, é ligado ao corpo físico por um laço fluídico. Quando este laço é rompido (em acidentes, por exemplo) ou quando ele se desliga, a exemplo da morte natural, o restante da energia contida no duplo etérico se esvai na atmosfera e o perispírito se desprende. O homem passa, então, à condição de desencarnado, e o perispírito, que nunca é separado do espírito, passa a ser o seu corpo que irá identificá-lo, com a aparência que tinha durante sua última existência em nosso plano. Ele passa a transitar no plano astral com este corpo perispiritual.
Mas, então, podemos concluir que o perispírito do encarnado é o mesmo do desencarnado?
- A maioria dos quem lêem sobre o assunto imagina que sim, mas não é bem assim o que nos ensina o Espírito André Luiz, no livro Evolução em 2 Mundos, no capítulo HISTOGÊNESE ESPIRITUAL, onde ele informa que a criatura elabora órgãos novos, o que é diferente de novos órgãos.
Vou reproduzir, agora o trecho do livro Evolução em 2 Mundos, onde André Luiz ensina sobre a Histogênese Espiritual e a formação de um corpo perispiritual diferente daquele que a individualidade transitou quando encarnada:
“HISTOGÊNESE ESPIRITUAL”
— Assim também, a criatura humana, depois do período infantil, atravessa
expressivas etapas de renovação interior, até alcançar a madureza corpórea,
não obstante apresenta-se com a mesma forma exterior, porqüanto somente após o
esgotamento da força vital no curso da vida, através da senectude ou da
caquexia por intervenção da enfermidade, é que se habilita à transformação mais
profunda.
Nesse período
característico da caducidade celular ou da moléstia irreversível, demonstra
gradativa diminuição de atividade, não mais tolerando a alimentação.
Pouco a pouco, declinam
as suas atividades fisiológicas e a inércia substitui-lhe os movimentos.
Protege-se, desde então,
no repouso horizontal em decúbito, quase sempre no leito, preparando o
trabalho liberatório.
Chega, assim, o momento em que se imobiliza na cadaverização,
mumificando-se à feição da crisálida, mas envolvendo-se no imo do ser com os
fios dos próprios pensamentos, conservando-se nesse casulo de forças mentais,
tecido com as suas próprias idéias reflexas dominantes ou secreções de sua própria mente, durante
um período que pode variar entre minutos, horas, dias, meses ou decênios.
No ciclo de
cadaverização da forma somática, sob o governo dinâmico de seu corpo
espiritual, padece extremas alterações que, na essência, correspondem à
histólise das células físicas, ao mesmo tempo que elabora órgãos novos pelo
fenômeno que podemos nomear, por falta de termo equivalente, como sendo histogênese espiritual, aproveitando
os elementos vivos, desagregados do tecido citoplasmático, e que se mantinham
até então, ligados à colmeia fisiológica entregue ao desequilíbrio ou à
decomposição.
A histólise ou processo
destrutivo na desencarnação resulta da ação dos catalisadores químicos e de
Outros recursos do mundo orgânico que, alentados em níveis de degenerescéncia,
operam a mortificação dos tecidos e, do ponto de vista do corpo espiritual,
afetam principalmente a morfologia dos músculos e os aparelhos da nutrição, com
escassa influência sobre os sistemas nervoso e circulatório.
Pela histogênese espiritual, os tecidos
citoplasmáticos se desvencilham em definitivo de alguns dos característicos que
lhes são próprios, voltando temporariamente, qual se atendessem a processo
involutivo, à condição de células embrionárias multiformes que se dividem,
através da cariocinese, plasmando, em novas condições, a forma do corpo
espiritual, segundo o tipo imposto pela mente.
DESENCARNAÇÃO DO
ESPÍRITO
— Apenas aí, quando os acontecimentos da morte se realizam, é que a
criatura humana desencarnada, plenamente renovada em si mesma, abandona o
veículo carnal a que se jungia; contudo, muitas vezes íntimamente aprisionada
ao casulo dos seus pensamentos dominantes, quando não trabalhou para
renovar-se, nos recessos do espírito, passa a revelar-se em novo peso
específico, segundo a densidade da vida mental em que se gradua, dispondo de novos
elementos com que atender à própria alimentação, equivalentes às trompas
fluídico-magnéticas de sucção, embora sem perder de modo algum o aparelho bucal
que nos é característico, salientando-se, aliás, que semelhantes trompas ou
antenas de matéria sutil estão patentes nas criaturas encarnadas, a se lhes
expressarem na aura comum, como radículas alongadas de essência dinâmica,
exteriorizando-lhes as radiações específicas, trompas ou antenas essas pelas
quais assimilamos ou repelimos as emanações das coisas e dos seres que nos
cercam, tanto quanto as irradiações de nós mesmos, uns para com os outros.
CONTINUAÇÃO DA
EXISTENCIA
— Metamorfoseada, pois, não obstante o fenômeno da desencarnação, a
personalidade humana continua, além-túmulo, o estágio educativo que iniciou no
berço, sem perder a própria identidade, somando consigo as experiências da vida
carnal, da desencarnação e da metamorfose no plano extrafísico.
Perceberemos, desse
modo, que a existência da criatura, na reencarnação, substancializa-se não
apenas na Terra, onde atende à plantação dos sentimentos, palavras, atitudes e
ações com que se caracteriza, mas também no Mundo Espiritual, onde incorpora a
si mesma a colheita da sementeira praticada no campo físico, pelo desdobramento
do aprendizado com que entesoura as experiências necessárias à sublime
ascensão a que se destina.
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Prosseguindo trago, a seguir, mais alguma coisa sobre o que nos dizem os
Espíritos em relação ao corpo perispiritual do desencarnado em comparação
com o do encarnado.
Do livro "Cons[ciência]" de autoria espiritual do desencarnado Joseph Gleber,
a quem muito devemos aos entraves no programa nuclear desenvolvido pela
Alemanha, trecho localizado a partir da página 35.
Pergunta 10:
"É possível fazer uma comparação entre o perispírito do encarnado e do
desencarnado, que vive no estado de erraticidade? ou não haveria diferença
entre a natureza de ambos?
- Podemos dizer que o perispírito do ser que, mesmo temporariamente, tenha descartado os veículos densos, como o corpo físico e o duplo etérico, guarda algumas propriedades que o distinguem do psicossoma de meus irmãos encarnados.
Primeiramente, podemos assinalar o fator dimensional em que se localiza o psicossoma, ou melhor dizendo, ao qual está associado e em que está vibrando, em razão do seu estágio de aprimoramento.
No caso de meus irmãos encarnados, o perispírito vibra inserido num contexto tridimensional, próprio da experiência física, podendo ter uma vida de relacionamento direto com a dimensão imediatamente superior, mas inserido e ligado à dimensão física.
Por outro lado, nós, os chamados desencarnados, vibramos e existimos num contexto quadridimensional. No estágio tridimensional, o cordão de prata e o corpo etérico estão ajoujados ao corpo físico, que se torna obediente aos comandos mentais superiores.
Em segundo lugar, é preciso considerar que a vida no corpo físico é uma caricatura ou imitação da vida na erraticidade, principalmente quando analisamos a capacidade do psicossoma do desencarnado de locomover-se e relacionar-se mais intensamente e de forma plena com outros seres de sua dimensão - o que não ocorre com os meus irmãos encarnados. Esse aspecto é mais evidente quando se tomam as psicopatologias causadoras de distúrbios nos corpos espirituais de meus irmãos ainda prisioneiros do escafandro físico: é aí que se mostra, de modo irrefutável, o nível de liberdade sensivelmente maior de que goza o habitante do mundo extracorpóreo.
Nesse arremedo da vida extrafísica, como é considerado o período de encarnação, o perispírito encontra-se prisioneiro, submisso quase totalmente às contingências das relações próprias da vida na carne, turvando-se-lhe o potencial e as forças, as percepções e os poderes, que se encontram, nesse estágio, como que adormecidos.
Com relação às sensações próprias do corpo espiritual, são imensamente diminuídas ou restringidas, devido à necessidade de canalizar as percepções para a condução do veículo denso, imensamente pesado, que é o corpo físico de meus irmãos.
O perispírito do encarnado sofre essa limitação em virtude da consciência do eu superior ou espírito, que também se restringe no período reencarnatório. À título de comparação, observa-se uma diminuição das faculdades psicossomáticas proporcional a um milhão por um - ou milionésimo, talvez - quando tem sua esfera de ação restrita à terceira dimensão.
O contrário também é verdadeiro, quando o perispírito se liberta da experiência física e adentra as vibrações da quarta dimensão, ocorre a reabilitação de suas paracapacidades, que se elevam na razão de um por um milhão. Isso, sem falar na leveza, no que tange ao peso e aos efeitos da gravidade sobre as células perispirituais, que se reduzem significativamente, tornando o corpo astral diáfano e excessivamente leve. Essa realidade nos leva a constatar que o perispírito do encarnado em estado normal está sempre mais denso, pesado, limitado e tolhido em relação ao perispírito do desencarnado - mesmo se considerarmos que, no psicossoma, desdobrado, ainda ligado ao corpo físico, há uma influência diminuída do duplo sobre o corpo , o que provoca certa sutilização.
Do ponto de vista do desencarnado, o perispírito dos meus irmãos desencarnados apresenta-se mais inchado e com bastante volume, principalmente nas regiões dos chacras esplênico e do plexo solar, devido ao peso do duplo etérico, que, de certa maneira, deforma a aparência do psicossoma dos meus irmãos, mesmo quando estão projetados fora dos limites do mundo físico. Essa é uma das características que tornam facilmente identificáveis os encarnados em desdobramento do lado de cá.
Além disso, a densidade média do duplo etérico nos encarnados e a atividade constante de energias biofísicas, químicas e do cordão de prata agindo em torno dos corpos físico e etérico fazem com que o psicossoma de meus irmãos se apresente pesado e tacanho, ainda que desdobrados, necessitando muitíssimas vezes do concurso espiritual para se liberarem de tais energias, a fim de alcançarem maior desenvoltura nas experiências fora do corpo."
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