domingo, 25 de junho de 2023

A Sintonia, O Perdão e a Prece - outros mais

 A prece, a sintonia, o perdão

Texto pinçado do livro Técnica da Mediunidade, de Pastorino.


Tudo isso faz-nos compreender a necessidade absoluta de mantermos a mente em "ondas" curtas, isto é, com pensamentos elevados, para que nossas preces e emissões

possam atingir os espíritos que se encontram nas altas camadas.

As ondas longas, de pensamentos terrenos e baixos, circulam apenas pela superfície da Terra, atingindo somente os sofredores e involuídos, ou as próprias criaturas terrenas.

Qualquer pensamento de tristeza ou ressentimento ou crítica abaixa as vibrações, não deixando que nossas preces cheguem ao alvo desejado.

Por isso disse Jesus:

"quando estiveres orando, se tens alguma coisa contra alguém, perdoa-lha" (Mr.11:25)

e mais:

"se estiveres apresentando tua oferta no altar, e aí lembrares de que teu irmão tem

alguma coisa contra ti, deixa ali tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, e depois vem apresentar tua oferta" (Mat. 5:23-24). Impossibilidade, digamos, científica. Não pode haver sintonia.

A prece não pode, científica e matematicamente, atingir os planos que desejamos, porque estamos "dissintonizados". Não se trata de "maldade" ou "exigência" dos espíritos superiores.

Mas não chega a eles nossa prece. Da mesma forma que um  rádio só de "ondas curtas" não pode captar os sinais das "ondas longas" e vice-versa. Cada um (a ciência o comprova

experimentalmente) só pode comunicar-se com seus afins em vibração . Por isso repetimos sempre: o Evangelho, mais do que  um repositório teológico, é um Tratado de Ciência, apenas expresso em termos de sua época.

Quando as ondas "caminham", podem formar uma "corrente".

Assim nossos pensamentos. Podem permanecer em "corrente direta", quando concentrados em dado objetivo permanentemente: emitimos, apenas. Mas podem passar a

"corrente alternada", quando emitimos e recebemos alternadamente, isto é, lançamos o pensamento e obtemos a resposta.

Também a mediunidade pode consistir numa corrente direta, quando caminha numa só direção (do espírito para o médium) numa passividade absoluta. Ou pode ser executada em

corrente alternada, quando o médium age, com seu pensamento, sobre o espírito. Isso é necessário, é imprescindível que ocorra, quando o espírito manifestante é

sofredor: o médium deve receber as idéias do espírito, manifestando-as, e logo influir com sua própria mente sobre o espírito, doutrinando-o em conexão com o doutrinador. Mais

ainda, quando, fora de sessão, se vê acossado por espíritos que atrapalham mentalmente, pode estabelecer com eles um diálogo, procurando doutriná-los.

Na prece, a corrente pode ser direta (geralmente o é), quando apenas nós falamos (quase sempre pretendemos "ensinar" a Deus o que Ele deve fazer para nós ...), e pode ser alternada

quando, na prece verdadeira, pouco falamos, e depois silenciamos para "ouvir" a resposta silenciosa em nosso  coração.

Verificamos, pois, que, sendo as leis as mesmas em todos os planos, aplica-se ao espírito idêntico princípio que encontramos na física.

Primeiramente recordemos algumas definições, a fim de estabelecer entendimento dos termos que serão empregados. 

VIBRAÇÃO

O que nos dá melhor idéia do que seja vibração, é ver o funcionamento

de um pêndulo, com seu vaivem característico.





No pêndulo distinguimos:

a) o "momento de repouso" ou de "equilíbrio", quando ele se acha

exatamente na vertical;

b) os "pontos máximos", que ele atinge ao movimentar-se.

Partindo daí, verificamos que a vibração pode ser:

SIMPLES - que é o percurso de um ponto máximo A ao outro ponto máximo A - (fig. 1).

DUPLA - que constitui a ida e volta (de A a A' e de A' a A) - (fig. 2); a

esta vibração dupla, chamamos OSCILAÇÃO.


PERÍODO

Acontece que o pêndulo leva tempo em sua oscilação. Então, chamamos

PERÍODO o tempo de uma oscilação, medida em segundos. E para que

a medida seja bastante precisa, costumamos dividir a oscilação em

quatro partes, denominadas FASES. Veja na Fig. 2: 1.ª fase (de A a B) ;

2.ª fase (de B a A') ; 3.ª fase (de A' a B) ; 4.ª fase (de B a A).

FREQUÊNCIA

Denominamos FREQUÊNCIA ao número de oscilações executadas

durante UM segundo. Quanto maior a frequência, mais ALTA é ela; quanto menor, mais BAIXA.

Então, se executar 10 oscilações em um segundo, a frequência é baixa;

se realizar 10.000 oscilações em um segundo, a frequência é alta.

A frequência é medida em CICLOS. Então o número de ciclos é o

número de oscilações (ou frequência) contadas ao passar por determinado ponto, durante um

segundo.


ONDA

Como nada existe de imóvel, também a oscilação (frequência ou vibração) caminha de um lado para outro. A essa vibração que caminha chamamos ONDA.


CORRENTE

Ao deslocamento de partículas num condutor damos o nome de

CORRENTE; se a corrente caminha para um só lado, constantemente, dizemos que é contínua ou direta. Se ora vai para um lado, ora para outro, a denominamos alternada.

Por exemplo, quando dizemos que a corrente tem 50 CICLOS, isto significa que a onda passa, por determinado ponto, de um lado para outro, 50 vezes em cada segundo, ou seja, tem 50 oscilações por segundo.

Aqui começamos a entrever que a mediunidade pode ser medida e considerada com todos esses termos. A diferença reside nisto: a corrente elétrica é produzida por um

gerador, e a corrente mental é produzida pela nossa mente e transmitida por nosso cérebro. No cérebro temos uma válvula que transmite e que recebe, tal como um aparelho de rádio. Mas vamos devagar.

Consideremos, por enquanto, que cada cérebro pode emitir em vibrações ou frequência alta ou baixa, de acordo com o teor dos pensamentos mais constantes. O amor vibra em alta frequência; o ódio, em baixa frequência. São pólos opostos. Quanto mais elevados os

pensamentos, em amor, mais alta a frequência e mais elevada a ciclagem.

Continuemos.

Na onda distinguimos várias coisas:

a) a AMPLITUDE, isto é, a força da onda (ou amplitude da oscilação),

medida pela distância maior ou menor de subida e descida numa linha

média; é, em outras palavras, o tamanho da oscilação. 

Temos, pois (veja fig. 3):



1) a BAIXA amplitude, quando as oscilações são pequenas;

2) a ALTA amplitude, quando as oscilações são grandes.

Mas também ha o:

b) COMPRIMENTO da onda, que medeia entre duas oscilações. Para

uniformizar a medida dessa distância, costumamos medir a distância entre duas "cristas"

consecutivas. CRISTA é o ponto máximo de uma oscilação (veja grav. 3) .


MEDIDAS

A medida do comprimento de onda é efetuado em:

a) metros (quando mais longa);

b) angstrom (quando mais curtas).

O angstrom (tirado do nome de um físico sueco) é uma medida

pequeníssima; basta dizer que UM milímetro tem DEZ MILHÕES de angstrom (portanto UM centímetro tem CEM MILHÕES de angstrom).

Tudo o que vimos dizendo é indispensável conhecer, para que bem se

compreenda o fenômeno científico da mediunidade, que se manifesta por meio de vibrações e ondas. A fim de dominar-se o mecanismo do fenômeno, é mister que a cada palavra seja dado o valor exato que possui no estudo da ciência da física e da eletrônica.

As vibrações, as ondas, as correntes utilizadas na mediunidade são as

ondas e correntes de "pensamento". 

Quanto mais fortes e elevados os pensamentos, maior a frequência vibratória e menor o comprimento de onda . E vice-versa.

O que eleva a frequência vibratória do pensamento (vimo-lo) é o amor

desinteressado; abaixa as vibrações tudo o que seja contrário ao amor:

raiva, ressentimento, mágoa, tristeza, indiferença, egoísmo, vaidade,

enfim qualquer coisa que exprima separação e isolamento.


ONDAS AMORTECIDAS

Em física, estudamos as ONDAS AMORTECIDAS, assim chamadas

porque atingem rapidamente um valor máximo de amplitude, mas

também rapidamente decrescem, não se firmando em determinado setor

vibratório. São produzidas por aparelhos de “centelha", que

intermitentemente despedem fagulhas, chispas, centelhas, mas não

executam uma emissão regular e fixa em determinada faixa. Produzem

efeito de "ruídos".

No cérebro, ONDAS AMORTECIDAS são as produzidas por cérebros

não acostumados à elevação, mas que, em momentos de aflição,

proferem preces fervorosas. A onda se eleva rapidamente, mas

também decresce logo a seguir, pois não tem condição para manter-se

constantemente em nível elevado, por não estarem a ele habituados.

São pessoas que, geralmente, se queixam de que "suas preces não são

atendidas". De fato, produzem "ruídos", mas não conseguem sustentarse

em alto nível, não atingindo pois, o objetivo buscado.


INDUTÂNCIA

Chama-se assim a inércia da eletricidade, na mudança de uma direção

para outra, na vibração. Em outras palavras, quando a oscilação chega

ao ponto máximo, ela para, para voltar ao lado oposto. Essa é a

"indutância", que é medida em "henrys".

Na mediunidade observamos também o fenômeno da indutância, que

provoca muitas vezes "momentos" de silêncio. O médium "treinado"

permanece calado, nesses momentos. O nãodesenvolvido intromete aí

pensamentos seus, "colaborando" na manifestação externa. Se a

indutância é muito grande, a comunicação torna-se imperfeita e falha.

Isso pode ser causado por defeito do aparelho receptor (médium) ou do

aparelho transmissor (espírito). Qualquer dos dois, sendo "humanos",

pode ser fraco e apresentar indutâncias muito fortes, hiatos longos.


ONDA ELETRO-MAGNÉTICA

Vemos, então, que ONDA é uma partícula que se desloca com movimento oscilatório. Acontece, porém, que ao deslocar-se, provoca um "campo magnético" (estudaremos, posteriormente, o magnetismo com pormenores). Mas podemos registrar desde já a

definição:

Chama-se assim a oscilação da carga elétrica, com CAMPO MAGNÉTICO. Esse "campo magnético" particular acompanha a onda que o criou.

Vejamos, agora, as diversas espécies de ondas:

ONDAS LONGAS - são todas as superiores a 600 metros de comprimento. Caminham ao longo da superfície terrestre e têm pequeno alcance.


ONDAS MÉDIAS - são as de comprimento entre 150 e 600 metros.

Caminham em parte ao longo da superfície, mas também se projetam

para as camadas superiores da atmosfera. Têm alcance maior que as

anteriores, embora não muito grande.


ONDAS CURTAS são as que variam entre 10 e 150 metros. Rumam

todas para a atmosfera superior, e são captadas de "ricochete". Têm

alcance muito grande, podendo ser captadas com facilidade até nos

antípodas.


ONDAS ULTRA-CURTAS - são todas as que forem menores que 10

metros. Muito maior alcance e força, ecoando nas camadas superiores

da atmosfera.

Observe o clichê, onde além dessas, figuram outras ondas e raios.



Tudo isso faz-nos compreender a necessidade absoluta de mantermos a

mente em "ondas" curtas, isto é, com pensamentos elevados, para que

nossas preces e emissões possam atingir os espíritos que se encontram

nas altas camadas.

As ondas longas, de pensamentos terrenos e baixos, circulam apenas

pela superfície da Terra, atingindo somente os sofredores e involuídos,

ou as próprias criaturas terrenas. Qualquer pensamento de tristeza ou

ressentimento ou crítica abaixa as vibrações, não deixando que nossas

preces cheguem ao alvo desejado.

Por isso disse Jesus: "quando estiveres orando, se tens alguma coisa

contra alguém, perdoa-lha" (Mr.11:25) e mais: "se estiveres

apresentando tua oferta no altar, e aí lembrares de que teu irmão tem

alguma coisa contra ti, deixa ali tua oferta diante do altar, vai primeiro

reconciliar-te com teu irmão, e depois vem apresentar tua oferta" (Mat.

5:23-24). Impossibilidade, digamos, científica. Não pode haver

sintonia.

A prece não pode, científica e matematicamente, atingir os planos que

desejamos, porque estamos "dissintonizados". Não se trata de

"maldade" ou "exigência" dos espíritos superiores. Mas não chega a

eles nossa prece. Da mesma forma que um rádio só de "ondas curtas"

não pode captar os sinais das "ondas longas" e vice-versa. Cada um (a

ciência o comprova experimentalmente) só pode comunicar-se com seus

afins em vibração . Por isso repetimos sempre: o Evangelho, mais do

que um repositório teológico, é um Tratado de Ciência, apenas expresso

em termos de sua época.


LINHA DE FORÇA

Linha de força representa um campo elétrico (ou magnético) cuja direção, em qualquer ponto é tangente à direção da força elétrica (ou do campo magnético) nesse ponto.

A linha de força é tangente em todos os pontos, à direção do campo. Mas o campo é percorrido por uma infinidade de linhas de forca. Então, o número de linhas de força que atravessam uma superfície é dado, convencionalmente, pela intensidade do campo.

Aqui novamente encontramos aplicações interessantes.

Uma reunião mediúnica (a sala de reuniões) forma, inegavelmente, um "campo elétrico" ou magnético. Quanto mais estiver o ambiente carregado de eletricidade ou magnetismo

positivo, mais eficiente será a reunião. Quanto mais esse ambiente estiver permeado de forças negativas, mais perturbada a reunião. Essa a razão por que se pede que não

haja movimento de gente na sala mediúnica, especialmente algumas horas antes das reuniões: é para evitar que o campo elétrico seja desfavoravelmente carregado de energias

negativas, interferindo nas "linhas de força" estabelecidas pelos espíritos, como "pólos norte" ideais do campo. 

conversação fútil, as discussões políticas ou de outra espécie,

as críticas ou palavras deprimentes, "invertem" a corrente elétrica do campo.

Ora, as "linhas de força" dependem da intensidade de pensamentos bons e amoráveis. Quanto mais numerosas e fortes essas linhas de força, tanto mais propício o "campo

elétrico" para as comunicações eletromagnéticas entre desencarnados e encarnados.

Não se trata de religião nem de pieguismo: é um fenômeno puramente físico, de natureza elétrica. Quem pretende fazer reuniões espíritas (eletromagnéticas) sem preparar antes o

"campo eletricomagnético", sujeita-se a decepções de toda ordem, a interferências, a fracassos.

Note-se, porém, que o campo elétrico pode também ser perturbado por entidades desencarnadas, que vivam no ambiente (por não ser calmo e amoroso) ou que sejam trazidos

pelos frequentadores (que tenham tido discussões ou raivas durante o dia).

As entidades desencarnadas têm a mesma capacidade que as encarnadas de emitir ondas eletromagnéticas de pensamento.

O que evita esses aborrecimentos é uma corrente MAIS FORTE que a tudo se superponha.

E o melhor gerador de forças eletricamente superiores é a PRECE.


CONDENSADOR

Chamam-se "condensadores" (ou "capacitores") os aparelhos construídos de tal maneira, que tenham, intercalados, corpos “bons condutores" de eletricidade e material "isolante"

(dielétrico). O fato de não se tocarem entre si os "condutores", faz que a corrente, mesmo não passando de um a outro, provoque a criação, entre eles, de um "campo

elétrico". Assim, um CONDENSADOR cria um campo elétrico entre cada chapa, no espaço ocupado pelo material isolante.

Os condensadores quando em circuito sintonizado podem ser:

a) fixos, quando recebem e emitem energia num só  comprimento de onda, sem selecioná-las.


b) variáveis, quando têm possibilidade de selecionar os  diversos comprimentos de onda, de acordo com a maior ou menor superfície do campo, estabelecido pelas "placas". Todos

conhecem os condensadores variáveis em nossos rádioreceptores.

No ambiente mediúnico, os assistentes e médiuns são verdadeiros condensadores, que formam o "campo eletromagnético". Entre cada criatura existe o material isolante (o ar atmosférico).

E por isso o campo se tornará mais forte quando houver mais de uma pessoa.

Aqueles que não são médiuns, funcionam como os condensadores fixos, que recebem e emitem energias num só comprimento de onda, não sendo capazes de distinguir as

diversas "estações" transmissoras (os diversos espíritos) e não podem por isso receber e transmitir as mensagens deles.

As idéias ficam confusas e indistintas.

Já os médiuns são verdadeiros condensadores variáveis, com  capacidade para selecionar os espíritos que chegam. Então recebem e transmitem cada comprimento de onda por sua vez,

dando as comunicações de cada um de per si.

Quanto maior a  capacidade do médium de aumentar e diminuir a superfície do campo estabelecido pelas "placas", tanto maior a capacidade  de receber espíritos de sintonia diversa: elevados e sofredores.

Há médiuns, porém, que parecem fixos em determinada onda:

só recebem e transmitem determinada espécie de espíritos, provando com isso a falta de maleabilidade de sua sintonia.

Para modificar a sintonia, o condensador variável movimenta as placas, aumentando ou diminuindo a superfície do campo. Os médiuns podem obter esse resultado por meio da PRECE,  modificando com ela o campo elétrico, e conseguindo assim captar e retransmitir as estações mais elevadas, os espíritos superiores.

ACUMULADOR

Chamamos acumulador o aparelho que ARMAZENA energia  química. Essa energia, uma vez armazenada, é fornecida e distribuída sob forma de corrente elétrica, até que o

acumulador se esgota. Entretanto, é possível recarregar o  acumulador, forçando-se através dele uma corrente em sentido oposto.

BATERIA

Denomina-se BATERIA uma série de acumuladores ligados  entre si, aumentando, com isso, a capacidade de armazenamento e também o tempo em que consegue permanecer sem esgotar-se.

Grande semelhança com a mediunidade.

Cada criatura constitui um acumulador, capaz de armazenar a

energia espiritual (eletromagnética).

Entretanto, essa energia pode esgotar-se. E se esgotará com facilidade, se houver "perdas" ou "saídas" dessa energia com explosões de raiva, ou com ressentimentos e mágoas

prolongadas, embora não violentas. Cada vez que uma pessoa se aborrece ou irrita, dá "saída" à energia que mantinha acumulada, "descarrega" o acumulador de força (ou fluidos),

diminui a carga e, portanto, se enfraquece.

O segredo é manter-se inalterado e calmo em qualquer circunstância, mesmo nas tempestades morais e materiais mais atrozes.

Todavia, se por acaso o acumulador se descarrega, pode ser novamente carregado, por meio de exercícios de mentalização positiva e de PRECE em benefício dos outros, ou seja, prece

desinteressada. Portanto, é realmente carregado com uma energia em direção oposta: se ficou negativo, carregar-se-á com energia positiva.

Os acumuladores nem sempre possuem carga suficiente de energia para determinado fim. São então reunidos "em série", formando uma bateria. Na mediunidade, quando um médium

não é capaz de fornecer energia suficiente a sós, reúne-se com outros, formando uma "reunião". Esta é constituída "em série", (não em paralelo), e por isso é que todos se sentam em redor de uma mesa.

A bateria assim formada, conserva em si e pode utilizar uma energia eletromagnética muito maior. Daí as comunicações em  reunião serem mais eficientes que com um médium isolado, por melhor que seja ele.

Também a bateria pode esgotar-se. Mas a vibração das ondas de pensamento e a PRECE podem carregar novamente a bateria. Esse processo é com frequência utilizado nas

reuniões, durante ou após a manifestação de espíritos muito rebeldes, que descarregam a energia: uma prece repõe as coisas em seu lugar, infunde novas energias à "bateria" e

permite a continuação dos trabalhos.

Como vemos, mediunidade ou comunicação de espíritos não é fenômeno religioso, mas puramente físico, eletromagnético, obedecendo a todas as leis da eletrônica. Quem compreender isso, perceberá que "ser bom", "fazer o bem", "perdoar e amar" não são VIRTUDES religiosas, mas FORÇAS CIENTÍFICAS que permitem à criatura uma elevação de vibrações e uma ascensão a planos superiores. Quem é inteligente, é bom por princípio cientifico. Por isso, há tanta gente boa sem ser religiosa, e até dizendo-se "atéia". E tantos que professam religião e que, não tendo compreendido o fenômeno, permanecem na ignorância do mal.


ELETRICIDADE ESTÁTICA

Falemos agora a respeito da ELETRICIDADE ESTÁTICA.

Assim é chamada aquela eletricidade que existe  permanentemente na atmosfera e nos corpos.

O átomo, constituído de núcleo (prótons, neutrons) e elétrons, além de partículas efêmeras como mesons, positrons e neutrinos, possui além disso a capacidade de revestir-se de

elétrons.

A ciência oficial, neste particular, ainda se encontra meio tonta: basta dizer que considera "negativos" os elétrons, que são tipicamente POSITIVOS. 

Vem o erro da denominação errônea inicial, quando se chamou "negativa" a fonte que despedia energia, e "positiva " a que recebia essa energia.

Exatamente o contrário da realidade e da verdade. Para a  ciência oficial, ainda hoje, positivo é o polo "passivo", e negativo é o polo "ativo" ... 

Em vista disso, os elementos positivos, os elétrons, são chamados negativos. Entretanto,

procurando corrigir essa falha lamentável, vamos denominar certo, neste estudo: os elétrons, para nós, são positivos (embora a ciência os denomine erradamente negativos).

Feita esta ressalva inicial, para podermos entender-nos, verifiquemos o comportamento do átomo, e portanto dos corpos.

EQUILÍBRIO -

Quando um átomo está com seus elementos equilibrados  (número normal de prótons, elétrons, etc.), dizemos que está "descarregado" eletricamente; ou seja, "não tem carga

elétrica".


CARGA ELÉTRICA

- Quando conseguimos colocar mais elétrons no corpo, dizemos que o corpo está "carregado positivamente".

Quando, ao contrário, há carência ou falta de elétrons, dizemos que está "carregado negativamente".

O que acabamos de expor pode ser verificado facilmente. Se encostarmos um pente de ebonite, ou uma caneta-tinteiro a pedacinhos de papel, nada acontece: o pente e a caneta estão "descarregados". Mas se Fotografia dos elétrons de uma folha recém arrancada, e da mesma folha Vinte horas depois com sensível perda de elétrons (Foto)



Mas, esfregarmos o pente ou a caneta num pedaço de lã ou  flanela, e os aproximarmos dos pedacinhos de papel, veremos que estes pulam e aderem à caneta ou ao pente: então dizemos

que estão "carregados".

Essa eletricidade estática existe no corpo humano, que consiste num eletrólito (isto é, 66% dele é solução salina que contém e conduz elétrons: essa solução salina tem o nome de

"soro fisiológico).

Então, também o corpo humano, para ter saúde, necessita estar equilibrado quanto ao número de elétrons. Quando estes se escoam (por exemplo, pelos pés molhados) o corpo se

torna "deficiente" de elétrons, e surgem as doenças como reumatismo, nefrite, flebite, catarros, etc., etc., pelas exaltações de germens.

Assim, as enfermidades exprimem falta de elétrons; a saúde, é o equilíbrio; o excesso de vitalidade é um "superávit" de elétrons.

O que ocorre com o corpo físico (ou melhor, com o corpo astral ou perispírito), ocorre também com os desencarnados, que continuam revestidos de corpo astral. Se o "espírito" está bem, seus elétron estão em equilíbrio; se estes são deficientes, o "espírito" está enfermo, física ou moralmente.

Por isso, se o aparelho (médium) se liga a um espírito bom, carregado positivamente de elétrons, se sente bem e continua com esse bem-estar mesmo depois da "incorporação", porque permanece com os elétrons em equilíbrio ou em "superávit".

Mas ao invés, quando é ligado a um "espírito" sofredor ou obsessor, com deficiência de elétrons, o aparelho se sente mal, e o mal-estar continua após a "incorporação", porque os

elétrons que tinha, passam para o "espírito" que sai aliviado.

Neste segundo caso, para reequilibrar o aparelho, é mister:

a) ou de um passe de "reequilíbrio", para fornecer-lhe os elétrons que perdeu em benefício do "espírito";

b) ou de "receber" o mentor ou amigo espiritual que, com sua ligação, restabeleça o equilíbrio, fornecendo-lhe os elétrons necessários.


INDUÇÃO

- Sabemos que, sem necessidade de tocar um corpo em outro,  podemos eletrizá-lo (carregá-lo de elétrons) por aproximação ou mergulho num "campo elétrico" ou num "campo magnético".

A isso chamamos "indução".

Muitas vezes, mesmo sem "incorporação", pode um "espírito"  aproximar-se (encostar-se) a um aparelho (médium), "sugando-lhe"  os elétrons e deixando-o com mal-estar, por vezes com dores , embora o desencarnado dali se afaste aliviado. Isso ocorre com todos. Mas os médiuns, por serem mais sensíveis,

percebem essas diferenças de elétrons. Para o médium, bastará um passe de recuperação, que é inclusive uma das caridades mais meritórias, porque feita sem interesse e até sem conhecimento do que se está passando.

Há também ervas que possuem e produzem grande número de elétrons. E, sendo a água um bom condutor de energia, essas ervas são empregadas com muito êxito em banhos chamados

"de descarga", porque retemperam e reequilibram o organismo da aparelho. Já os antigos conheciam essas ervas. Daí se colocarem certas plantas (arrudas, "espada de S. Jorge",

etc.,), no ambiente: a produção de elétrons protege os habitantes. E quando a sucção dos elétrons é grande no ambiente, a planta chega a murchar: é quando se diz que "o

ambiente não está bom".

Eis porque os velhos desvitalizados (pobres em elétrons) gostam da companhia de jovens, que lhos fornecem por indução. Por isso não devem dormir no mesmo leito crianças

e velhos.

A sensibilidade dos médiuns faz que eles percebam a aproximação de um espírito como uma descarga elétrica, manifestado por vezes par um "arrepio" violenta que lhes

percorre a espinha, ou por um eriçar-se dos pelos dos braços, imitando a "pele de galinha": representa isso a entrada ou a saída de elétrons. Daí haver duas espécies desses arrepios:

um desagradável, quando o espírito "suga” elétrons que saem de nosso corpo, exprimindo a presença de um "espírito" enfermo ou perturbado; outro agradável, de bem-estar,

significando um "banho" de elétrons que nos penetram, quando o "espírito" é benéfico, e portanto nos fornece energia. (Essas sensações estão a cargo do sistema simpático-parassimpático).

Leia o capítulo sobre o "tato".


AS PONTAS

- A eletricidade positiva ou negativa se agrega mais nas pontas

ou extremidades pontudas. Daí terem nascido os pára-raios.

Essa a razão pela qual as mãos, os pés e sobretudo os

dedos, são as partes mais carregadas em nosso corpo.

Por esse motivo os passes são dados com as mãos abertas (o

que em o Novo Testamento se diz "impor as mãos"), para que

os elétrons fluam através dos dedos.



Daí qualquer dor que sintamos ser imediatamente socorrida

pela nossa mão que vai ao local, para restabelecer o equilíbrio

dos elétrons: é o passe instintivo e natural. Por isso as pessoas

fracas gostam de ficar segurando as mãos das pessoas fortes:

os enfermos assim fazem com os sadios.

Os passes, portanto, são um "derramamento" de elétrons,

através das pontas dos dedos, para restabelecer o equilíbrio

daquele que recebe o passe, e que deles está carecente.

Todavia, da mesma forma que o pente de ebonite depois de

certo tempo perde os elétrons em excesso que recebeu ao ser

atritado com lã, assim também ocorre com o corpo humano.

Daí a necessidade de os passes serem periódicos. Bem assim

os obsedados (permanentemente "sugados" por amigos

invisíveis), os fracos de saúde, os que lidam com multidões,

precisam periodicamente de passes reequilibrantes,

recebendo um acréscimo de elétrons.

Por essa razão, as pessoas doentes (a quem faltam elétrons)

não deverem dar passes: ao invés de dálos, tirariam os poucos

do paciente, depauperando-o ainda mais.

Além disso, existem os que, sem elétrons positivos, possuem

um excesso de carga negativa. Com esses, é mister primeiro

dar passes "de descarga", tirando as cargas negativas, para

depois dar-lhes elétrons. Essa a razão por que alguns, ao dar

passes sem técnica, absorvem a carga negativa dos

enfermos, ficando eles mesmos doentes: então, em primeiro

lugar, passes "dispersivos” para limpar de cargas negativas;

depois então, passes de fornecimento de energias.


CORRENTE DIRETA

A corrente direta (também chamada "contínua"), é a que

"corre" de um lado para outro do fio, sempre na mesma

direção; ou seja, os elétrons entram por um lado do fio e saem

pelo outro. Segundo a convenção entre os cientistas, eles

caminham do polo negativo para o polo positivo (embora o

CERTO seja o contrário: mas os nomes dados aos pólos foram

errados desde o início, e os cientistas ainda não quiseram

consertar as coisas, não se sabe por que).


CORRENTE ALTERNADA

Na corrente alternada os elétrons não caminham, mas

simplesmente se agitam, sem sair do mesmo lugar. E como a

vibração é um vaivém constante, para a direita e para a

esquerda, dizemos que a direção da corrente é alternada.


ABASTECIMENTO

Para que haja uma corrente, de qualquer tipo, é indispensável

que os fios estejam ligados a um abastecedor, seja ele um

acumulador, uma bateria ou um gerador de eletricidade.

Todas as criaturas humanas têm uma capacidade elétrica,

como vimos, porque o próprio corpo é um eletrólito. Essa

eletricidade estática pode ser transformada em "corrente",

seja ela direta ou alternada, se o indivíduo se ligar a um

abastecedor de força.

Temos assim que a corrente elétrica poderá ter curso se a

pessoa se ligar a um acumulador (unir-se a outra pessoa com

vibração suficientemente forte), a uma bateria (reunir-se a

uma corrente de pessoas) ou a um gerador (à Força Cósmica,

por meio da prece).

Uma vez excitada a corrente na criatura (quando esta "entra

em estado de transe") com seus elétrons em forte vibração,

sua sensibilidade fica aumentada de muito, e suas válvulas

(certas glândulas) conseguem fazer passar as comunicações

telepáticas de outros "espíritos", encarnados ou

desencarnados.

A ligação, que comparamos a um acumulador, é feita de dois

modos: ou direta por contato, ligando-se os "fios" a uma

pessoa (encarnada ou desencarnada), ou "por indução", quando

a criatura (encarnada ou desencarnada), sendo possuidora de

forte campo elétrico e magnético, envolve o médium nesse

campo, excitando-lhe os elétrons e produzindo a corrente.

Evidentemente, a ligação será muito fraca quando se tratar de

um simples acumulador; mais forte quando for uma bateria, e

fortíssima quando se tratar de um gerador. Daí haver

necessidade, nas reuniões desse gênero, de que a "corrente

mediúnica da mesa" seja firme, segura, que haja, como se diz

vulgarmente "concentração", ou seja, que todos ajudem, com

um pensamento uníssono, a formação do campo elétrico que

permita, àquele aparelho que deverá registrar os sinais

telepáticos enviados de fora, uma sensibilidade apurada e uma

"seleção de sinais" (evitando assim interferências).


INTENSIDADE

Logicamente, a corrente poderá ter maior ou menor

intensidade, dependendo esta, portanto, da fonte

alimentadora. Medimos a intensidade em "ampères". Assim, a

quantidade da corrente que percorre um fio será tanto maior,

quanto mais "ampères" tiver. E o "ampère" é medido pelo

aquecimento do fio.

Certos fios não resistem a amperagem alta; outros resistem

melhor e permitem um acréscimo de quantidade de corrente.

Assim medimos a capacidade mediúnica de uma pessoa;

algumas possuem capacidade para receber "espíritos" de alta

energia; outras só podem receber comunicações de "espíritos"

afins em força.

Conforme estamos vendo, um curso de eletrônica, mesmo

simples e elementar, esclarece e explica os fenômenos

cientificamente, sem necessidade de recorrer a

"sobrenaturalismo" para os fenômenos mediúnicos, que são

NATURAIS e se efetuam em diversos planos: no plano

material (eletricidade), no plano emocional (arte), no plano

intelectual (mediunidade), no plano espiritual (inspiração).

a) As resistências, ligadas de seguida, se somam.

Por isso, quanto mais numerosos forem os descrentes de má

vontade, numa reunião, menos

possibilidade há de se obterem comunicações.

b) Ao resistir à corrente, o fio pode ficar "ao rubro" (por

exemplo, no ferro de engomar).

É a razão de o médium que resiste à comunicação quase

sempre sentir mal-estar, que persiste mesmo depois da

reunião.

c) Quanto mais aquecido o fio, maior sua resistência à

corrente.

Daí serem mais difíceis as comunicações em ambientes

quentes e abafados.

d) A resistência depende do material de que o fio é construído

(o ferro é seis vezes mais resistente que o cobre).

Em vista disso é que se aconselha aos médiuns não se

alimentarem excessivamente, nem ingerirem

álcool, nem carne em demasia, para que oponham menor

resistência às comunicações.


CORRENTE PARASITA

A "corrente parasita " ou "de Foucault", ocorre quando o

núcleo de metal do rotor (gerador) é

construído de uma só peça sólida e inteiriça.

Sendo os condutores enrolados em torno desse núcleo de

metal, este pode desenvolver uma

"corrente parasita", que interfere nas linhas do campo

magnético. Essas correntes, além de não

terem utilidade, produzem calor no núcleo, baixando o

rendimento da máquina.

Para diminuir a intensidade da corrente parasita, ao invés de

um bloco inteiriço, são usadas finas chapas separadas por

matéria isolante. Assim, em lugar de corrente parasita única

de intensidade forte, teremos uma série de pequenas e

inofensivas correntes, que só circulam individualmente em

cada lâmina.





O conhecimento desse efeito é de grande utilidade para

constituição da mesa mediúnica; e explica por que, desde os

primórdios, os bons dirigentes de sessões fazem sentar os

médiuns intercalando-os com não-médiuns. A razão dada é que

os não-médiuns servem para "sustentar a corrente".


Perfeitamente lógico e verdadeiro.

Mas agora, pela comparação com a "corrente de Foucault",

podemos perceber o motivo científico: se os médiuns se

sentam todos de seguida na mesa, forma-se a "corrente

parasita", que pode provocar interferências no campo

magnético da mesa, fazendo que a vibração recebida por um

médium repercuta nos que lhe estão ao lado, perturbando-os.


Além disso, ao envolver outro médium essa vibração, pode

levá-lo a enganar-se: supondo tratar-se dos fluidos de um

desencarnado, talvez force a manifestação, resultando daí

mistificação involuntária e inconsciente.

Mais ainda: formando o bloco monolítico de médiuns um grupo

inteiriço, a intensidade da manifestação é maior,

enfraquecendo as resistências dos médiuns (pela corrente

parasita) e a ação dos espíritos se fará com muito mais

violência.

Se os médiuns (sensitivos) forem intercalados com nãomédiuns

(não-sensitivos = isolantes) cada um deles dará sua

manifestação com a intensidade normal, sem perigo de

influenciar os vizinhos e com maior possibilidade de conter a

violência dos manifestantes.

Formar-se-á, dessa forma, uma corrente normal, sem perigo

de parasitismos, de influências mútuas, de violências

acrescidas.

Dentro do possível, pois, formem os dirigentes a mesa com

essa alternância de médiuns e não médiuns.

Além da intensidade da corrente, e da resistência que a ela

opõe o condutor, encontramos outras especialidades a

estudar.


POTENCIAL

A diferença de "pressão elétrica" entre uma ponta do fio e a

outra extremidade determina o "potencial" elétrico da

corrente. Mede-se esse potencial pela unidade "volt". Então, 1

volt é a diferença de potencial que produzirá 1 ampère de

corrente, através de 1 ohm de resistência.

Logicamente, quanto maior a diferença entre os dois extremos

do condutor, maior a voltagem. E é exatamente essa diferença

de potencial que faz que a corrente "flua" ou caminhe, do lado

mais forte para o mais fraco, (geralmente chamado “terra").

Então numa corrente de 120 volts, precisamos de uma

resistência de 120 ohms, para termos uma corrente de 1

ampère.

Temos duas maneiras de "ligar" uma corrente a elementos

isolados:

LIGAÇÃO EM SÉRIE

Quando a corrente passa de uma lâmpada a outra, temos a

ligação em série, e o comportamento é o seguinte:

Cada uma das lâmpadas de Natal recebe 1 ampère; cada

lâmpada tem 15 ohms; as oito perfazem 120 ohms; a entrada é

de 120 volts.

Donde vemos que a resistência de cada lâmpada é somada à

outra, e o total das resistências (120 o.)

vai estabelecer a intensidade da corrente (1 a). Corrente

fraca, utilizada, por exemplo, nessas lâmpadas das árvores de

Natal.

LIGAÇÃO EM PARALELO

Mas podemos ligar diretamente a corrente total em cada

lâmpada e teremos:

Entrada, 120 volts; cada lâmpada fica com os 15 ohms de

resistência, e com 8 ampères de corrente, portanto receberá

intensidade de corrente, em cada uma, oito vezes maior que na

ligação em série.

Tipo utilizado na iluminação doméstica, para não enfraquecer a

corrente nas lâmpadas e demais aparelhos elétricos.

Vejamos dois casos semelhantes, em ligações diferentes, para

bem compreender o que ocorre:




Na primeira, a ligação em série dividiu pela metade a

intensidade da corrente em cada lâmpada. Na segunda, foi

deixada total a intensidade de cada lâmpada.

Isso é importante para á constituição da "corrente"

mediúnica. Por isso é ela sempre construída em circuito, em

redor de uma mesa ou sem mesa. Isto porque, geralmente, os

médiuns têm fraca potência, e por isso a ligação é feita em

série, em circuito fechado. Só médiuns de grande potência

podem ser ligados em paralelo (trabalhando a sós).


POTÊNCIA ELÉTRICA

A potência elétrica depende da combinação entre:

a) a intensidade da corrente (amperagem) e

b) a pressão elétrica (voltagem)

A potência é medida em "watts"; 1 ampère, quando a diferença

de potencial é de 1 volt.

Então conhecemos os "watts" (potência) de uma corrente,

multiplicando os volts pelos ampères.

No último exemplo que demos acima: na ligação em série, as

lâmpadas poderão ter uma potência de 60 w, mas na ligação em

paralelo terão 120 w, ou seja, o dobro da potência.

A energia (erg) é a potência combinada com o tempo. Mede-se

em watts hora (wh) ou, para facilitar nas quantidades maiores,

quilowatt hora (kwh). Para encontrar-se a energia, bastará

multiplicar a potência pelo tempo. Por esse meio descobrimos

a energia despendida.

Assim, nas reuniões mediúnicas podemos calcular a energia

despendida pelos aparelhos calculando o potencial de força do

conjunto, a intensidade da corrente, a potência do aparelho e

o tempo gasto. Em vista disso é que se aconselha que as

reuniões não devem durar mais do que uma hora e meia, a fim

de não desgastar muita energia dos presentes. Entretanto, a

presença de pessoas com muita vitalidade (muito potencial) e

com a manifestação de "espíritos" muito elevados (grande

intensidade de corrente) e de médiuns de forte potência,

pode demorar-se mais, porque a energia fica muito acrescida

em capacidade.

Além disso, se a corrente estiver bem ligada ao Gerador

Universal da Força Cósmica (Deus) por pensamentos elevados

e preces desinteressadas, isso fortificará de muito a

capacidade do grupo e compensará a energia consumida no

intercâmbio.


TRANSFORMADOR

O transformador é um aparelho que consiste em duas

bobinas (um fio fino isolado, geralmente por verniz) enrolado

num núcleo de ferro doce. A corrente, ao passar pelo fio em

redor do ferro, magnetiza-o e desmagnetiza-o muitas vezes

por segundo. Funciona o transformador acordo com o número

de espiras (voltas), dessa primeira bobina, e com o número de

espiras da outra bobina (secundária) de saída, que é

magnetizada por indução.

Por esta figura poderá ser compreendido o mecanismo de um

transformador: se a bobina primária (de entrada) tiver a

metade das espiras que a bobina secundária (de saída), a

corrente que entrou com 60 volts, sairá do outro lado com 120

volts.

Entretanto, se a voltagem foi aumentada a corrente diminui.

Então, o interessante não é fazer o transformador trabalhar

nesse sentido, e sim no sentido contrário: diminuindo a

voltagem e aumentando a corrente. Isso se consegue

colocando mais espiras na bobina primária e menos na bobina

secundária. Como sempre existe pequena perda (2 a 3%), a

corrente não aumenta na prática tanto quanto deveria fazê-lo

teoricamente. Veja o exemplo da figura.















Daí verificamos, na prática, que, em certas reuniões

mediúnicas, há elementos humanos que funcionam como

verdadeiros transformadores que aumentam a corrente.

Quase sempre são pessoas que não são médiuns, e até que

muitas vezes se julgam inúteis na reunião. Ficam ali parados,

concentrados, firmes, mas nada sentem. No entanto, estão

servindo incalculavelmente para o bom êxito das

comunicações; são os chamados "estacas de sustentação" de

uma reunião. Sem a presença deles, a reunião se tornaria tão

fraca que quase nada produziria.

Como há esses transformadores que aumentam a corrente,

existem os que agem de modo inverso:

diminuem a corrente. São aqueles que se "isolam" do conjunto,

ou porque permaneçam preocupados com seus pensamentos

próprios, ou porque cedam ao cansaço e durmam: a interrupção

de corrente trabalha como um transformador que diminui a

corrente, embora não na corte.


RETIFICADOR

Chamamos assim ao aparelho que transforma a corrente

alternada em corrente contínua. Trabalha baseado no princípio

das válvulas, que deixam a água correr num sentido, mas se

fecham, impedindo-a de voltar. Assim, no retificador elétrico,

o aparelho deixa passar os elétrons de um lado só, não lhes

permitindo o regresso. O processo que fará entender é o da

válvula eletrônica retificadora:





A válvula é composta de um filamento que, aquecido, expele

elétrons. Estes são atraídos pela placa, que os manda à frente.

Mas não podem regressar da placa ao filamento. A corrente

entrou alternada, ao sair da placa tem um só sentido: é direta.

Também na reunião mediúnica há pessoas que atuam como

válvulas retificadoras quase agentes catalíticos, que permitem

ao aparelho sensitivo (médium) a recepção de mensagens. No

entanto, essa tarefa é quase sempre afeta a seres

desencarnados, que facilitam a recepção das correntes

provenientes do mundo astral mais elevado ou mesmo do

mundo mental. É a chamada "telemediunidade", em que um

"espírito" retifica as correntes mais elevadas, tornando-as

acessíveis aos aparelhos encarnados. Em muitas ocasiões,

esses intermediários acrescentam, a essa tarefa, a de

transformadores para diminuir a intensidade da corrente, a

fim de poder ser recebida pelo aparelho mediúnico.

Vejamos, agora, como se dá a comunicação propriamente dita,

sob o ponto de vista eletrônico. Precisamos analisar o

comportamento da onda de som, combinada com a onda

elétrica, fixando bem que, na mediunidade, também se trata

de ONDA, embora seja "onda de pensamento".

Estudemos alguns termos de rádio.


IONTE

Quando os elétrons viajam por um gás, têm eles a propriedade

de eletrizar os átomos desse gás, que se tornam carregados;

passam então a denominar-se IONTES (ou íons). Podemos

defini-los, então, como átomos (ou radicais) eletricamente

carregados.

Os iontes podem ser carregados de eletricidade positiva

(formando os cationtes) ou negativa (formando os aniontes).

Quanto mais a atmosfera se carrega de iontes, mais ionizada

fica, isto é, mais eletrificada. A iontização poderá ser positiva

ou negativa.

Durante o dia, a atmosfera fica demais iontizada, e por isso os

aparelhos receptores funcionam com menos perfeição, já que,

além de receberem a onda hertziana, recebem também as

cargas dos iontes, o que produz estática. Havendo à noite

menor iontização da atmosfera, por causa da ausência das

radiações solares, funcionam melhor os receptores.

Daí a preferência para exercício da mediunidade das horas

noturnas, quando há poucos iontes

elétricos na atmosfera, já que a mediunidade funciona à

semelhança do rádio, e o comportamento das ondas de

pensamento ser semelhante ao das ondas hertzianas.

Vibrando intensamente os iontes elétricos produzidos pelas

radiações solares, eles interferem - embora funcionando em

faixa de onda mais baixa - nas ondas mais delicadas do

pensamento; assim como, de modo geral, as ondas solares

luminosas interferem na manifestação dos fluidos magnéticos

e no ectoplasma. Por isso, as "sessões" de efeitos físicos

necessitam de ausência de raios luminosos.

Então, para o bom funcionamento de uma reunião mediúnica, é

indispensável um ambiente bem iontizado positivamente, por

pensamentos elevados. A atmosfera assim carregada facilita

as comunicações, já que ativa o "campo elétrico-magnético".

O melhor meio de iontizar o ambiente é manter os

acumuladores ligados ao gerador (manter mentes e corações

unidos ao Pai) de modo a emitir cationtes que saturem a

atmosfera. Essa emissão é realizada pelos pensamentos de

amor desinteressado e de prece desinteressada, jamais por

preces particulares só para si ou para os "seus", nem com amor

só por aqueles que estão em contato conosco.

Em contrapartida, os ambientes carregados negativamente,

com pensamentos de egoísmo, de discussões, de futilidades,

de raivas e personalismos, só permitem reuniões fracas,

improdutivas e até perturbadas, delas saindo os participantes

em estado pior do que entraram: mais enfraquecidos, com

órgãos psíquicos e físicos afetados.

Se não houver ambiente bem iontizado, é melhor não realizar

reuniões. Por isso não deve fazer-se uma sessão de

intercâmbio em qualquer lugar, nem sob pretexto de

"CARIDADE". Sim, é caridade dar um copo de leite a um

faminto; mas será caridade dá-lo quando estiver estragado ou

envenenado?   




VÁLVULA      Vejamos agora o comportamento de uma válvula

termoiônica, dessas que utilizamos em nossos rádioreceptores.

Vemo-la construída de:

a) um FILAMENTO de metal próprio, ligado à corrente

elétrica que o esquenta até o rubro (em brasa), estado em que

o fio expele de si milhões de elétrons, que têm seu caminho

facilitado por causa do vácuo dentro da válvula.

b) de uma PLACA de metal, que recebe o jato de

elétrons e os encaminha para diante pelo fio, mas não permite

que eles voltem ao filamento; assim procedendo, transforma a

corrente alternada em corrente direta ou contínua.

c) nas válvulas mais complexas, entre o filamento e a

placa existe uma GRADE, que tem a finalidade de

"selecionar" o fluxo dos elétrons.

Com esses elementos básicos e alguns secundários, é obtida a

RETIFICAÇÃO da corrente e sua ampliação.

Na caixa craniana temos a principal válvula do corpo humano,

que será estudada mais

minuciosamente no capítulo da Biologia: o corpo PINEAL ou

EPÍFISE. Ainda aí se localiza a grande auxiliar da pineal, que é

a HIPÓFISE. No resto do corpo encontramos outras

"válvulas", mas isso é objeto de outra parte do estudo.

No entanto, fique claro que, para a comunicação, necessitamos

de uma válvula detetora ou retificadora, que é o corpo pineal.

Comparativamente à termoiônica, a pineal funciona recebendo

corrente alternada e deixando sair corrente direta: é pois

uma "transformadora de corrente". Mas, ao mesmo tempo age

tal-qualmente um transformador de frequência, pois recebe

"ondas-pensamento" que de lá saem modificadas em "ondaspalavra".

Essa modificação da ideação em palavras é constante, no

trabalho interno do EU, que fornece as idéias à mente

abstrata; essas ondas curtíssimas são enviadas do transmissor

(coração) e captadas pela pineal (cérebro), sendo aí

transformadas em palavras discursivas, em raciocínios, em

deduções e induções. Com a prática desse trabalho constante,

embora inconsciente, a pineal exercita-se para mais tarde,

mais amadurecida, poder fazer o mesmo com idéias

provenientes de fora, de outras mentes por meio da telepatia.

A pineal, formidável válvula eletrônica, capta as ondaspensamento

(corrente alternada) e as detecta em ondas

discursivas (corrente direta pessoal) trabalhadas pelos lobos

frontais do cérebro, e depois traduzidas em som (pelo

aparelho fonador), ou em desenhos ideográficos (pelos

músculos das mãos).

Assim, teórica e praticamente observamos a transmutação das

idéias de um ser para outro, no ponto exato da transformação

das ondas.

Mas resta-nos ainda ver o processo da "comunicação"

propriamente dita.


TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO

O mecanismo de comunicação (transmissão e recepção) do

rádio obedece, em linhas gerais simplificadas ao seguinte

(observe o desenho esquemático):



1.º estágio - A pessoa fala, produzindo ondas

acústicas; estas ferem o microfone, fazendo-lhe vibrar a

lâmina, que transmite essas ondas em corrente variável a uma

válvula amplificadora. Esta aumenta muito os sinais e os envia

ao aparelho transmissor, que as transforma em ondas

hertzianas, fixandolhes a frequência e a potência, modulandoas

e lançando-as pela torre de transmissão.

2.º estágio - As ondas hertzianas correm pelo ar

atmosférico e batem em todas as antenas, penetrando todos

os ambientes, tenham ou não aparelhos receptores: a

atmosfera terrestre está permanentemente saturada de

ondas hertzianas provenientes de todas as estações

transmissoras do globo.

3.º estágio - Um aparelho especializado (receptor)

recebe todas essas ondas. Mas o ouvinte escolhe, por meio de

seu condensador variável, qual das ondas ele quer ouvir.

Sintonizado o aparelho na mesma frequência que a da estação

transmissora que ele deseja, a corrente das ondas hertzianas

é novamente ampliada por uma válvula, depois retificada para

corrente direta por outra, sendo então levada ao alto-falante,

que transforma os impulsos elétricos em ondas acústicas, as

quais são percebidas pelos ouvidos do interessado.

Examinando o 1.º estágio (efetuado pelo espírito comunicante)

vemos que suas palavras são inicialmente moduladas para

poderem ser percebidas. Essa modulação requer um estado

especial de vibração dele próprio. Não é qualquer "espírito"

que, falando em qualquer situação, consegue ser percebido. Se

assim fora, os médiuns suportariam um pandemônio de vozes

misturadas, que se

tornariam incompreensíveis. Mas, tal como o transmissor, o

espírito tem que saber fixar a frequência de sua onda, que só

poderá ser percebida pelo aparelho que com ele sintonize.

Essas vibrações discursivas podem ser transmitidas de duas

maneiras:

1.ª) mediante ligação direta aos centros nervosos (plexos,

chacras) do aparelho, que as registra e reproduz

automaticamente (embora possa ser conscientemente, já que

uma coisa não exclui a outra);

2.ª) ou mediante recepção das ondas, sem ligação (sem

fio).

Essa duplicidade de processos explica certos pormenores:

- Por que alguns espíritos, ao incorporar, guardam a

pronúncia típica (pretos velhos, por exemplo) ou só falam

no próprio idioma?

Porque a ligação é direta (por fio fluídico) e a reprodução é

automática.

- Por que um espírito de, por exemplo, um alemão que

nunca esteve no Brasil nem jamais aprendeu o

português, se comunica neste idioma, sem qualquer

sotaque?

Porque a transmissão é feita em ondas-pensamento, e são

captadas as idéias e traduzidas em sons pelo cérebro do

médium, em palavras suas (isto é, em palavras do médium) .

Por que certos médiuns ignorantes falam línguas

estrangeiras ou dão comunicações de assuntos que não

conhecem?

- Porque a ligação é direta e a comunicação é automática.

Mais tarde isso será visto com mais pormenores no capítulo

da biologia.

- Por que certos espíritos dizem que não podem falar

sobre isto ou aquilo por meio deste médium, alegando que o

aparelho, por desconhecer o assunto, não lhe fornece

material para a comunicação?

Porque esse médium trabalha sem ligação direta, captando as

ondas-pensamento, e teria que traduzi-las em palavras suas,

tiradas de seu cérebro. Ora, se não conhece o vocabulário

especializado técnico, ou se não tiver noções, por exemplo, de

anatomia, não poderá entender nem mesmo as idéias, quanto

mais reproduzir os pensamentos com palavras suas.

- Por que durante certas comunicações "automáticas" o

médium fica inconsciente e em outras permanece

consciente?

"Durante" as comunicações o médium sempre tem consciência

do que diz. Mas quando termina é que vem o esquecimento.

Isso se dá sobretudo, quando a comunicação é feita por meio

de sono hipnótico, sendo "agente" o espírito e "paciente" o

médium.

Verificamos, pois, que o espírito não precisa estar presente

para dar a comunicação. Pode irradiar seu pensamento de

distâncias grandes e ser recebido pelo médium. Daí o erro de

mandar que o "vidente" comprove a incorporação, para evitar

mistificações. Disso falaremos ao estudar a vidência.

A essa transmissão à distância' chamam alguns

"telemediunidade".

Examinando o 2.º estágio, compreendemos que as ondas são

enviadas indistintamente ao ambiente (se não houver ligação

direta), e portanto recebidos por quem esteja sintonizado com

elas. De modo geral há um médium que as recebe. Mas pode

acontecer que sejam recebidas por dois ou mais médiuns

concomitantemente (ou que nenhum dos presentes as receba).

Nesse caso, se são da mesma sensibilidade, a comunicação de

ambos é igualou quase. Se são de sensibilidade diferente, cada

um deles apanhará aquilo de que for capaz. Isso explica o leitmotiv

que muitas vezes ocorre nas sessões em que vários

médiuns terem o mesmo assunto, embora com palavras

diferentes. Todos receberam a mesma mensagem, mas cada

um as traduziu segundo sua própria capacidade. Por que falar

em "plágio"?

No 3.º estágio compreendemos a importância da sintonia. No

rádio, procuramos a sintonia por meio do condensador variável.

Na mediunidade, com a elevação ou o baixamento das

vibrações, até que sejam harmônicas.

Aberta a sessão, alguns aparelhos nada sentem. Se

permanecerem em oração (ligados ao Gerador) esquentando o

aparelho e elevando a frequência, podem atingir determinado

grau e receber uma estação transmissora. Se permanecerem

distraídos, sintonizados com seus problemas, nada recebem,

ou então só recebem comunicações de espíritos que estejam

na mesma faixa vibratória.

Isso ocasiona que as comunicações de certos médiuns sejam

sempre semelhantes: eles alimentam a mono-idéia, e só

percebem "estações" que estejam naquela faixa.

Captadas as ondas-pensamento, o aparelho mediúnico as

retifica, através do cérebro, modulando o pensamento-palavra,

transformando-as em ondas-acústicas (palavras discursivas),

sonorizando-as através do aparelho fonador (alto-falante) ou

as escreve (transformando-as em imagens convencionais), mas

sempre com suas próprias palavras e estilo (a não ser que a

ligação tenha sido feita por fio, ligado aos chakras, agindo

sobre os centros nervosos do corpo e prescindindo da "válvula

retificadora" do médium).

Examinemos algumas perturbações que podem ocorrer na

recepção de ondas radiofônicas: a "imagem", o "fading" e a

interferência.

IMAGEM - Chama-se assim à sintonia de determinada

frequência em outra frequência, ou seja, à recepção de uma

onda em cima de outra, ou de uma estação em outra.

A imagem é dada pela soma da rádio-onda (RO) mais a

frequência intermediária (FI) do aparelho receptor. Ora,

ocorre que cada receptor tem sua FI fixa e determinada no

momento da montagem.

Então, se a FI é baixa, acontece que pode produzir-se uma

"imagem" de uma estação em outra.

Para facilitar a compreensão, tomemos como exemplo a faixa

de ondas médias, que vai de 550 a 1600 khs. Suponhamos que

a FI do aparelho seja 400. Se sintonizamos nosso rádio em

1200 khs, acontece que captamos a estação de 1200 khs,

MAIS a "imagem" da estação de 800 khs (porque 800 + 400 =

1200).

Então, para evitar as "imagens", os aparelhos radiofônicos são

montados com FI elevadas (por exemplo, de 1.100 para cima).

Dessa forma, mesmo a estação de mais baixa frequência (550

khs) cairá fora da faixa (550 + 1.100 = 1.650), evitando a

formação de "imagens".

Muito importante o conhecimento desse fato. Com efeito,

cada criatura humana possui sua frequência intermediária (FI)

de determinado valor. Ocorre então que, se a FI for baixa, a

recepção das ondas do espírito comunicante poderá somar-se

ao pensamento do aparelho receptor de tal forma que

prejudique a pureza das idéias transmitidas. Porque, de fato,

"mistura" da RO do espírito desencarnado com a FI do médium

SEMPRE HAVERÁ. Só se excetua o caso de ligação direta por

fio fluídico (equivalente à ligação telefônica). Mas, quando a

RO do espírito é mais forte (60% pelo menos) a comunicação

ainda pode considerar-se boa. Percentagem mais baixa não é

aceitável, já que faz que a mensagem perca a autenticidade.

O remédio para obviar a esse mal será elevar a FI da criatura

de tal modo, que não produza "imagens" em qualquer das ondas

da faixa em que está trabalhando na recepção.

Essa elevação da FI equivale ao combate sistemático a tudo o

que reduza as vibrações, como vaidade, orgulho, pretensão,

mágoa, ressentimento, ciúmes, críticas, etc. Havendo

qualidades positivas (humildade, amor, espírito de serviço

desinteressado) a FI da criatura permanece alta, afastandose

o perigo de "imagens".


"FADING"

- É o nome dado à variação de intensidade, na entrada da onda

no aparelho radiofônico. A onda começa forte, depois vai

enfraquecendo e desaparecendo até um mínimo, para crescer

logo em seguida, numa oscilação periódica. Interessante

observar que o "fading" se verifica quase que somente nas

ondas curtas. A correção do "fading" pode obter-se com o

fortalecimento do circuito do amplificador, de modo que fixe

o máximo e o mínimo de uma faixa audível.

Na mediunidade é comum ocorrer o mesmo fenômeno,

sobretudo quando o transmissor é de "onda curta" (espíritos

mais elevados). Ao perceber o médium que o espírito

comunicante (estação transmissora) é de elevada categoria

astral, começa a sentir-se satisfeito (vaidoso) de servir de

intermediário, o que enfraquece imediatamente a recepção.

Doutras vezes pode distrair-se com problemas seus, e então

titubeia. Ou ainda ocorre que o comunicante pode dar um

impulso, e depois deixar que o médium prossiga por si na

explanação do assunto, a fim de exercitá-lo: pode então o

aparelho "perder o fio" e produzir um "fading". E outras

causas: distrações, falta de concentração do aparelho da

corrente, etc.

Remédios, portanto, são: firmeza de concentração (o

intelecto vazio de pensamentos); sentimento de humildade e

amor desinteressado; e sobretudo atenção à sequência de

idéias que forem sendo recebidas.


INTERFERÊNCIA

- É a intromissão de uma onda estranha, no aparelho,

perturbando a recepção. A interferência pode ter diversas causas:


a) transmissão de onda de frequência muito próxima. O

transmissor irradia em frequência determinada, que se chama

onda portadora; assim mesmo, existe uma oscilação de cerca

de 10.000 ciclos por segundo em cada lado. Por isso, se outro

transmissor emitir dentro desse limite, há uma interferência.

Essa é a razão por que as estações de broadcasting estão

distantes uma da outra, no mínimo, em 40.000 ciclos ( ... 860 -

900 - 940 980 - 1020 - 1060 kcs);


b) uma ruptura ou fechamento de circuito estranho, ou seja,

quando se liga ou desliga qualquer aparelho elétrico, o

receptor registra estalidos característicos, que todos

conhecemos;


c) funcionamento de motores de centelha ou explosão, que

produzem oscilações eletromagnéticas, repercutindo no

receptor com zumbidos e roncos continuados, chegando, por

vezes, a impedir a recepção.

Da mesma forma, nas transmissões de ondas de pensamento

(com muito mais efeito, porque muito mais sutis e delicadas)

ocorrem tais interferências.


a) ciclagem próxima: pode acontecer que dois

espíritos de vibração vizinha emitam pensamentos de forma a

interferir um, na mensagem do outro. O mais comum é ocorrer

isso entre a mensagem do espírito e a mente do médium,

sobretudo quando se trata do "guia" ou "mentor". Isto porque,

de modo geral, o "guia" tem uma frequência muito próxima da

de seu aparelho. E explica-se: se assim não fora, não se lhe

poderia "agregar" como "guia", já que isso requer sintonia

vibratória entre os dois. Daí o cuidado que devemos ter,

examinando cuidadosamente as mensagens dos "guias", para

descobrir se existem interferências do pensamento do

aparelho mediúnico.


b) Quando há ruptura de corrente na mesa mediúnica, ocorrem interrupções na transmissão de mensagens, que se tornam fracas, por vezes perdendo mesmo a sequência de sentido. Também pode acontecer que, de fora, venham interrupções, quer provenientes de mentes

desencarnadas, quer de encarnadas. E essas centelhas podem ser tão violentas, que rompam a ligação entre transmissor (espírito) e receptor (médium).

c) A terceira interferência (que difere da segunda por ser continuada) provém, quase sempre, da assistência, especialmente pela presença de pessoas totalmente descrentes, que duvidam e se opõem aos fenômenos, com seu pensamento. A "assuada" de ondas-pensamento pode ser tão  forte, que impeça o recebimento de mensagens. Isso explica por que os médiuns, quando levados a ambientes hostis para  "dar provas", com frequência nada produzam: não conseguem receber a onda irradiada, em vista das interferências  existentes que a cobrem.

Essa também a razão por que nos dias de grande movimentação popular (por exemplo,

durante o carnaval) não se devem realizar sessões mediúnicas: as interferências são muito

grandes e podem perturbar totalmente os aparelhos receptores humanos, tal como

centelhas muito violentas podem causar prejuízos sérios nos rádios e televisões,

queimando resistências e até válvulas.

ef.