quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Jesus e a Mulher


  Jesus e A mulher





Encontrei, hoje, 12 de outubro de 2017, no site da Veja Abril.com notícia que me trouxe um alento matinal, neste mundo em que estamos, já que as informações que nos chegam diariamente são
sempre chocantes e parecem sempre estarem nos preparando para o pior.



Irmãos pouco informados imaginam estarem sendo punidos, por estarem encarnados aqui neste planeta, mas, na verdade, aquele que procura se informar e que se preocupa em deixar de lado as
ideias antigas enquanto analisa as novas que lhe chegam,   necessita, ao fazer esse juízo de valor,afastar as preconcepções  que são alimentadas pelas antigas que lhe sejam conflitantes, a fim de que tenha cognição perfeita... não devemos replicar o comportamento da criança birrenta quando quer seja feita a sua vontade e encontra uma barreira de contenção.

Atualmente, com tantas informações que nos chegam dos irmãos que estão no plano extrafísico e que são desprezadas em virtude das ideias preconcebidas e da ignorância relativa em relação à
realidade do que se passa naquele plano após a falência do corpo físico não é mais razoável aceitar as trevas, porque a luz é para todos.


Eis o texto:

A Suprema Corte da Índia derrubou uma lei que permitia que homens adultos tivessem relações sexuais com meninas acima de 15 anos desde que fossem casados. Apesar da idade legal de consentimento para relações sexuais e casamento seja de 18 anos, os casamentos infantis ainda são muito comuns, principalmente nas áreas rurais do país.

O código criminal também incluía, mesmo com a proibição que um adulto tivesse relações sexuais com menores de idade, uma exceção para relacionamentos no qual o homem e a mulher fossem casados. Além disso, relações dentro de um casamento, ainda que não consentidas, não eram consideradas estupro no país. Muitos ativistas dos direitos das crianças vinham protestando contra a cláusula, já que 46% das mulheres entre 18 e 29 anos do país se casaram antes de atingir a maioridade.

A partir de agora, esses casos serão considerados estupro. Meninas com menos de 18 anos que tiverem sexo com seus maridos agora podem denunciar a agressão no prazo de até um ano após do ocorrido.” 
 

Ainda é tempo de recordar que o homem (estou me referindo à criatura de sexo masculino) sempre  -e erroneamente- se colocou em posição superior à da mulher, aquela mesma que lhe serviu de porta de entrada para este planeta e de quem em quase todos os casos, dependeu para sobreviver e alcançar a idade adulta), porém nosso irmão e mestre Jesus veio nos trazer exemplo de que este é um comportamento totalmente equivocado. Sendo a mulher, naquela época, tão discriminada, por que motivo o Mestre iria aparecer a uma e não a qualquer de seus apóstolos ? Está aí, mais uma clara mensagem de que, não apenas no episódio da mulher adúltera, nosso irmão e mestre Jesus indicava  que não pode haver discriminação entre irmãos. Neste sentido, trago e peço vênia para postar, por
inteiro, o capítulo “Jesus , O Libertador da Mulher”, de autoria espiritual do Espírito Amélia 
Rodrigues, na psicografia de Divaldo Franco, no livro “Até O Fim dos Tempos” :







Jesus, o Libertador da Mulher

Nos Seus passos e ministérios sempre estavam presentes mulheres abnegadas, que constituíam apoio e nobreza caracterizando a singularidade superior dos Seus ensinamentos.



Subjugada pela tradição e relegada a plano secundário, as mulheres eram objeto de desdém dos homens, que apenas as utilizavam para a reprodução e o abuso.




Sem direitos religiosos, nem qualquer tipo de participação no culto, as doutrinas dominantes tinham-nas em condições subservientes desde as remotas anotações do Pentateuco e das profecias.


Jesus, o Grande Libertador, jamais as discriminou, ensejando-lhes o engrandecimento moral e renovando-lhes os sentimentos ultrajados.


Em todas as situações as engrandeceu, gerando cizânia entre aqueles que já se lhe constituíam adversários.


Emulando-as à permanência nos deveres domésticos, convocava-as à construção do mundo novo do futuro, por serem as primeiras educadoras, responsáveis pelos alicerces do porvir na intimidade dos lares.



Quando se lhe acercavam, portadoras de enfermidades de vária ordem, ou perturbadas pelos Espíritos inferiores, libertava-as com imenso carinho, conclamando-as à perseverança nos propósitos superiores, maneira eficaz de se manterem indenes às influências perniciosas das forças do mal e da perversão.


Utilizadas sem a menor consideração pela sua feminilidade, quando surpreendidas no erro, sempre eram acusadas e punidas, mas nunca sucedia o mesmo com aqueles que a induziam ao delito ou as obrigaram à condição servil. O preconceito contra as mulheres fizera-se abominável, hediondo.



Sempre há referências à adultera, à obsidiada e pervertida de Magdala, no entanto, há um silêncio total sobre os adúlteros, os obsidiados que buscavam a enferma vencedora de ilusões.



Jesus, que penetrava o ádito dos sentimentos, levantou sua voz e ofereceu sua compreensão às maiores vítimas dos erros, no caso, as mulheres infelizes, às quais orientou, procurando libertá-las do jugo subalterno a que se submetiam.



Não era, pois, de causar surpresa que as mulheres O seguissem, que oferecessem recursos em favor do ministério espiritual e fraternal que Ele inaugurara, agradecidas e comovidas ante o Seu amor.




Como conseqüência, a Ele se devem os primeiros gestos em favor da libertação feminina dos grilhões a que foram submetidas através dos milênios.


...E foram as mulheres que não temeram as circunstâncias inditosas da via dolorosa, seguindo- O e  compungidas, e ficando a Seu lado e ao lado de Sua mãe na tragédia da Cruz.


Como resposta de amor, foi à arrependida Magdalena, a que Ele apareceu por primeira vez depois da morte, entoando o hino incomparável de louvor à Vida, embora João e Pedro também houvessem visitado a sepultura onde fora inumado.



Narra o Evangelista Lucas (*), que algumas mulheres que haviam sido curadas de Espíritos 

malignos e de enfermidades, acompanhavam-no e aos doze, dentre as quais, Maria, chamada de Madalena, da qual haviam saído sete demônios, Joanna, mulher de Cusa, administrador de Herodes, Suzana e muitas outras que os serviam com os seus bens.



Não foram poucos aqueles a quem Ele libertara de Espíritos perversos, a quem restituíra os
movimentos, abrira os olhos à luz, descerrara os ouvidos ao som, limpara o corpo das mais 

diferentes enfermidades, e todos O abandonaram. Nenhuma voz se ergueu para defendê-Lo ou sequer para justificá-Lo.


As mulheres, no entanto, sem qualquer receio, estiveram na entrada triunfal de Jerusalém como no meio da soldadesca desvairada e do populacho ingrato, seguindo-O com fidelidade.


Sabia Jesus que o sentimento feminino, preparado para a maternidade, não teme sacrifícios nem receia situações penosas, porque é constituída para a renúncia de si mesma e para a abnegação até o holocausto, havendo-lhe sido confiada o ministério de amar as criaturas desde o momento da sua formação no seio.


Desse modo, investiu na sua sensibilidade e nobreza, conferindo-lhe confiança e concedendo-lhe a dignidade que lhe havia sido retirada pelas paixões subalternas dos legisladores antigos e dos profetas fanáticos.



Deus a todos fez com igualdade, estabelecendo polaridades para o elevado princípio da 

reprodução, sem qualquer inferioridade, como parte de outrem.





O Criador, que concebeu e gerou o Universo, jamais necessitaria de adormecer o homem para extirpar-lhe a costela elaborando a mulher. O processo da vida é o mesmo, organizando molécula por molécula sob a Lei de transformações incessantes e renovação intérminas.


No Seu código de amor, não há lugar para o mal, para discriminação, para a treva...Tudo são
bênçãos edificantes em situações específicas para a finalidade geral da perfeição que está 
destinada a tudo e a todos.



As mulheres, ao lado de Jesus, eram as mãos do socorro, atendendo os enfermos, as criancinhas aturdidas e rebeldes que lhe eram levadas, providenciando alimentos e roupas, auxílio de todo jaez nas jornadas entre as aldeias e cidades, povoados e ajuntamentos.


A multidão sempre O seguia; a massa informe e sofrida, que se comove e se irrita, que segue o rumo e se extravia, que aplaude e apedreja conforme a situação, necessitando sempre de ajuda na retaguarda, colocando equilíbrio e esclarecimento, a fim de acalmar os ânimos e refundir coragem nos desalentos.



Eram suas vozes meigas e compassivas que tranqüilizavam os exasperados antes de chegarem até o Mestre; sua paciência e gentileza que amainava a ira e a rebeldia precedentes ao contato com Ele, constituindo segurança e alívio para as provas que os desesperados carregavam em clima de reparações dolorosas.



Conhecidas já, aos seus afagos recorriam muitas outras mulheres sofridas e amarguradas, que experimentavam o opróbrio e a humilhação doméstica, e às quais confortavam com o seu próprio exemplo e fé.




Jesus as necessitava, nelas depositando esperanças em favor de um mundo novo onde não mais existissem as discriminações, nem os preconceitos de qualquer natureza.


Jesus e as mulheres!


... E as crianças, e os homens de todos os tempos!

Por isso, Sua mensagem nunca mais desaparecerá da humanidade e jamais se apagará da 

memória dos tempos, até o momento do grande encontro com Ele, além das formas e da 

transitoriedade do mundo material.
_____________
(*) 8 - 2 e 3

Nota da Autora Espiritual”




Kardec, no Livro dos Espíritos, no capítulo IX, ao codificar os ensinamentos dos Espíritos, o Consolador prometido pelo Mestre Jesus, dedicou atenção especial à essa importante questão, quando tratou da “Igualdade Dos Direitos Do Homem e Da Mulher, vejamos:

No capítulo IV, que trata da pluralidade das existências, ou seja, sobre a reencarnação, no tópico SEXOS NOS ESPÍRITOS.

200. “Os Espíritos têm sexos? “ 
 
R. “Não como o entendeis, pois os sexos dependem da organização.
Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na semelhança dos
sentimentos.”

201. “O Espírito que animou o corpo de um homem pode, numa nova
existência, animar o de uma mulher e reciprocamente ?”
R. “ Sim, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres.”

202. “Quando se é um Espírito errante, prefere-se encarnar no corpo
de um homem ou de uma mulher?”
R. “Isso pouco importa ao Espírito; dá-se em função das provas por que
haja de passar.”

Nota de Kardec.: Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres,
porque não têm sexo; como devem progredir em tudo, cada sexo, assim
como cada posição social, oferece-lhes provações e deveres especiais e
a oportunidade de adquirir experiência. Aquele que fosse sempre homem,
apenas saberia o que sabem os homens.


E, a partir da questão 817.

817. O Homem e a mulher são iguais diante de Deus e possuem os mesmos direitos ?

R. “Deus não concedeu a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de 

progredir ?”

“818. De onde provém a inferioridade moral da mulher em alguns países ?”

R. “ É do domínio injusto e cruel que o homem adotou para com ela. É resultado das 

instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre os homens pouco 

adiantados, do ponto de vista moral, a força faz o direito.”


“819.Com que objetivo a mulher é fisicamente mais fraca do que o homem ?”

“R. Para lhe indicar funções especiais. O homem, sendo o mais forte, a ele cabem os 

trabalhos rudes; à mulher cabem os trabalhos leves e a ambos o dever de se ajudarem 

mutuamente a passar pelas provas de uma vida cheia de amargor.”



“820. A fraqueza física da mulher não a coloca, naturalmente, sob a dependência
         do homem ?”

“R. “Deus deu a uns a força, para proteger o fraco e, não, para escravizá- lo.” 
 
nota de kardec: “Deus apropriou a organização de cada ser às funções que deve 

desempenhar. Se deu à mulher menor força física, deu-lhe, ao mesmo tempo, maior 

sensibilidade, em relação à delicadeza das funções maternais e à fraqueza dos seres 

confiados aos seus cuidados.”



“821. As funções que a mulher está destinada pela Natureza têm uma importância tão 

grande quanto as que são atribuídas ao homem ? “

“R. Sim, e maior ainda; é ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.” 
 

“822. Sendo os homens iguais diante da lei de Deus, devem sê-lo também diante a da lei dos homens ?”

“R. é este o primeiro princípio de justiça: Não façais aos outros o que não quereríeis que vos fizessem.”


a) Assim sendo, uma legislação, para ser perfeitamente justa,
deve consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher ? 
 

R. Dos direitos, sim; das funções, não; é preciso que cada um  ocupe um lugar específico; que o homem se ocupe com o exterior e a mulher com o interior, cada um de acordo com
sua aptidão. A lei humana, para ser equitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher; qualquer privilégio concedido a um ou a outro é contrário à justiça. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização; sua servidão marcha com a barbárie. Os sexos,
aliás, só existem na organização física; já que os Espíritos podem tomar um ou outro, não há, sob esse aspecto, diferença entre eles e, por conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos.”


Kardec volta ao tema na Revista Espírita de janeiro de 1866 : 
 
As almas ou Espíritos não têm sexo. As afeições que os unem nada têm  de carnal e, por isso mesmo, são mais duráveis, porque fundadas numa simpatia real e não são subordinadas às vicissitudes da matéria. Os sexos só existem no organismo. São necessários à reprodução dos seres materiais. Mas os Espíritos, sendo criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, razão por que os sexos seriam inúteis no mundo espiritual.

Conforme o texto da questão 200, acima reproduzido, o codificador 
admite que há entre eles o amor e simpatia, porém baseados na afinidade de sentimentos.




No Brasil, foi Getúlio Vargas, ao assinar o Decreto 21.076, em 24 de fevereiro de 1932, que concedeu o voto às mulheres. Em seu artigo 2º determinava:
“É eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na forma deste Código”

Muito embora a redação do texto do artigo 121: “Os homens maiores de sessenta anos e as mulheres de qualquer idade podem isentar-se de qualquer obrigação
ou serviço de natureza eleitoral” as mulheres, que já perseguiam o direito de escolher seus governantes foram aderindo e exercendo a tão importante concessão, até que a obrigatoriedade do voto foi recepcionada pela Constituição Federal de 1946. Foram vozes importantes das mulheres, Nísia Floresta, do Rio Grande do Norte, Alzira Soriano, Bertha Lutz, dentre outras .
Entretanto, foi na Nova Zelândia, com Kate Sheppard, como lider do movimento pelo voto feminino que as mulheres do planeta obtiveram, por primeiro e em 1893, o direito ao voto na escolha dos governantes. 
 
É irreversível.


Amém.