Jesus
e A mulher
Encontrei, hoje, 12 de outubro de 2017, no site da Veja Abril.com notícia que me trouxe um alento matinal, neste mundo em que estamos, já que as informações que nos chegam diariamente são
sempre chocantes e parecem sempre estarem nos preparando para o pior.
Irmãos pouco informados imaginam estarem sendo punidos, por estarem encarnados aqui neste planeta, mas, na verdade, aquele que procura se informar e que se preocupa em deixar de lado as
ideias antigas enquanto analisa as novas que lhe chegam, necessita, ao fazer esse juízo de valor,afastar as preconcepções que são alimentadas pelas antigas que lhe sejam conflitantes, a fim de que tenha cognição perfeita... não devemos replicar o comportamento da criança birrenta quando quer seja feita a sua vontade e encontra uma barreira de contenção.
Atualmente, com tantas informações que nos chegam dos irmãos que estão no plano extrafísico e que são desprezadas em virtude das ideias preconcebidas e da ignorância relativa em relação à
realidade do que se passa naquele plano após a falência do corpo físico não é mais razoável aceitar as trevas, porque a luz é para todos.
Eis o texto:
“A
Suprema Corte da Índia derrubou uma lei que permitia que homens
adultos tivessem relações sexuais com meninas acima de 15 anos
desde que fossem casados. Apesar da idade legal de consentimento para
relações sexuais e casamento seja de 18 anos, os casamentos
infantis ainda são muito comuns, principalmente nas áreas rurais do
país.
O
código criminal também incluía, mesmo com a proibição que um
adulto tivesse relações sexuais com menores de idade, uma exceção
para relacionamentos no qual o homem e a mulher fossem casados. Além
disso, relações dentro de um casamento, ainda que não consentidas,
não eram consideradas estupro no país. Muitos ativistas dos
direitos das crianças vinham protestando contra a cláusula, já que
46% das mulheres entre 18 e 29 anos do país se casaram antes de
atingir a maioridade.
A
partir de agora, esses casos serão considerados estupro. Meninas com
menos de 18 anos que tiverem sexo com seus maridos agora podem
denunciar a agressão no prazo de até um ano após do ocorrido.”
Ainda
é tempo de recordar que o homem (estou me referindo à criatura de
sexo masculino) sempre
-e erroneamente- se colocou em posição
superior à da mulher, aquela mesma que lhe serviu de porta
de
entrada para este planeta e de quem em quase todos os casos, dependeu
para sobreviver e alcançar
a idade adulta), porém nosso irmão e
mestre Jesus
veio
nos trazer exemplo de que este é um
comportamento totalmente
equivocado. Sendo a mulher, naquela época, tão discriminada, por
que
motivo o Mestre iria aparecer a uma e não a qualquer de seus
apóstolos ? Está aí, mais uma clara
mensagem de que, não apenas
no episódio da mulher adúltera, nosso irmão e mestre Jesus
indicava
que não pode haver discriminação entre irmãos. Neste
sentido, trago e peço vênia para postar, por
inteiro, o capítulo “Jesus , O Libertador da Mulher”, de autoria espiritual do Espírito Amélia
Rodrigues, na psicografia de Divaldo Franco, no livro “Até O Fim dos Tempos” :
inteiro, o capítulo “Jesus , O Libertador da Mulher”, de autoria espiritual do Espírito Amélia
Rodrigues, na psicografia de Divaldo Franco, no livro “Até O Fim dos Tempos” :
Jesus,
o Libertador da Mulher
Nos
Seus passos e ministérios sempre estavam presentes mulheres
abnegadas, que constituíam apoio e nobreza caracterizando a
singularidade superior dos Seus ensinamentos.
Subjugada
pela tradição e relegada a plano secundário, as mulheres eram
objeto de desdém dos homens, que apenas as utilizavam para a
reprodução e o abuso.
Sem
direitos religiosos, nem qualquer tipo de participação no culto, as
doutrinas dominantes tinham-nas em condições subservientes desde as
remotas anotações do Pentateuco e das profecias.
Jesus,
o Grande Libertador, jamais as discriminou, ensejando-lhes o
engrandecimento moral e renovando-lhes os sentimentos ultrajados.
Em
todas as situações as engrandeceu, gerando cizânia entre aqueles
que já se lhe constituíam adversários.
Emulando-as
à permanência nos deveres domésticos, convocava-as à construção
do mundo novo do futuro, por serem as primeiras educadoras,
responsáveis pelos alicerces do porvir na intimidade dos lares.
Quando
se lhe acercavam, portadoras de enfermidades de vária ordem, ou
perturbadas pelos Espíritos inferiores, libertava-as com imenso
carinho, conclamando-as à perseverança nos propósitos superiores,
maneira eficaz de se manterem indenes às influências perniciosas
das forças do mal e da perversão.
Utilizadas sem a menor consideração pela sua feminilidade, quando surpreendidas no erro, sempre eram acusadas e punidas, mas nunca sucedia o mesmo com aqueles que a induziam ao delito ou as obrigaram à condição servil. O preconceito contra as mulheres fizera-se abominável, hediondo.
Sempre há referências à adultera, à obsidiada e pervertida de Magdala, no entanto, há um silêncio total sobre os adúlteros, os obsidiados que buscavam a enferma vencedora de ilusões.
Jesus, que penetrava o ádito dos sentimentos, levantou sua voz e ofereceu sua compreensão às maiores vítimas dos erros, no caso, as mulheres infelizes, às quais orientou, procurando libertá-las do jugo subalterno a que se submetiam.
Não
era, pois, de causar surpresa que as mulheres O seguissem, que
oferecessem recursos em favor do ministério espiritual e fraternal
que Ele inaugurara, agradecidas e comovidas ante o Seu amor.
Como conseqüência, a Ele se devem os primeiros gestos em favor da libertação feminina dos grilhões a que foram submetidas através dos milênios.
...E
foram as mulheres que não temeram as circunstâncias inditosas da
via dolorosa, seguindo- O e compungidas, e ficando a Seu lado e ao
lado de Sua mãe na tragédia da Cruz.
Como
resposta de amor, foi à arrependida Magdalena, a que Ele apareceu
por primeira vez depois da morte, entoando o hino incomparável de
louvor à Vida, embora João e Pedro também houvessem visitado a
sepultura onde fora inumado.
Narra o Evangelista Lucas (*), que algumas mulheres que haviam sido curadas de Espíritos
malignos e de enfermidades, acompanhavam-no e aos doze, dentre as quais, Maria, chamada de Madalena, da qual haviam saído sete demônios, Joanna, mulher de Cusa, administrador de Herodes, Suzana e muitas outras que os serviam com os seus bens.
Não foram poucos aqueles a quem Ele libertara de Espíritos perversos, a quem restituíra os
movimentos, abrira os olhos à luz, descerrara os ouvidos ao som, limpara o corpo das mais
diferentes enfermidades, e todos O abandonaram. Nenhuma voz se ergueu para defendê-Lo ou sequer para justificá-Lo.
As
mulheres, no entanto, sem qualquer receio, estiveram na entrada
triunfal de Jerusalém como no meio da soldadesca desvairada e do
populacho ingrato, seguindo-O com fidelidade.
Sabia
Jesus que o sentimento feminino, preparado para a maternidade, não
teme sacrifícios nem receia situações penosas, porque é
constituída para a renúncia de si mesma e para a abnegação até o
holocausto, havendo-lhe sido confiada o ministério de amar as
criaturas desde o momento da sua formação no seio.
Desse
modo, investiu na sua sensibilidade e nobreza, conferindo-lhe
confiança e concedendo-lhe a dignidade que lhe havia sido retirada
pelas paixões subalternas dos legisladores antigos e dos profetas
fanáticos.
Deus
a todos fez com igualdade, estabelecendo polaridades para o elevado
princípio da
reprodução, sem qualquer inferioridade, como parte de outrem.
reprodução, sem qualquer inferioridade, como parte de outrem.
O Criador, que concebeu e gerou o Universo, jamais necessitaria de adormecer o homem para extirpar-lhe a costela elaborando a mulher. O processo da vida é o mesmo, organizando molécula por molécula sob a Lei de transformações incessantes e renovação intérminas.
No
Seu código de amor, não há lugar para o mal, para discriminação,
para a treva...Tudo são
bênçãos edificantes em situações específicas para a finalidade geral da perfeição que está
destinada a tudo e a todos.
bênçãos edificantes em situações específicas para a finalidade geral da perfeição que está
destinada a tudo e a todos.
As mulheres, ao lado de Jesus, eram as mãos do socorro, atendendo os enfermos, as criancinhas aturdidas e rebeldes que lhe eram levadas, providenciando alimentos e roupas, auxílio de todo jaez nas jornadas entre as aldeias e cidades, povoados e ajuntamentos.
A
multidão sempre O seguia; a massa informe e sofrida, que se comove e
se irrita, que segue o rumo e se extravia, que aplaude e apedreja
conforme a situação, necessitando sempre de ajuda na retaguarda,
colocando equilíbrio e esclarecimento, a fim de acalmar os ânimos e
refundir coragem nos desalentos.
Eram suas vozes meigas e compassivas que tranqüilizavam os exasperados antes de chegarem até o Mestre; sua paciência e gentileza que amainava a ira e a rebeldia precedentes ao contato com Ele, constituindo segurança e alívio para as provas que os desesperados carregavam em clima de reparações dolorosas.
Conhecidas já, aos seus afagos recorriam muitas outras mulheres sofridas e amarguradas, que experimentavam o opróbrio e a humilhação doméstica, e às quais confortavam com o seu próprio exemplo e fé.
Jesus as necessitava, nelas depositando esperanças em favor de um mundo novo onde não mais existissem as discriminações, nem os preconceitos de qualquer natureza.
Jesus
e as mulheres!
... E as crianças, e os homens de todos os tempos!
Por isso, Sua mensagem nunca mais desaparecerá da humanidade e jamais se apagará da
memória dos tempos, até o momento do grande encontro com Ele, além das formas e da
transitoriedade do mundo material.
_____________
(*)
8 - 2 e 3
Nota
da Autora Espiritual”
Kardec,
no Livro dos Espíritos, no capítulo IX, ao codificar os
ensinamentos dos Espíritos, o Consolador prometido pelo Mestre
Jesus, dedicou atenção especial à essa importante questão, quando
tratou da “Igualdade Dos Direitos Do Homem e Da Mulher, vejamos:
No
capítulo IV, que trata da pluralidade das existências, ou seja,
sobre a reencarnação, no tópico SEXOS NOS ESPÍRITOS.
200.
“Os Espíritos têm sexos? “
R.
“Não como o entendeis, pois os sexos dependem da organização.
Há
entre eles amor e simpatia, mas baseados na semelhança dos
sentimentos.”
201.
“O Espírito que animou o corpo de um homem pode, numa nova
existência,
animar o de uma mulher e reciprocamente ?”
R.
“ Sim, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as
mulheres.”
202.
“Quando se é um Espírito errante, prefere-se encarnar no corpo
de
um homem ou de uma mulher?”
R.
“Isso pouco importa ao Espírito; dá-se em função das provas por
que
haja de passar.”
Nota
de Kardec.: Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres,
porque
não têm sexo; como devem progredir em tudo, cada sexo, assim
como
cada posição social, oferece-lhes provações e deveres especiais e
a
oportunidade de adquirir experiência. Aquele que fosse sempre homem,
apenas
saberia o que sabem os homens.
E,
a
partir da questão 817.
817.
O Homem e a mulher são iguais diante de Deus e possuem os mesmos
direitos ?
R. “Deus não concedeu a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de
progredir ?”
“818.
De onde provém a inferioridade moral da mulher em alguns países ?”
R.
“ É
do domínio injusto e cruel que o homem adotou para com ela. É
resultado das
instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre os homens pouco
adiantados, do ponto de vista moral, a força faz o direito.”
instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre os homens pouco
adiantados, do ponto de vista moral, a força faz o direito.”
“819.Com
que objetivo a mulher é fisicamente mais fraca do que o homem ?”
“R.
Para lhe indicar funções especiais. O homem, sendo o mais forte, a
ele cabem os
trabalhos rudes; à mulher cabem os trabalhos leves e a ambos o dever de se ajudarem
mutuamente a passar pelas provas de uma vida cheia de amargor.”
trabalhos rudes; à mulher cabem os trabalhos leves e a ambos o dever de se ajudarem
mutuamente a passar pelas provas de uma vida cheia de amargor.”
“820.
A fraqueza física da mulher não a coloca, naturalmente, sob a
dependência
do homem ?”
“R.
“Deus deu a uns a força, para proteger o fraco e, não, para
escravizá- lo.”
nota
de kardec: “Deus apropriou a organização de cada ser às funções
que deve
desempenhar. Se deu à mulher menor força física, deu-lhe, ao mesmo tempo, maior
sensibilidade, em relação à delicadeza das funções maternais e à fraqueza dos seres
confiados aos seus cuidados.”
desempenhar. Se deu à mulher menor força física, deu-lhe, ao mesmo tempo, maior
sensibilidade, em relação à delicadeza das funções maternais e à fraqueza dos seres
confiados aos seus cuidados.”
“821.
As funções que a mulher está destinada pela Natureza têm uma
importância tão
grande quanto as que são atribuídas ao homem ? “
grande quanto as que são atribuídas ao homem ? “
“R.
Sim, e maior ainda; é ela quem lhe dá as primeiras noções da
vida.”
“822.
Sendo os homens iguais diante da lei de Deus, devem sê-lo também
diante a da lei dos homens ?”
“R.
é este o primeiro princípio de justiça: Não façais aos outros o
que não quereríeis que vos fizessem.”
a) Assim sendo, uma legislação, para ser perfeitamente justa,
deve consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher
?
R.
Dos direitos, sim; das funções, não; é preciso que cada um ocupe um lugar específico; que o homem se ocupe com o exterior e a mulher com o interior, cada um de acordo com
sua aptidão.
A lei humana, para ser equitativa, deve consagrar a
igualdade dos direitos entre o homem e a mulher; qualquer privilégio concedido a um ou a outro é contrário à justiça. A emancipação
da mulher
acompanha
o progresso da civilização;
sua servidão marcha com a barbárie. Os
sexos,
aliás, só existem na organização física; já que os Espíritos podem tomar um ou outro, não há, sob esse aspecto, diferença
entre eles e, por conseguinte, devem gozar dos mesmos
direitos.”
Kardec volta ao tema na
Revista Espírita de janeiro de 1866 :
As
almas ou Espíritos não têm sexo. As afeições que os unem nada
têm de
carnal e, por isso mesmo, são mais duráveis, porque fundadas numa
simpatia real e não são subordinadas às vicissitudes da matéria.
Os sexos só
existem no organismo. São necessários à reprodução
dos seres materiais. Mas os
Espíritos, sendo criação de Deus, não
se reproduzem uns pelos outros, razão por que os
sexos seriam
inúteis no mundo espiritual.
Conforme o texto da questão 200, acima reproduzido, o codificador admite que há entre eles o amor e simpatia, porém baseados na afinidade de sentimentos.
No
Brasil, foi Getúlio Vargas, ao assinar o Decreto 21.076, em 24 de
fevereiro de 1932, que concedeu o voto às mulheres. Em seu artigo 2º
determinava:
“É eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo,
alistado na forma deste Código”
Muito
embora a redação do texto do artigo 121: “Os homens maiores de
sessenta anos e as mulheres de qualquer idade podem isentar-se de
qualquer obrigação
ou
serviço de natureza eleitoral” as mulheres, que já perseguiam o
direito de escolher seus governantes foram aderindo e exercendo a
tão importante concessão, até que a obrigatoriedade do voto foi
recepcionada pela Constituição Federal de 1946. Foram vozes
importantes das mulheres, Nísia Floresta, do Rio Grande do Norte,
Alzira Soriano, Bertha Lutz, dentre outras .
Entretanto,
foi na Nova Zelândia, com Kate Sheppard, como lider do movimento
pelo voto feminino que as mulheres do planeta obtiveram, por primeiro e em 1893, o direito ao
voto na escolha dos governantes.
É
irreversível.
Amém.