sábado, 6 de abril de 2024

Estudos Philosóficos - Bezerra de Menezes

 

Bezerra de Menezes escreveu artigos sobre a Doutrina Espírita

 e assinava  como "MAX". 


A Casa de Recuperação e Benefícios  Bezerra de Menezes 

(www.crbbm.org.), aqui no  Rio de Janeiro, na rua Bambina, nº 128

fez um  trabalho de recuperação  das publicações e disponibilizou 

em sua Biblioteca Virtual.

Abaixo, deixo os links para download.


Edição da Casa de Recuperação e Benefícios Bezerra de Menezes
Volume 1
Volume 2
Volume 3
Volume 4
Volume 5

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

PODERES OCULTOS -

 Do livro  Caminho, Verdade e Vida, 

de autoria do Espírito Emmanuel e psicografia de  Chico Xavier.




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PODERES OCULTOS

“E onde quer que ele entrava, fosse nas cidades, nas aldeias ou nos campos, depunham os enfermos nas praças e lhe rogavam que os deixasse tocar ao menos na orla de seu vestido; e todos os que nele tocavam, saravam.” — (MARCOS, capítulo 6, versículo 56.)




Não raro, surgem nas fileiras espiritualistas estudiosos afoitos a

procurarem, de qualquer modo, a aquisição de poderes ocultos que lhes confira posição de evidência. Comumente, em tais circunstâncias, enchem-se das afirmativas de grande alcance.

O anseio de melhorar-se, o desejo de equilíbrio, a intenção de manter a paz, constituem belos propósitos; no entanto, é recomendável que o aprendiz não se entregue a preocupações de notoriedade, devendo palmilhar o terreno dessas cogitações com a cautela possível.

Ainda aqui, o Mestre Divino oferece a melhor exemplificação.

Ninguém reuniu sobre a Terra tão elevadas expressões de recursos
desconhecidos quanto Jesus. Aos doentes, bastava tocar-lhe as vestiduras para que se curassem de enfermidades dolorosas; suas mãos devolviam o movimento aos paralíticos, a visão aos cegos. Entretanto, no dia do Calvário, vemos o Mestre ferido e ultrajado, sem recorrer aos poderes que lhe constituíam apanágio divino, em benefício da própria situação. Havendo cumprido a lei sublime do amor, no serviço do Pai, entregou-se à sua vontade, em se tratando dos interesses de si mesmo. A lição do Senhor é bastante
significativa.

É compreensível que o discípulo estude e se enriqueça de energias
espirituais, recordando-se, porém, de que, antes do nosso, permanece o bem dos outros e que esse bem, distribuído no caminho da vida, é a voz que falará por nós a Deus e aos homens, hoje ou amanhã.

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

O QUE É DEUS - PERGUNTAS 1 A 9 DO LIVRO DOS ESPÍRITOS

 LIVRO DOS ESPÍRITOS –

PERGUNTAS 1 A 9 

Então, irmãos, o estudo desta noite é sobre o Livro dos Espíritos. 

Vamos conversar sobre as questões 1 a 9. 

É importante lembrar que a Doutrina é DOS ESPÍRITOS.

Kardec preparou-se no plano extrafísico para esta importantíssima missão de 

compilar os ensinamentos que seriam trazidos pelos Espíritos que por sua vez 

também estavam prontos para iniciar o que seria A TERCEIRA REVELAÇÃO à 

humanidade a estagiar neste planeta.

Logo na questão primeira, Kardec perguntou aos Espíritos da Codificação sobre 

Deus, mas ele não perguntou quem é e sim “QUE É DEUS” ?

“ Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”

Kardec informa que o texto colocado entre aspas, em seguida às perguntas, é a resposta 

exata que os Espíritos deram à pergunta.

Ao perguntar O que é Deus, Kardec excluiu a idéia de uma entidade espiritual 

antropomorfa, (adjetivo Semelhante ao homem; antropomórfico; com aspecto idêntico ao ser humano, ao da espécie humana ) com caraterísticas humanas, mas indicando uma energia de 

interação universal, onde tudo se cria, tudo se mantém e tudo se transforma; 

Deus não age diretamente nos seres, mas através dos seres, imprimindo na 

consciência do homem os seus deveres em relação à vida cósmica.

O que entendemos pela palavra Deus ? 

Dizemos que tudo deriva Dele, centro do Sistema, causa primeira de tudo, situado

no vértice da pirâmide da hierarquia dos seres. 

Podemos afirmar com certeza que Deus não pode ser definido,e também não

pode ser individuado, porque definir significa limitar, delinear, em relação a

certos pontos de referência. 

O que é infinito não pode estar limitado e não existem pontos de referência

para o absoluto que abarca tudo. 

As definições, tentadas a respeito de Deus, foram obtidas elevando à potência

infinita as mínimas quantidades de perfeição reconquistadas pelo homem com a

evolução, ou percebidas, intuitivamente, como futura realização a ser

conquistada. Poderemos, assim, atribuir a Deus algumas qualidades.

À medida que julgamos conhecer o seu modo de agir, sendo lógico e evidente

possuir Deus os atributos que cada um de nós, por instinto e portanto

axiomaticamente, gosta de ver num chefe ou patrão. 

Axioma - substantivo masculino. FILOSOFIA

premissa considerada necessariamente evidente e verdadeira, fundamento de uma demonstração, porém ela 

mesma indemonstrável, originada, segundo a tradição racionalista, de princípios inatos da consciência ou, 

segundo os empiristas, de generalizações da observação empírica 

1. [O princípio aristotélico da contradição ("nada pode ser e não ser simultaneamente") 

foi considerado desde a  Antiguidade um axioma fundamental da filosofia.].

A nossa mente, para satisfazer-se, exige, pois, que Deus seja perfeito, quer

dizer, possua em grau de perfeição as melhores qualidades conhecidas pelo

homem na escala de seus valores.

E assim, o homem procura fazer de Deus um conceito, multiplicando ao infinito

tudo o que de melhor possui e pode fazer, de seu ponto de vista situado no

relativo. 

E neste caso o instinto não vai de encontro à lógica.

Sem saber como isso ocorra, o homem sente instintivamente estar Deus no cimo

de todas as coisas, e é a meta final para a qual tudo caminha. Assim,

multiplicando ao infinito os pequenos graus de perfeição conquistados com a

evolução, o homem procura imaginar o que possa ser a perfeição completa do Ser

Supremo.

Então, tal como exige a nossa mente, Deus deve possuir todas as qualidades no

grau da mais absoluta perfeição, e ser absolutamente perfeito em tudo,

onipotente, onisciente, absolutamente livre, bom, justo, lógico, uno.

Da natureza divina - Texto de “A Gênese – capítulo II

8. - Não é dado ao homem sondar a natureza íntima de Deus.

Para compreendê-Lo, ainda nos falta o sentido próprio, que só se adquire 

por meio da completa depuração do Espírito. Mas, se não pode penetrar na 

essência de Deus, o homem, desde que aceite como premissa a sua 

existência, pode, pelo raciocínio, chegar a conhecer-lhe os atributos 

necessários, porquanto, vendo o que ele absolutamente não pode ser, sem 

deixar de ser Deus, deduz daí o que ele deve ser. 

Sem o conhecimento dos atributos de Deus, seria impossível compreenderse a obra da criação. 

Esse o ponto de partida de todas as crenças religiosas e é por não se terem 

reportado a isso, como ao farol capaz de as orientar, que a maioria das 

religiões errou em seus dogmas. 

As crenças que não atribuíram a Deus a onipotência imaginaram muitos 

deuses; e as que não lhe atribuíram soberana bondade fizeram dele um 

Deus cioso, colérico, parcial e vingativo. 

9. -Deus é a suprema e soberana inteligência.

A inteligência do homem, não pode fazer, nem compreender tudo o que 

existe. A de Deus abrangendo o infinito, tem que ser infinita. Se a 

supuséssemos limitada num ponto qualquer, poderíamos conceber outro 

ser mais inteligente, capaz de compreender e fazer o que o primeiro não 

faria e assim por diante, até ao infinito. 

10. -Deus é eterno, isto é, não teve começo e não terá fim.

Se tivesse tido princípio, houvera saído do nada. Ora, não sendo o nada 

coisa alguma, coisa nenhuma pode produzir, Ou teria sido criado por outro 

ser anterior e, nesse caso, este ser é que seria Deus. Se lhe supuséssemos 

um começo ou fim, poderíamos conceber uma entidade existente antes dele 

e capaz de lhe sobreviver, e assim por diante, ao infinito. 

11. -Deus é imutável.

Se estivesse sujeito a mudanças, nenhuma estabilidade teriam as leis que 

regem o Universo. 

12. -Deus é imaterial, Há no Universo, Deus, Espírito e Matéria.

isto é, a sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. De outro 

modo, não seria imutável, pois estaria sujeito ás transformações da 

matéria. 

Deus carece de forma apreciável pelos nossos sentidos, sem o que seria 

matéria. Dizemos: a mão de Deus, o olho de Deus, a boca de Deus, porque 
o homem, nada mais conhecendo além de si mesmo, toma a si próprio por 
termo de comparação para tudo o que não compreende.
Não são aceitáveis essas imagens em que Deus é representado pela figura 
de um ancião de longas barbas e envolto num manto. Têm o inconveniente 
de rebaixar o Ente supremo até às mesquinhas proporções da Humanidade. 
Daí a lhe emprestarem as paixões humanas e a fazerem-no um Deus 
colérico e cioso não vai mais que um passo. 

13. -Deus é onipotente.
Se não possuísse o poder supremo, sempre se poderia conceber uma 
entidade mais poderosa e assim por diante, até chegar-se ao ser cuja 
potencialidade nenhum outro ultrapassasse. Esse então é que seria Deus. 

14. -Deus é soberanamente justo e bom.
A providencial sabedoria das leis divinas se revela em tudo não permitindo 
essa sabedoria que se duvide da sua justiça, nem da sua bondade. 
Um ser infinitamente bom não poderia conter a mais insignificante parcela de 
malignidade, e o ser infinitamente mau conter a mais insignificante parcela de 
bondade, do mesmo modo que um objeto não pode ser de um negro absoluto, 
com a mais ligeira nuança de branco, nem de um branco absoluto com a mais 
pequenina mancha preta. 
Deus, não poderia ser simultaneamente bom e mau, porque então, não possuindo 
qualquer dessas duas qualidades no grau supremo, não seria 
Deus; todas as coisas estariam sujeitas ao seu capricho e para nenhuma 
haveria estabilidade. Não poderia ele, por conseguinte, deixar de ser ou 
infinitamente bom ou infinitamente mau. 
Ora, como suas obras dão testemunho da sua sabedoria, da sua bondade e da sua 
solicitude, concluir-se-á que, não podendo ser ao mesmo tempo bom e mau sem 
deixar de ser Deus, ele necessariamente tem de ser infinitamente bom. 
A soberana bondade implica a soberana justiça, porquanto, se ele 
procedesse injustamente ou com parcialidade numa só circunstância que fosse, 
ou com relação a uma só de suas criaturas, já não seria soberanamente justo e, 
em consequência, já não seria soberanamente bom. 

15. -Deus é infinitamente perfeito.É impossível conceber-se Deus sem o infinito das perfeições, sem o que não seria Deus, pois sempre se poderia conceber um ser que possuísse o que lhe faltasse. Para que não seja ultrapassado é necessário que ele seja 
infinito em tudo. 
Sendo infinitos, os atributos de Deus não são suscetíveis nem de aumento, nem de 
diminuição, visto que do contrário não seriam infinitos e Deus não seria perfeito. Se lhe tirassem a qualquer dos atributos a mais mínima parcela, já não haveria Deus, pois que poderia existir um ser mais perfeito. 
16. -Deus é único. A unicidade de Deus é consequência do fato de serem infinitas 
as suas perfeições. Não poderia existir outro Deus, salvo sob a condição de ser 
igualmente infinito em todas as coisas, visto que, se houvesse entre eles a mais 
ligeira diferença, um seria inferior ao outro, subordinado ao poder desse outro e, 
então, não seria Deus.
Se houvesse entre ambos igualdade absoluta, isso eqüivaleria a existir, de toda 
eternidade, um mesmo pensamento, uma mesma vontade, um mesmo poder. 
Confundidos assim, quanto à identidade, não haveria, em realidade, mais que um 
único Deus. Se cada um tivesse atribuições especiais, um não faria o que o outro 
fizesse; mas, então, não existiria igualdade perfeita entre eles, pois que nenhum 
possuiria a autoridade soberana. 
DO CAPÍTULO II DE “A GÊNESE”
DEUS 
Existência de Deus. - Da natureza divina - A Providência. -A visão de Deus. 
Existência de Deus - RESPONDE PERGUNTA 4

1. - Sendo Deus a causa primária de todas as coisas, a origem de tudo o 
que existe, a base sobre que repousa o edifício da criação, é também o ponto 
que importa consideremos antes de tudo. 

2. -Constitui princípio elementar que pelos seus efeitos é que se julga de 
uma causa, mesmo quando ela se conserve oculta. 
Se, um pássaro voando é atingido por mortífero grão de chumbo, deduz-se que 
hábil atirador o alvejou, ainda que este último não seja visto. 
Em tudo, observando os efeitos é que se chega ao conhecimento das causas. 

3. - Outro princípio igualmente elementar e que, de tão verdadeiro, 
passou a axioma é o de que todo efeito inteligente tem que decorrer de uma 
causa inteligente. 

Se perguntassemos qual o construtor de certo mecanismo engenhoso, seria 
aceitável pensar que respondessem que ele se fez a si mesmo? 
Quando se contempla uma obra-prima da arte ou produto industrial, diz-se que 
deve ter sido concebido e produzido por um homem de gênio, porque só uma alta 
inteligência poderia concebê-la e fabricado mas reconhece-se que ela é obra de 
um homem, por se verificar que não está acima da capacidade humana e de 
conformidade com o grau de adiantamento da ciência; mas, ninguém vai admitir a 
idéia de dizer que saiu do cérebro de um idiota ou de um ignorante, e nem, que é 
trabalho de um animal, ou produto do acaso. 
Respondendo pergunta 8:

4. -Em toda parte se reconhece a presença do homem pelas suas obras.
A existência dos homens ante diluvianos se prova por meio dos fósseis humanos: 
provou-a também, a descoberta nos de objetos trabalhados pelos homens. Um 
fragmento de vaso, uma pedra talhada, uma arma, um tijolo bastarão para lhe 
atestar a existência e o grau de adiantamento e pela perfeição do trabalho, 
reconhecer-se-á o grau de inteligência ou de adiantamento dos que o executaram. 

5. - Lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da Natureza, notando a 
providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas obras, constatamos 
que elas ultrapassam os limites da inteligência humana.
 A menos que se sustente que existem efeitos sem causa, e sabendo que o homem 
não tem preparo para produzi-las podemos concluir que elas são produto de uma 
inteligência superior à Humanidade. 

6. - A isto opõem alguns o seguinte raciocínio:
As obras ditas da Natureza são produzidas por forças materiais que atuam 
mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão;
as moléculas dos corpos inertes se agregam e desagregam sob o império dessas 
leis. As plantas nascem, brotam, crescem e se multiplicam sempre da mesma 
maneira, cada uma na sua espécie, por efeito daquelas mesmas leis; cada indivíduo
se assemelha ao de quem ele provejo; o crescimento, a floração, a frutificação, a 
coloração se acham subordinados a causas materiais, tais como o calor, a 
eletricidade, a luz, a umidade, etc. 
O mesmo se dá com os animais. Os astros se formam pela atração molecular e se 
movem perpetuamente em suas órbitas por efeito da gravitação. Essa regularidade
mecânica no emprego das forças naturais não acusa a ação de qualquer inteligência livre.

As forças orgânicas da Natureza são puramente automáticas. 
 Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras. 

7. - A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela 
revelação, como pela evidência material dos fatos. 
Os povos selvagens nenhuma revelação tiveram; entretanto, crêem 
instintivamente na existência de um poder sobre-humano.
 Eles vêem coisas que estão acima das possibilidades do homem e deduzem que 
essas coisas provêm de um ente superior à Humanidade.
Não demonstram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais 
coisas se fizeram a si mesmas? 
17. -A ignorância do princípio de que são infinitas as perfeições de Deus 
foi que gerou o politeísmo, culto adotado por todos os povos primitivos, que 
davam o atributo de divindade a todo poder que lhes parecia acima dos poderes 
inerentes à Humanidade. 
Mais tarde, a razão os levou a reunir essas diversas potências numa só. 
À proporção que os homens foram compreendendo a essência dos atributos 
divinos, retiraram dos símbolos, que haviam criado, a crença que implicava a 
negação desses atributos. 


RESUMINDO, Deus não pode ser Deus, senão sob a condição de que nenhum 
outro o ultrapasse, porquanto o ser que o excedesse no que quer que fosse, ainda 
que apenas na grossura de um cabelo, é que seria o verdadeiro Deus.
Para que tal não se dê, indispensável se torna que ele seja infinito em tudo.
É assim que, comprovada pelas suas obras a existência de Deus, por 
simples dedução lógica se chega a determinar os atributos que o caracterizam. 


CONCLUSÃO
19. - Deus é, pois, a inteligência suprema e soberana, é único, eterno, 
imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom, infinito em todas as 
perfeições, e não pode ser diverso disso. Tal o eixo sobre que repousa o edifício 
universal. Esse o farol cujos raios se estendem por sobre o Universo inteiro, única 
luz capaz de guiar o homem na pesquisa da verdade. Orientando-se por essa luz, 
ele nunca se transviará. Se, portanto, o homem há errado tantas vezes, é 
unicamente por não ter seguido o roteiro que lhe estava indicado. 
Tal também o critério infalível de todas as doutrinas filosóficas e religiosas. 
Para apreciá-las, dispõe o homem de uma medida rigorosamente exata nos 
atributos de Deus e pode afirmar a si mesmo que toda teoria, todo princípio, todo 
dogma, toda crença, toda prática que estiver em contradição com um só que seja 
desses atributos, que tenda não tanto a anulá-lo, mas simplesmente a diminuí-lo, 
não pode estar com a verdade. 
Em filosofia, em psicologia, em moral, em religião, só há de verdadeiro o 
que não se afaste, nem um til, das qualidades essenciais da Divindade.
 A religião perfeita será aquela de cujos artigos de fé nenhum esteja em oposição 
àquelas qualidades; aquela cujos dogmas todos suportem a prova dessa 
verificação sem nada sofrerem. 
DEUS ESTÁ EM TODA PARTE.
A Providência 

20. - A providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas.
Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. 
É nisto que consiste a ação providencial. 
«Como pode Deus, tão grande, tão poderoso, tão superior a tudo, imiscuir-se em 
pormenores ínfimos, preocupar-se com os menores atos e os menores 
pensamentos de cada indivíduo?» 
Esta a interrogação que a si mesmo dirige o incrédulo, concluindo por dizer que, 
admitida a existência de Deus, só se pode admitir, quanto à sua ação, que ela se 
exerça sobre as leis gerais do Universo; que este funcione de toda a eternidade em
virtude dessas leis, às quais toda criatura se acha submetida na esfera de suas 
atividades, sem que haja mister a intervenção incessante da Providência. 

21. - No estado de inferioridade em que ainda se encontram, só muito 
dificilmente podem os homens compreender que Deus seja infinito.
Vendo-se limitados e circunscritos, eles o imaginam também circunscrito e 
limitado. 
Imaginando-o circunscrito, figuram-no quais eles são, à imagem e semelhança deles. 

Os quadros em que o vemos com traços humanos não contribuem pouco 
para entreter esse erro no espírito das massas, que nele adoram mais a forma 
que o pensamento. 
Para a maioria, é ele um soberano poderoso, sentado num trono inacessível e 
perdido na imensidade dos céus. 
Tendo restritas suas faculdades e percepções, não compreendem que Deus possa 
e se digne de intervir diretamente nas pequeninas coisas. 
EXPLICAÇÃO IMPORTANTE DO FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL

22. - Impotente para compreender a essência mesma da Divindade, o 
homem não pode fazer dela mais do que uma idéia aproximada, mediante 
comparações necessariamente muito imperfeitas, mas que, ao menos, servem 
para lhe mostrar a possibilidade daquilo que, à primeira vista, lhe parece 
impossível. 
Suponhamos um fluido bastante sutil para penetrar todos os corpos. 
Sendo ininteligente, esse fluido atua mecanicamente, por meio tão-só das forças 
materiais. 
Se, porém, o supusermos dotado de inteligência, de faculdades perceptivas e 
sensitivas, ele já não atuará às cegas, mas com discernimento, com vontade e 
liberdade: verá, ouvirá e sentirá. 

23. -As propriedades do fluido perispirítico dão-nos disso uma idéia.
Ele não é de si mesmo inteligente, pois que é matéria, mas serve de veículo ao 
pensamento, às sensações e percepções do Espírito. 
Esse fluido não é o pensamento do Espírito; é, porém, o agente e o intermediário 
desse pensamento.
Sendo quem o transmite, fica, de certo modo, impregnado do pensamento 
transmitido. Na impossibilidade em que nos achamos de o isolar, a nós nos parece 
que ele, o pensamento, faz corro com o fluido, que com este se confunde, como 
sucede com o som e o ar, de maneira que podemos, a bem dizer, materializá-lo. 
Assim como dizemos que o ar se torna sonoro, poderíamos, tomando o efeito Pela 
causa, dizer que o fluido se torna inteligente.

24. - Seja ou não assim no que concerne ao pensamento de Deus, isto é, 
quer o pensamento de Deus atue diretamente, quer por intermédio de um fluido, 
para facilitarmos a compreensão à nossa inteligência, E SEM QUERER MATERIALIZAR A DIVINDADE, figuremo-lo sob a forma concreta de um fluido 
inteligente que enche o universo infinito e penetra todas as partes da criação: a 
Natureza inteira mergulhada no fluido divino.
Ora, em virtude do princípio de que as partes de um todo são da mesma natureza 
e têm as mesmas propriedades que ele, cada átomo desse fluido, se assim nos 
podemos exprimir, possuindo o pensamento, isto é, os atributos essenciais da 
Divindade e estando o mesmo fluido em toda parte, tudo está submetido à sua 
ação inteligente, à sua previdência, à sua solicitude.
 Não há nenhum ser, por mais ínfimo que o suponhamos, que não esteja saturado 
desse fluido. 
Achamo-nos assim, constantemente, em presença da Divindade; nenhuma das 
nossas ações lhe podemos subtrair ao olhar; o nosso pensamento está em 
contacto ininterrupto com o seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se 
que Deus vê os mais profundos refolhos do nosso coração.
Estamos nele, como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo. João14, 7-14
[Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: «Se me conhecestes, conhecereis também o meu Pai. Desde já o conheceis e o tendes visto».
Filipe disse: «Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta». Jesus respondeu: 
«Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 
Não acreditas que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?
As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. »Crede-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. 
Crede, ao menos, por causa destas obras. «Em verdade, em verdade, vos digo: quem 
crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu 
vou para o Pai. E o que pedirdes em meu nome, eu o farei, a fim de que o Pai seja
glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o farei».]
Para estender a sua solicitude a todas as criaturas, Deus não precisa lançar o olhar do Alto da imensidade. As nossas preces, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando de contínuo ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele. Os nossos pensamentos são como os sons de um sino, que fazem vibrar todas as moléculas do ar ambiente. 


26. - kardec cita o exemplo que um Espírito deu numa instrução e que nos 
permite fazer idéia do modo por que talvez se exerça a ação de Deus sobre as 
partes mais intimas de todos os seres e, conseguintemente, do modo por que lhe 
chegam as mais sutis impressões de nossa alma.


27. - «O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e 
como dirigido o corpo. Nesse universo, o corpo representará uma criação cujo 
Deus seria o Espírito. (exemplo apenas questão de analogia e não de identidade.) 
Os membros desse corpo, os diferentes órgãos que o compõem, os músculos, os 
nervos, as articulações são outras tantas individualidades materiais, se assim se 
pode dizer, localizadas em pontos especiais do referido corpo. Se bem seja 
considerável o número de suas partes constitutivas, de natureza tão variada e 
diferente, a ninguém é licito supor que se possam produzir movimentos, ou uma 
impressão em qualquer lugar, sem que o Espírito tenha consciência do que ocorra. 
Há sensações diversas em muitos lugares simultaneamente?
 


O Espírito as sente todas, distingue, analisa, assina a cada uma a causa 
determinante e o ponto em que se produziu, tudo por meio do fluido perispirítico. 
«Análogo fenômeno ocorre entre Deus e a criação. Deus está em toda parte, na Natureza, como o Espírito 
está em toda parte, no corpo. Todos os elementos da criação se acham em relação constante com ele, como 
todas as células do corpo humano se acham em contacto imediato com o ser espiritual. Não há, pois, razão para que fenômenos da mesma ordem não se produzam de maneira idêntica, num e noutro caso. 
«Um membro se agita: o Espírito o sente; uma criatura pensa: Deus o sabe. Todos os membros estão em movimento, os diferentes órgãos estão a vibrar; o Espírito ressente todas as manifestações, as distingue e 
localiza. As diferentes criações, as diferentes criaturas se agitam, pensam, agem diversamente: Deus sabe o que se passa e assina a cada um o que lhe diz respeito. 
«Daí se pode igualmente deduzir a solidariedade da matéria e da inteligência, a solidariedade entre si de todos 
os seres de um mundo, a de todos os mundos e, por fim, de todas as criações com o Criador.» (Quinemant, Sociedade de Paris, 1867.)

28. - Compreendemos o efeito: Do efeito remontamos à causa e julgamos da sua 
grandeza pela do efeito. Escapa-nos, porém, a sua essência íntima, como a da 
causa de uma imensidade de fenômenos. Será então racional neguemos o 
princípio divino, por que não o compreendemos? 

30. - Diante desses problemas insondáveis, cumpre que a nossa razão se 
humilhe. Deus existe: disso não poderemos duvidar. É infinitamente justo e 
bom: essa a sua essência. A tudo se estende a sua solicitude: compreendemo-lo. 
Só o nosso bem, portanto, pode ele querer, donde se segue que devemos 
confiar nele: é o essencial. Quanto ao mais, esperemos que nos tenhamos 
tornado dignos de o compreender. 


A visão de Deus 

31. - Se Deus está em toda parte, por que não o vemos? Vê-lo-emos quando deixarmos a Terra? Tais as perguntas que se formulam todos os dias. 
À primeira é fácil responder. Por serem limitadas as percepções dos 
nossos órgãos visuais, elas os tornam inaptos à visão de certas coisas, mesmo 
materiais. Alguns fluidos nos fogem totalmente à visão e aos instrumentos de 
análise; entretanto, não duvidamos da existência deles. Vemos os efeitos da 
peste, mas não vemos o fluido que a transporta (1); vemos os corpos em 
movimento sob a influência da força de gravitação, mas não vemos essa força. 
sabemos que a visão de Deus constitui privilégio das mais purificadas almas e 
que bem poucas, ao deixarem o envoltório terrestre, se encontram no grau de 
desmaterialização necessária a tal efeito. Uma comparação vulgar o tornará 
facilmente compreensível. 
32. - Os nossos órgãos materiais não podem perceber as coisas de 
essência espiritual. Unicamente com a visão espiritual é que podemos ver os 
Espíritos e as coisas do mundo imaterial. Somente a nossa alma, portanto, pode 
ter a percepção de Deus. Dar-se-á que ela o veja logo após a morte? A esse 
respeito, só as comunicações de além-túmulo nos podem instruir. Por elas 
sabemos que a visão de Deus constitui privilégio das mais purificadas almas e
que bem poucas, ao deixarem o envoltório terrestre, se encontram no grau de
desmaterialização necessária a tal efeito. Uma comparação vulgar o tornará
facilmente compreensível.

(1) Nota da Editora: Kardec escreveu de acordo com os conhecimentos da época, antes de 1894. 
34. -Sendo Deus a essência divina por excelência, unicamente os 
Espíritos que atingiram o mais alto grau de desmaterialização o podem 
perceber. Pelo fato de não o verem, não se segue que os Espíritos imperfeitos 
estejam mais distantes dele do que os outros; esses Espíritos, como os demais, 
como todos os seres da Natureza, se encontram mergulhados no fluido divino, 
do mesmo modo que nós o estamos na luz.
 O que há é que as imperfeições daqueles Espíritos são vapores que os impedem 
de vê-lo. Quando o nevoeiro se dissipar, vê-lo-ão resplandecer. Para isso, não lhes 
é preciso subir, nem procurá-lo nas profundezas do infinito. Desimpedida a visão 
espiritual das belidas que a obscureciam, eles o verão de todo lugar onde se 
achem, mesmo da Terra, porquanto Deus esta em toda parte. 
35. - O Espírito só se depura com o tempo, e a cada encarnação deixa de cada vez 
algumas impurezas. Abandonando seu invólucro corpóreo, os Espíritos não se 
despojam instantaneamente de suas imperfeições, razão por que, depois da 
morte, não vêem a Deus; mas, à medida que se depuram, têm dele uma intuição 
mais clara. Não o vêem, mas compreendem-no melhor; a luz é menos difusa. 
Quando, pois, alguns Espíritos dizem que Deus lhes proíbe respondam a uma dada 
pergunta não é que Deus lhes apareça, ou dirija a palavra, para lhes ordenar ou 
proibir isto ou aquilo, não; eles, porém, o sentem; recebem os eflúvios do seu 
pensamento, como nos sucede com relação aos Espíritos que nos envolvem em 
seus fluidos, embora não os vejamos. 
36. -Nenhum homem, conseguintemente, pode ver a Deus com os olhos 
da carne. Se essa graça fosse concedida a alguns, só o seria no estado de 
êxtase, quando a alma se acha tão desprendida dos laços da matéria que torna 
possível o fato durante a encarnação. Tal privilégio, aliás, exclusivamente 
pertenceria a almas de eleição, encarnadas em missão, que não em expiação. 
Mas, como os Espíritos da mais elevada categoria refulgem de ofuscante brilho, 
pode dar-se que Espíritos menos elevados, encarnados ou desencarnados, 
maravilhados com o esplendor de que aqueles se mostram cercados, suponham 
estar vendo o próprio Deus. É como quem vê um ministro e o toma pelo seu 
soberano. 
37. - Sob que aparência se apresenta Deus aos que se tornaram dignos de vê-lo?
Será sob uma forma qualquer? Sob uma figura humana, ou como um 
foco de resplendente luz? A linguagem humana é impotente para dizê-lo, porque 
não existe para nós nenhum ponto de comparação capaz de nos facultar uma 
idéia de tal coisa. Somos quais cegos de nascença a quem procurassem inutilmente fazer compreendessem o brilho do Sol. A nossa linguagem é limitada 
pelas nossas necessidades e pelo círculo das nossas idéias; 
 ==========================================
Mas na questão 244 do L.E encontramos esclarecedora resposta:
244. Os Espíritos veem a Deus? (Parte Segunda – Capítulo VI )
“Só os Espíritos superiores o veem e compreendem. Os inferiores o sentem e 
adivinham.” 
244 b) Deus transmite diretamente a ordem ao Espírito intermédio dos Espíritos imediata-
 mente superiores em perfeição e instrução. Para se comunicar com Deus, e-lhe necessário ser digno disso.
Para um esclarecimento adicional, RECORDEMOS TRECHO DA RESPOSTA DA 
QUESTÃO 113 DO L.E: 
ESPÍRITOS DA PRIMEIRA CLASSE , também designados, às vezes, pelos 
nomes de ANJOS, ARCANJOS OU SERAFINS: 
 
- Os Espíritos que a compõem a primeira classe já percorreram todos os 
graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria…. 
- ELES SÃO OS MENSAGEIROS E MINISTROS DE DEUS, cujas ordens 
executam para manutenção da harmonia universal. 
- Realizam a vida eterna no seio de Deus. 
- Comandam todos os Espíritos que lhe são inferiores, auxiliam-nos na obra
de seu aperfeiçoamento e lhes designam as suas missões.
244 a) Quando um Espírito inferior diz que Deus lhe proíbe ou permite uma coisa, “Ele não
 vê a Deus, mas sente a sua soberania e, quando não deva ser feita alguma coisa ou dita uma palavra, percebe, como por intuição, a proibição de fazê-la ou dizê-la. Não tendes vós mesmos 
pressentimentos, que se vos afiguram avisos secretos, para fazerdes,ou não, isto ou aquilo? 
O mesmo nos acontece, se bem que em grau mais alto, pois compreendes que, sendo 
mais sutil do que as vossas a essência dos Espíritos, podem estes receber melhor as 
advertências divinas.”
À medida que vamos nos aprofundando nos estudos da doutrina espírita e 
das informações que nos são trazidas do plano extrafísico, cada fez mais vamos
percebendo da nossa condição de carentes de evolução moral e científica bem 
como da nossa superlativa ignorância acerca do conhecimento do princípio das 
coisas. 
Na pergunta 17 ( do L.E.) perguntados se “É dado ao homem conhecer o 
princípio das coisas” fomos informados que “Não, Deus não permite que ao 
homem tudo seja revelado neste mundo.” 
Sim, é necessário progresso individual e coletivo. A justiça divina e a Lei do 
Magnetismo exigem e para isto A Casa do Pai tem muitas moradas e cada qual 
recebe os Espíritos que estão prontos para nelas habitar. 
“O VÉU SE LEVANTA A SEUS OLHOS À MEDIDA QUE ELE SE DEPURA, MAS PARA 
COMPREENDER CERTAS COISAS, SÃO-LHES PRECISAS FACULDADES QUE AINDA 
NÃO POSSUI.” - (Pergunta 18 do L. E)
PESQUISA 
PERGUNTA 14 – TODA RESUMIR E INCLUIR
14. Deus é um ser distinto, ou será, como opinam alguns, a resultante de todas 
as forças e de todas as inteligências do Universo reunidas?
R. Se assim fôsse, Deus não existiria, porquanto seria efeito e não causa. Deus 
existe; disso não podeis duvidar e é o essencial. Crêde-me, não vades além, não 
vos percais num labirinto donde não lograreis sair.
Comentário : As forças que regem a natureza estão sob comando de Deus, logo 
não poderiam representá-lo, nem ser a resultante dessa união. O orgulho e a 
vaidade humana é que provocam essas distorções de entendimento; à medida 
que alcançamos a iluminação tudo fica mais claro, e conseguimos ver Deus, à nosa
maneira, de conformidade com nosso nível de evolução, que é sempre relativo.
Ver Deus – A Gênese – capitulo 1 – item 10
PERGUNTA 16 - LER A NOTA E ACRESCER NA RESPOSTA DA PERGUNTA 1.
PERGUNTA 17 - RESUMIR E ADICIONAR NO INÍCIO DO TRABALHO.
PERGUNTA 536 – Deus não exerce ação direta sobre a matéria. Ele encontra 
 agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos.
PERGUNTA 537 - Espíritos eram considerados divinidades. - ver onde cabe.
Em uma análise ligeira, podemos considerar que os muitos deuses que foram 
adorados ao longo dos séculos de civilização, estão todos superados.
Emmanuel, na psicografia de Chico Xavier, em “A Caminho da Luz”, fornece a 
versão da gênese planetária, da organização da vida e da evolução da idéia de 
Deus no pensamento do homem, quando afirma que as raças adâmicas, 
formadas pelos Espíritos exilados de um planeta integrante do sistema de 
Capela, na Constelação de Cocheiro embasaram os pródromos das civilizações 
egípcia e hindu, da família indo-européia e do povo de Israel.
Significado de Pródromos
Pródromos é o plural de pródromo. O mesmo que: prelúdios, preâmbulos, prefácios, proêmios, prólogos. Sinal
anunciador, primeiros indícios de algo; prenúncio: os pródromos de uma espécie.
Nos dicionários que pesquisamos na internet, a definição de infinito
E aí, chegamos até um termo que está sendo comum de ser encontrado em nosso
dia-a-dia porque quando perguntados sobre a religião que praticam, alguns 
respondem: SOU AGNÓSTICO. 

O termo tem a ver com nosso estudo. Consultando dicionários online, 
encontramos na wikipedia:
“Uso
Muitas pessoas usam, erroneamente, a palavra agnosticismo com o sentido de um meio-termo entre teísmo e 
ateísmo, ou ainda, que se trata de uma pessoa sem posicionamento sobre crenças.
Teísmo e ateísmo separam aqueles que acreditam em divindades daqueles que não acreditam em divindades. O 
agnosticismo separa aqueles que acreditam que a razão humana não pode compreender a existência de 
divindades ou o mundo sobrenatural ou espiritual. 
Alguém que admita ser impossível de compreender ou saber sobre a existência ou inexistência de
 divindades é, portanto agnóstico. 
Ela pode ser ateísta ou teísta ou só agnóstico.
A COLOCAÇÃO É PERTINENTE, pois ao homem, o sentimento instintivo da 
existência de um poder superior à sua própria capacidade vem acompanhando o 
hominal desde a infância da humanidade, ELE confunde os fenômenos e as obras 
da Criação com o próprio Criador, dando início a uma busca de informações sobre
a divindade, busca esta que irá ocupá-lo ao longo de todo o processo evolutivo. 
Recordemos: 
o temor ao trovão, a adoração de ídolos de pedra (litolatria), de vegetais 
(fitolatria), de animais (zoolatria), do antropomorfismo até à modernidade, com a 
proliferação de religiões, seitas e crenças. Deus e Deusas para todo tipo de gosto 
e idade. 
ENCAIXAR AQUI O ENTENDIMENTO DAS QUESTÕES A PARTIR DE 536 ATÉ 540, 
QUE DEMONSTRAM O TRABALHO DOS ESPÍRITOS – TÓPICO AÇÃO DOS 
ESPÍRITOS NOS FENÔMENOS DA NATUREZA.
Em uma análise ligeira, podemos considerar que os muitos deuses que foram 
adorados ao longo dos séculos de civilização, estão todos superados.
Emmanuel, na psicografia de Chico Xavier, em “A Caminho da Luz”, fornece a 
versão da gênese planetária, da organização da vida e da evolução da idéia de 
Deus no pensamento do homem, quando afirma que as raças adâmicas, 
formadas pelos Espíritos exilados de um planeta integrante do sistema de 
Capela, na Constelação de Cocheiro embasaram os pródromos das civilizações 
egípcia e hindu, da família indo-européia e do povo de Israel.
Significado de Pródromos
Pródromos é o plural de pródromo. O mesmo que: prelúdios, preâmbulos, prefácios, proêmios, prólogos. Sinal anunciador, primeiros indícios de algo; prenúncio: os pródromos de uma espécie.

DO LIVRO EVOLUÇÃO EM 2 MUNDOS
capítulo 1
Fluído cósmico
PLASMA DIVINO — O fluído cósmico ê o plasma divino, hausto do Criador ou 
força nervosa do Todo-Sábio.
Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos
e seres, como peixes no oceano.
CO-CRIAÇÃO EM PLANO MAIOR — Nessa substância original, ao influxo do 
próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em 
processo de comunhão indescruível, os grandes Devas da teologia hindu ou os 
Arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse 
hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da 
Imensidade, em serviço de Co-criação em plano maior, de conformidade com 
os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da 
Criação Excelsa.
Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em 
habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras,
gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias
que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se
transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode formar ou co-criar,
mas só Deus ê o Criador de Toda a Eternidade.
IMPÉRIOS ESTELARES — Devido à atuação desses Arquitetos Maiores,
surgem nas galáxias as organizações estelares como vastos continentes do
Universo em evolução e as nebulosas intragaláticas como imensos domínios
do Universo, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao
redor de pontos atrativos, com admirável uniformidade coordenadora.
É aí, no seio dessas formações assombrosas, que se estruturam, interrelacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes,
oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito.
Cada galáxia quanto cada constelação guardam no cerne a força centrífuga 
própria, controlando a força gravítica, com determinado teor energético, 
apropriado a certos fins.
A Engenharia Celeste equilibra rotação e massa, harmonizando energia e
movimento, e mantêm-se, desse modo, na vastidão sideral, magnificentes
florestas de estrelas, cada qual transportando consigo os planetas 
constituídos e em formação, que se lhes vinculam magneticamente ao fulcro 
central, como os eletrões se conjugam ao núcleo atômico, em trajetos 
perfeitamente ordenados na órbita que se lhes assinala de início.
NOSSA GALÁXIA — Para idearmos, de algum modo, a grandeza inconcebível 
da Criação, comparemos a nossa galáxia a grande cidade, perdida entre 
incontáveis grandes cidades de um país cuja extensão não conseguimos 
prever.
Tomando o Sol e os mundos nossos vizinhos como apartamentos de nosso 
edifício, reconheceremos que em derredor repontam outros edifícios em
todas as direções.
Assestando instrumentos de longo alcance da nossa sala de estudo,
perceberemos que nossa casa não é a mais humilde, mas que inúmeras outras
lhe superam as expressões de magnitude e beleza.
Aprendemos que, além de nossa edificação, salientam-se palácios e
arranha-céus como Betelgeuze, no distrito de Órion, Canópus, na região do
Navio, Arctúrus, no conjunto do Boieiro, Antares, no centro do Escorpião, e
outras muitas residências senhoriais, imponentes e belas, exibindo uma glória
perante a qual todos os nossos valores se apagariam.
Por processos ópticos, verificamos que a nossa cidade apresenta uma
forma espiralada e que a onda de rádio, avançando com a velocidade da luz,
gasta mil séculos terrenos para percorrer-lhe o diâmetro. Nela supreenderemos milhões de lares, nas mais diversas dimensões e feitios, instituídos de 
há muito, recém-organizados, envelhecidos ou em vias de instalação, nos 
quais a vida e a experiência enxameiam vitoriosas.
FORÇAS ATÔMICAS — Toda essa riqueza de plasmagem, nas linhas da
Criação, ergue-se à base de corpúsculos sob irradiações da mente,
corpúsculos e irradiações que, no estado atual dos nossos conhecimentos,
embora estejamos fora do plano físico, não podemos definir em sua
multiplicidade e configuração, porqüanto a morte apenas dilata as nossas
concepções e nos aclara a introspecção, iluminando-nos o senso moral, sem
resolver, de maneira absoluta, os problemas que o Universo nos propõe a cada
passo, com os seus espetáculos de grandeza.
Sob a orientação das Inteligências Superiores, congregam-se os átomos
em colmeias imensas, e, sob a pressão, espiritualmente dirigida, de ondas
eletromagnéticas, são controladamente reduzidas as áreas espaciais 
intraatômicas, sem perda de movimento, para que se transformem na massa
nuclear adensada, de que se esculpem os planetas, em cujo seio as mônadas
celestes encontrarão adequado berço ao desenvolvimento.
Semelhantes mundos servem à finalidade a que se destinam, por longas
eras consagradas à evolução do Espírito, até que, pela sobrepressão
sistemática, sofram o colapso atômico pelo qual se transmutam em astros
cadaverizados. Essas esferas mortas, contudo, volvem a novas diretrizes dos
Agentes Divinos, que dispõem sobre a desintegração dos materiais de
superfície, dando ensejo a que os elementos comprimidos se libertem através
de explosão ordenada, surgindo novo acervo corpuscular para a reconstrução
das moradias celestes, nas quais a obra de Deus se estende e perpetua, em
sua glória criativa.
LUZ E CALOR — Os mundos ou campos de desenvolvimento da alma,
com as suas diversas faixas de matéria em variada expressão vibratória, ao
influxo ainda dos Tutores Espirituais, são acalentados por irradiações
luminosas e caloríficas, sem nos referirmos às forças de outra espécie que são
arrojadas do Espaço Cósmico sobre a Terra e o homem, garantindo-lhes a
estabilidade e a existência.
Temos, assim, a luz e o calor, que teoricamente classificamos entre as
irradiações nascidas dos átomos supridos de energia. São estes que, excitados
na Íntima estrutura, despedem as ondas eletromagnéticas.
Todavia, não obstante tatearmos com relativa segurança as realidades da
matéria, definindo a natureza corpuscular do calor e da luz, e embora 
saibamos que outras oscilações eletromagnéticas se associam, insuspeitadas 
por nós, na vastidão universal, aquém do infravermelho e além do ultravioleta, 
completamente fora da zona de nossas percepções, confessamos com 
humildade que não sabemos ainda, principalmente no que se refere à 
elaboração da luz, qual seja a força que provoca a agitação inteligente dos 
átomos, compelindo-os a produzir irradiações capazes de lançar ondas no 
Universo com a velocidade de 300.000 quilômetros por segundo, preferindo 
reconhecer, em toda a parte, com a obrigação de estudarmos e progredirmos 
sempre, o hálito divino do Criador.
CO-CRIAÇÃO EM PLANO MENOR — Em análogo alicerce, as Inteligências 
humanas que ombreiam conosco utilizam o mesmo fluído cósmico, em 
permanente circulação no Universo, para a Co-criação em plano menor, 
assimilando os corpúsculos da matéria com a energia espiritual que 
lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que se
exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a humanidade
Encarnada e a Humanidade Desencarnada. Dentro das mesmas bases,
plasmam também os lugares entenebrecidos pela purgação infernal, gerados
pelas mentes desequilibradas ou criminosas nos círculos inferiores e abismais,
e que valem por aglutinações de duração breve, no microcosmo em que
estagiam, sob o mesmo princípio de comando mental com que as Inteligências
Maiores modelam as edificações macrocósmicas, que desafiam a passagem
dos milênios.
Cabe-nos assinalar, desse modo, que, na essência, toda a matéria é
energia tornada visível e que toda a energia, originariamente, é força divina de
que nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da
Criação, cujas leis nos conservam e prestigiam o bem praticado, 
constrangendo-nos a transformar o mal de nossa autoria no bem que devemos
realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno Princípio.
Compete-nos, pois, anotar que o fluído cósmico ou plasma divino é a força
em que todos vivemos, nos ângulos variados da Natureza, motivo pelo qual já
se afirmou, e com toda a razão, que “em Deus nos movemos e existimos”. 
(2)
Uberaba, 15/1/58.
(2) Paulo de Tarso, em Atos, capítulo 17º, versículo 28. — (Nota do Autor
espiritual)
















 O QUE É DEUS ? - LIVRO DOS ESPÍRITOS PERGUNTAS 1 A 9 - FRANCISQUINHO PÁGINA 1