segunda-feira, 31 de outubro de 2022

A TRANSITORIEDADE DO MAL E DA DOR

 

CAPÍTULO VIII DO LIVRO   "A LEI DE DEUS"


VIII


A TRANSITORIEDADE DO MAL E DA DOR


Os loucos métodos do mundo e o verda­deiro caminho.



Já aprendemos que a finalidade da posse 

das coisas não é a de gozá-las, mas a 

de aprender a ar­te de possuí-las 

conforme a Lei, fazendo delas, não uma 

prisão que nos retém em baixo, mas um 

meio de experiência para evoluir.


Agora podemos compreender quão louca é 

método que o mundo usa. Ele corre

cegamente atrás das coisas para

apoderar-se delas, movido pelo seu

instinto de ambição, que julga levá-lo à

felicidade. Mas, não sabe que tudo está

regido por leis, que pa­ra conquistar e

manter a posse de riquezas e pode­

res,existem regras, e que, quem não as 

segue, não pode alcançar esses 

resultados. Não basta a cobiça de 

querer possuir tudo. Este é um impulso 

cego que nos faz cometer erros, é uma 

estratégia enganadora que nos leva para 

o ponto oposto ao que desejamos. Como 

se pode chegar à abundância usando o 

método da destruição? Na sua 

insaciabilidade de pos­suir sempre mais, 

o homem furta, agride o próximo, e, no 

caso maior das nações, faz as guerras. 

Quer sempre 

iludir-se, supondo que assim vai sair 

vencedor. Mas, depois, seja ele 

formalmente vencedor ou vencido, sai da 

luta com os ossos quebrados, empobreci-

do, esgotado. Não foi isso o que 

aconteceu na última guerra mundial? A 

lógica deste método é a mesma de quem, 

para construir um prédio, em lugar dos 

alicerces para sustentá-lo, no terreno 

que serve de base, colocasse bombas, 

deixando-as estourar. Que se pode 

construir com este sistema? De fato,es-­

tamos vendo o que o mundo com ele 

consegue rea­lizar. Para edificar é 

necessário construir e não des­truir. A 

destruição é o único resultado do 

desenca­deamento da cobiça cega e 

descontrolada.


O erro fundamental está no fato de se 

conceber a vida egoisticamente e não 

coletiva ou fraternalmen­te. É próprio 

dessa psicologia atrasada, natural dos 

planos inferiores de vida, o erro que 

leva o indivíduo a centralizar tudo em 

si mesmo, apegado ao próprio eu, para o 

qual desejaria que todo o universo

con­vergisse. Este é o princípio de 

todos os imperialis­mos, baseados na 

força. Mas esse procedimento er­rado não 

pode impedir que a vida seja um fenôme­no 

coletivo, em que todos os elementos se 

misturam numa mesma base comum, dentro 

das mesmas re­gras fundamentais. Nesse 

ambiente, quem julga seja vantajoso 

fazer somente seus negócios, sem inquie­

tar-se pelo dano alheio, fica 

automaticamente isola­do, e não pode 

viver senão cercado de armas para o 

ataque e a defesa. E, seguindo todos 

esse método, a Terra se transforma num 

campo de guerra, para to­dos, no qual o 

único trabalho que se faz é o de des­truir tudo. Isso, realmente, é o que está acontecendo em nosso mundo. E o que fazem as nações em gran­de escala, os indivíduos o fazem em pequena. Todos se estão agredindo e defendendo, cada um julgando alcançar sua vantagem. O resultado é um atrito, uma luta, uma destruição geral. Cada um semeia bombas no campo do vizinho. Mas, também, ao seu próprio campo chegam os estilhaços quando elas estouram. Na vida não se pode isolar o dano de ninguém. O da­no dos outros acaba, mais cedo ou mais tarde, sendo nosso também. Quem desconhece esse fato, depois terá de aceitar suas conseqüências.


Aqui poderia surgir uma pergunta: como pode a sabedoria da Lei permitir que aconteça tudo isso?


A sabedoria do mestre não quer dizer a sabedo­ria do aluno, que tem de conquistá-la com o seu es­forço. O homem tem ainda de aprender muitas coi­sas. O trabalho que lhe cabe fazer na sua atual fase de evolução e nível de vida, é exatamente o de expe­rimentar sofrimentos e dificuldades, até que aprenda a viver em harmonia com o bem. Ninguém é culpado por estar atrasado no caminho da evolução, mas cada um sofre o dano de não ser obediente à Lei. Só tem direito a desfrutar vantagens quem subiu a pla­nos de existência superiores.


Fato positivo de absoluta vontade da Lei é a evolu­ção do ser. O desenvolvimento da inteligência para orientar-se no caminho da vida é um dos trabalhos mais importantes para atingir esse escopo Ora, no baixo nível em que se encontra o homem, para de­senvolver a inteligência, são necessários os choques e os sofrimentos enfrentados por ele na Terra, como conseqüência da sua ignorância. É necessária a destruição, a dor, a guerra, a insegurança de tudo. É ne­cessária essa luta que, com prejuízo da própria vida, tem de ser vencida, custe o que custar. Golpes mais leves não seriam percebidos. E a Lei proporciona as suas provas na medida da sensibilidade dos indiví­duos e dá a suas aulas de acordo com a inteligência dos alunos. Pela mesma razão, os selvagens vivem num ambiente selvagem e as feras num mundo feito de ferocidade. Mas, todos estão cumprindo o mesmo trabalho de desenvolver a sua inteligência, cada um no seu nível, na forma adaptada ao conhe­cimento que já possui. É assim que, através das mais duras experiências, o ser vai ascendendo e, à medi­da que sobe, estas tomam-se mais leves. Isso porque, aumentando a sensibilidade e a inteligência, as experiências mais dolorosas não teriam sentido na lógica da Lei, pois seriam contraproducentes, esmagan­do em vez de educar. E, já dissemos, a Lei é sempre boa e construtiva.


Assim, o homem, experimentando os dolorosos efeitos dos seus erros, vai aprendendo a não os cometer mais, e vai desse modo construindo a sua sa­bedoria. E quando a tiver já construída, não cometerá mais erros. A planta má do sofrimento não po­derá mais nascer, porque não foi semeada. Tudo está claro e é lógico, ao mesmo tempo que é bom e justo. No quadro do universo tudo está certo, quan­do colocamos cada coisa no seu devido lugar. Mas, o que se encontra, sobretudo, em nosso mundo é ce­go desabafo de instintos, em vez de sábia orientação. Acima de tudo, porém, permanece a sabedoria da Lei, por intermédio da qual recebemos o que mere­cemos; não importando se cada um procura culpar o outro. O importante mesmo é que há um caminho de libertação da dor: o da evolução. E quando chegar a dor, se soubermos usá-la, atingiremos a libertação da própria dor.

A verdade de tudo isso está provada pelos fatos que vemos. Hoje, o homem, pelas grandes descober­tas que alcançou, encontra-se neste cruzamento: ou se decide a desenvolver a inteligência e a bondade, indispensáveis para delas fazer bom uso, ou destrui­rá tudo. Isto significa que, quando se atinge novo po­der e a posse de maiores recursos, a inteligência necessária para usá-los tem de crescer paralelamente, se não quisermos cair num desastre, cuja finalidade e precisamente a de tirar poderes das mãos daqueles que os não merecem. Esta é a prova que a humani­dade está hoje esperando. Se ela não souber vencê­-la, como se espera, perderá tudo. Um bom pai tira tudo das mãos do seu menino, se este começa a usar armas perigosas em seu prejuízo. Mas, pelo con­trário, este pai dá tudo ao seu filho, quando vê que ele se tornou capaz de fazer bom uso das infinitas coi­sas e poderes de que o universo está cheio. A conseqüência disso tudo é que nos planos inferiores, onde domina o estado de involuído com a ignorância cor­relativa, tudo fica mergulhado na luta, na violência, na destruição, na carência extrema, enquanto que nos planos superiores, onde domina o estado de evoluído com a correlativa sabedoria, tudo emerge e eleva-se na paz, no amor, na construção, na abundância. Re­petimos estes conceitos para que seja bem compreen­dido que a causa primeira dos nossos males advém do estado de involução em que nos encontramos; que para nos libertarmos deles só há um remédio: evoluir. Para isso é necessário nosso esforço, a fim de que as vantagens sejam merecidas, pois nada cai de graça do céu; e todas as dores permanecem, enquanto o ho­mem não tiver aprendido a não mais as provocar com o seu comportamento negativo.


Esta conversa parece dura, mas é justa e verda­deira. Encontrar justiça e verdade, ao invés de en­ganos, é vantagem. Não há dúvida também que na­da se perde de tudo o que tivermos feito com boa von­tade para subir. Como cada sofrimento encontra as suas causas em nossas obras erradas, do mesmo mo­do todo trabalho que quisermos realizar no sentido do bem não pode deixar de produzir, para nossa sa­tisfação, seus bons frutos. A Lei é justa e imparcial. É lógico: pela mesma razão que quem semeia o mal tem de colher o mal, quem semeia o bem tem de colher o bem. Está garantido, de maneira absoluta, que tudo isso se realiza. Tudo fica, através de uma téc­nica sutil de vibrações, gravado nas correntes dinâ­micas que fazem parte da Lei, que, como já dissemos, é também vontade e ação. E tudo poderá ser sempre corrigido por novos impulsos, mas nunca poderá ser anulado. Ali está escrita a nossa história de milênios, tendo cada um o seu registro que não se mistura com os dos outros. Ali tudo pode ser lido e a toda hora se podem fazer as contas de débito e de crédito, que marcam a nossa posição com relação à Lei, conforme nosso merecimento, seja no sentido do bem, como no do mal. Tudo na Lei é profundamente honesto, sem possibilidade de escapatórias ou burla. Também o mínimo esforço que quisermos realizar, receberá a sua proporcionada recompensa.


É assim que, lentamente, vamos reconstruir a nossa individualidade com as suas qualidades boas ou más, que representam o total de todas as opera­ções que se realizaram, sintetizadas neste seu último resultado, que é o que constitui a nossa personalida­de, com a sua história passada, seus instintos atuais e seu destino futuro. Assim, a Lei funciona com ab­soluta honestidade e respeito pela liberdade do ser, qual máquina perfeita.

Observando-nos a nós mesmos, podemos ler a história do nosso passado. Quem tiver olhos abertos para ler dentro de si, porque se acostumou ao autocontrole e à introspecção, pode, olhando para o fru­to, reconstruir a estrutura da árvore e das raízes. Isto quer dizer que, olhando para os seus instintos e qualidades atuais, pode reconstruir as séries de pensamentos e atos que, longamente repetidos, se toma­ram hábitos para constituir o que hoje é a sua per­sonalidade. Existe, pois, um meio pelo qual é possível, de maneira lógica e positiva, reconstruir nossa história passada. E se em nossa vida atual chega o sofrimento, isto, na lógica da Lei, tem de possuir um significado e um objetivo. O significado é que esta dor tem como origem as más qualidades por nós ad­quiridas, e o seu objetivo é dado pela sua própria função: corrigir os nossos defeitos.


É através desse caminho que se vai aperfeiçoando a mecânica da reconstrução do nosso eu. O caminho é duro, mas todo esforço é bem pago. O pa­trão que tudo dirige é honesto. Ele exige, conforme sua justiça. A Lei é dura, mas nela não há lugar pa­ra enganos. Assim, se é triste olhar para nosso feio passado e observar nosso presente infeliz, podemos com alegria olhar também para nosso futuro. Já sa­bemos, e sem sombra de dúvida, que a evolução nos leva das trevas para a luz. Então, se no passado hou­ve trevas, no futuro haverá luz. A evolução é uma corrente que nos impulsiona para essa luz. Basta só paciência para esperar que venham tempos melho­res, bem como boa vontade e obediência à Lei para que eles amadureçam, em benefício nosso.


Assim, quando tivermos aprendido a lição do desapego, quanta riqueza poderá chegar! Aprendida a lição da renúncia, quanta abundância! Aprendida a lição da humildade1 quanto poder! Quando tivermos adquirido a virtude da paciência no sofrimento, quan­ta felicidade! Quando tivermos adquirido a virtude da bondade, quanto amor poderemos receber! E, fi­nalmente, depois de ter conseguido tanto, quanto re­pouso! Não estamos fantasiando coisas absurdas. Te­mos visto como tudo isso está escrito na lógica da Lei de Deus. Este é também o significado do Sermão da Montanha. Estas são as verdades que Cristo nos en­sinou.


"Bem-aventurados os humildes de espírito, por­que deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados... Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, por­que serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Bem-aven­turados os limpos de coração... Bem-aventurados os pacificadores... Bem-aventurados os que têm sido perseguidos pela justiça... Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus...


Os comentadores deste discurso nunca, por acaso, se perguntaram qual podia ser a razão profunda do emborcamento de todos os valores humanos? E já se dispuseram alguma vez a meditar no porquê disso? O motivo de tudo não se pode descobrir senão em fun­ção da Lei que rege o funcionamento do universo. É necessário ter primeiramente entendido o significado do fenômeno da evolução, as causas que o geraram e o seu telefinalismo ou objetivo final a atingir, isto e, o seu ponto de partida e de chegada. Então se po­de compreender, como aqui estamos explicando, que o mal e a dor, na perfeição da obra de Deus, são defei­tos que não podem ser admitidos senão como imper­feição relativa e transitória, como qualidades passa­geiras próprias da criatura, ao longo do caminho de sua evolução. Isso quer dizer que o mal e a dor exis­tem só para ser corrigidos, transformados em bem e felicidade. Eis que, à tristeza de verificar tantas coi­sas horríveis no presente, sucede a alegria de saber que, se quisermos, podemos realizar no futuro muitas coisas maravilhosas. Eis ainda que, ao pessimismo de quem fica vendo só o caso particular do momen­to, sucede o otimismo de quem alcança e abrange, numa visão de conjunto, o processo todo da evolução da vida até sua última etapa. Seria um absurdo blasfemo admitir que fosse permitido ao mal e à dor man­char, de forma definitiva, a obra de Deus, vencendo Sua infinita sabedoria e bondade.


quarta-feira, 3 de agosto de 2022

PERGUNTA 1009 DO LIVRO DOS ESPÍRITOS HÁ PENAS ETERNAS ?

REUNIÃO PÚBLICA DE 28 DE JULHO

CEFP - (RIACHUELO)

youtube: https://youtu.be/skaJ2JRzcdY

LIVRO DOS ESPÍRITOS PARTE QUARTA

CAPÍTULO II        - DAS PENAS E GOZOS FUTUROS

- DURAÇÃO DAS PENAS FUTURAS

Pergunta 1009. Assim, as penas impostas jamais o são por toda a eternidade?

“Interrogai o vosso bom senso, a vossa razão e perguntai-lhes se uma condenação perpétua, motivada por alguns momentos de erro, não seria a negação da bondade de Deus.

Que é, com efeito, a duração da vida, ainda quando de cem anos, em face da eternidade?

Eternidade! Compreendeis bem esta palavra?

Sofrimentos, torturas sem-fim, sem esperanças, por causa de algumas faltas! O vosso juízo não repele semelhante ideia?

974. Donde procede a doutrina do fogo eterno?

“Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade.”


a) Mas o temor desse fogo não produzirá bom resultado?


“vede se serve de freio, mesmo entre os que o ensinam. Se ensinardes coisas que mais tarde a razão venha a repelir, causareis uma impressão que não será duradoura, nem salutar.”

Impotente para, na sua linguagem, definir a natureza daqueles sofrimentos,o homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta.

Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos...

Emmanuel, na mensagem 108 do livro Caminho, Verdade e Vida, comentando sobre a Reencarnação e sobre o ensinamento em Mateus capítulo 18, versículo 8 :

Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida, coxo ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.” — Jesus. (MATEUS, capítulo 18, versículo 8.)

ensina que: ...”Quanto à imagem do “fogo eterno”, inserta nas letras evangélicas, é recurso muito adequado à lição, porque, enquanto não se dispuser a criatura a viver com o Cristo, será impelida a fazê-lo, através de mil meios diferentes; se a rebeldia perdurar por infinidade de séculos, os processos purificadores permanecerão igualmente como o fogo material, que existirá na Terra enquanto seu concurso perdurar no tempo, como utilidade indispensável à vida física.”



Assim, para uma melhor compreensão do estudo da questão 1009, sobre AS PENAS E GOZOS FUTUROS, é recomendado que nos recordemos dos ensinamentos de algumas das questões anteriormente estudadas e que analisemos algumas das afirmativas/premissas tais como:


1 – Que o hominal, em nosso estágio, é um ser imperfeito;


2 - Pluralidade das existências; “Meu Reino não é deste mundo”

João – XVIII vv 33, 36 e 37 – Resposta a Pilatos.

ESE Cap.II – item 8 – Uma Rainha de França, Havre, 1863

...Para se preparar um lugar neste reino, é preciso a abnegação,

a humildade, a caridade em toda a sua prática celeste, a benevolência para com todos; não se vos pergunta o que fostes, que posição ocupastes, mas o bem que haveis feito, as lágrimas que enxugaste...”


3 - Que a individualidade é responsável para preparação de

suas futuras encarnações;


4 - Que há uma lei que obriga a todos; 614, 615, 621.


5 - Que o cumprimento da lei é impositivo a todos, sem exceção;

6 - Todos podem conhecer as Leis de Deus, mas nem todos a compreendem. Os homens de bem e os que se decidem a investigá-la são os que melhor a compreendem, mas todos a compreenderão um dia (619).


7 – O sábio estuda as leis da matéria; o homem de bem estuda e pratica as da alma mas apenas uma existência não lhe basta para conhecê-las. Leis Morais (617-A)

8 - a perfeição moral é a chave que permite o acesso ao Reino de Deus, que está no interior de cada individualidade – Santo Agostinho:

"Et multum laboravi quarens Te extrame, et Tu habitas in me”. (E muito me fatiguei, procurando-Te fora de mim, quando te encontras em mim.)

9 - As Leis Divinas ETERNAS E IMUTÁVEIS (614 e 615) estão gravadas na Consciência, ou seja, na intimidade do Espírito (621).

10 - As Leis Divinas são apropriadas à natureza de cada mundo e adequadas ao grau de progresso dos seres que os habitam (618)


A vida real está na alma/Espírito. É importante que cada um de nós perceba que o corpo físico é apenas um instrumento de trabalho evolutivo., oportunidade que nos é concedida por Deus, não para desfrutar dos prezes sensoriais que a matéria ilusória proporciona.


À medida que o homem compreende melhor a vida futura, o medo da morte diminui, e ele vai compreendendo melhor a sua missão na Terra, ele espera seu fim com mais calma, com resignação e sem medo.

Entre os povos primitivos, o futuro era uma vaga intuição, mais tarde uma simples esperança, depois uma certeza, mas ainda contra-balançada por um secreto apego à vida corporal.


O encarnado que já conseguiu uma visão melhor do sistema evolutivo do homem estagiando aqui no planeta, trabalha tendo em vista seu futuro, porém não deve negligenciar o presente pois ele sabe que seu futuro, nesta e nas vidas futuras, depende da direção que dê na atual encarnação.

A certeza de reencontrar, após a morte, aqueles que lhe são caros, de evoluir em inteligência e perfeição lhe traz paciência e principalmente coragem para suportar as provas da vida material.


As ideias preconcebidas (atavismo), a ignorância da maioria das pessoas sobre o que vem após a morte . Para se livrar dos temores da morte é preciso encará-la sob o seu verdadeiro ponto de vista, de penetrar, pelo pensamento, no mundo espiritual e dele fazer uma ideia tão exata quanto possível. Isto mostra no Espírito encarnado, um certo desenvolvimento e uma certa aptidão para desligar-se da matéria, porque dentre os que ainda não avançaram suficientemente, a vida material prevalece sobre a vida espiritual - que lhe parece distante-, mas na realidade, é bem próxima porque o homem tem o corpo material e também o corpo perispiritual, que o liga à carne, servindo mesmo como uma âncora.


Quando perguntados se o sofrimento do Espírito pode durar eternamente (1006) São Luis respondeu que

Poderiam, se ele pudesse ser eternamente mau, se jamais se arrependesse e se melhorasse, sofreria eternamente, porém

“Deus cria os Espíritos simples e ignorantes, mas dotados de aptidões para tudo conhecerem e para progredirem, em virtude do seu livre- arbítrio” O Céu e o Inferno – 1ª Parte – capitulo III item 6)

Pelo progresso adquirem novos conhecimentos, novas faculdades, novas percepções e, conseguintemente, novos gozos desconhecidos dos Espíritos inferiores. Eles vêem, ouvem, sentem e compreendem o que os Espíritos atrasados não podem ver, sentir, ouvir ou compreender” (idem mesma fonte)


São Luis, na questão 1007 ensina que “Há os (Espíritos) de arrependimento muito tardio, mas que admitir que nunca se melhorarão é negar a lei do progresso.


E, (Ainda São Luis - 1008) Sim, há penas que podem ser impostas ao Espírito por determinado tempo, mas Deus, que só quer o bem de suas criaturas, acolhe sempre o arrependimento e o desejo do Espírito se melhorar sempre é bem recebido.


CONCLUSÃO



Então, meus irmãos, estamos para concluir, parcialmente, nosso estudo de hoje e como vimos no que foi exposto, a duração das penas depende da conscientização das faltas e do arrependimento sincero, da expiação e da reparação.

Lembremos que no plano extrafísico nada fica oculto, principalmente se vem de entidades ainda no início da evolução moral em relação aos trabalhadores da seara do mestre Jesus, mais adiantados e que são plenamente capazes de perceber as intenções dos desencarnados.

Vimos que a evolução é uma fatalidade – nenhuma de minhas ovelhas se perderá -

Então de que necessita a individualidade para evoluir ?

Os estados de adiantamento são inúmeros e é complexo e é grande o risco de errar ao definir padrões. Olhemos para nosso planeta, aonde estamos!

Apenas considerando o conjunto das almas aí englobando encarnados e desencarnados, podemos afirmar, com certeza, que nosso ambiente evolutivo ainda é infernal, ou seja, aqui prevalece o mal, que é ausência do bem.

Se fosse diferente, não veríamos a desigualdade em todos os sentidos – que nos cerca – a prevalência da matéria em detrimento do espiritual.

Irmãos, ao desencarnar, como todos sabem, a alma se desliga do corpo físico e passa a transitar em um plano mais sutil embora ainda muito denso – é o plano astral. Astral é uma definição que corresponde ao que Heigorina Cunha, (em seu livro Imagens do Além quando foi levada até a Colônia Nosso Lar e memorizou as formas das construções que viu) chamou de umbral grosso, umbral fino. É apenas denominação para orientar-nos sobre separação para os diversos estados vibracionais. ( O Além é um jogo de vibrações)

Então retomando nossa explicação, ao retornar ao plano extrafísico – e aí englobo os diversos planos mais sutís que o material - A ALMA, agora sem o corpo físico, (é tratada por nós como ESPÍRITO) só tem o pensamento e as sensações são intensificadas, se tornam muito mais fortes e tem-se um novo – velho ambiente onde vamos ter que nos reestabilizar, reaprender a acomodar-se de forma que estejamos de acordo com nossa consciência. (Encontrar um chão vibratório)



O que verdadeiramente significa a palavra CONSCIÊNCIA, à qual damos tão pouca importância, ainda, para nós, é um mistério – mas que vamos lidando com ela, tal como com os batimentos do coração quando estamos encarnados… vai funcionando, então tá bom. Só fica ruim quando começa a apresentar problemas.

Pois é, com a CONSCIÊNCIA NÃO É DIFERENTE.

Vou logo exemplificando :

Vamos supor que eu seja um indivíduo mentalmente vicioso, por exemplo um voyeur: enquanto estou encarnado, vou alimentando meu vício mental, escondido de todos. Pronto! Desencarnei e logo verifico que aparentemente fica mais fácil eu acompanhar a vida das pessoas, porque elas não me vêem e assim vou na ilusão que isso será possível de manter e como eu estou conseguindo, para mim melhorou!

ILUSÃO! Enquanto encarnado, minha alma tinha uma âncora, que me prendia ao plano material – o corpo físico ligado pelo cordão prateado, os sentidos muito limitados também.

Uma vez na erraticidade, o magnetismo e a intensidade vibracional são irresistíveis e é provável que eu vá ser atraído para locais que me mostrarão a minha verdadeira situação perante as leis morais, as leis de Deus, que só admitem a necessidade de atingir a perfeição moral.

Puro Espírito! Nem de longe temos idéia do que significa a consciência de um Puro Espírito.

Os Espíritos nos falam. A mensagem chega até nós aqui neste purgatório. Por toda a criação a mensagem das leis de amor é difundida, sendo apropriada a cada mundo.

No livro RUMO ÀS ESTRELAS – psicografia de Divaldo Franco – no capítulo 20, o Espírito Luis Di Cristóforo Postiglioni, nos ensina que:

Ao homem foi facultado quatro estados de consciência, por onde transita a mente, que lhe interessa identificar, para poder transferir-se com equilíbrio a um outro, mantendo seu bem-estar frente a qualquer circunstância.



A CLAREZA MENTAL resulta da educação da vontade, do equilíbrio que se adquire com esforço, alcançando-se uma lucidez lógica que evita a distração das realidades objetivas e subjetivas que constituem a vida, na qual se move e atua.

Digamos que há dois tipos de homens:

- Os que estão imersos nas sensações.

São aqueles que se detém nas manifestações do estômago para baixo, aqueles que se comprazem em comer, dormir, procriar, gozar e que funcionam por meio do aparato fisiológico e seus automatismos. São aqueles que ainda mantém os atavismos (Reaparecimento numa pessoa das características de um antepassado que permaneceram escondidas por muitas gerações.[Figurado]) e não progrediram, vivem de e para o instinto.



- Os que vivem das emoções.

Estes, sem libertar-se das funções orgânicas por meio das quais vivem no corpo, atuam através da razão, buscam as experiências e as realizações dos ideais que lhes propiciam as emoções do belo, do bem, da paz.

Constituem a classe daqueles que vivem especialmente do estômago para cima. Estes dirigem as manifestações do instinto e vivem para o idealismo.

Homens fisiológicos são conduzidos pelas funções físicas.

Homens psicológicos são conduzidos pelas funções mentais.


À medida que a consciência do ser vai despertando, é mais lúcida, este pode avançar para outros dois estados : O paranormal e o místico.


A CONSCIÊNCIA PARANORMAL OU DE TRANSE, propicia o intercâmbio com a realidade parafísica em cujo campo de vibrações se processam os múltiplos fenômenos mediúnicos, que exigem a anulação da personalidade:

O ser consciente não pensa, não atua, mantendo a percepção ampliada, graças à educação mental que lhe abre horizontes não habituais, nos quais se submerge, facilitando a captação das ideias. INTUIÇÃO

=.=.=.=.=.=.=.=.=.=.=.=


Então, irmãos,


Já percebemos que o homem pode se tornar o maior amigo ou inimigo dele próprio.

Convencionou-se estabelecer a dualidade no ser humano, constituído de corpo ou matéria e mente ou espírito.

A mente age sobre o corpo produzindo sensações e sentimentos enquanto que o corpo influencia muito as emoções e o pensamento.


No complexo fisiológico, o ser humano é um feixe de emoções que se torna mais sensível à medida que evolui e vai adquirindo percepções mais profundas, em especial aquelas que estão além dos sentidos físicos, das manifestações sensoriais.

Os prazeres superficiais não são duradouros e logo surgem novos anseios que fazem parte da busca e da necessidade de contínuas experiências materiais.


O homem enquanto encarnado deve buscar o silêncio da mente, fugindo dos pensamentos desenfreados e sem sentido espiritual e até mesmo moral baixos, cedendo espaço a apenas um que aos poucos se fixará nos tecidos do cérebro, ensejando renovação interior, novas motivações buscando valores espirituais que o posicionarão em lugares dantes nunca visitados pela mente.


Quando encarnado, o ESPÍRITO tem dificuldade em manter-se com a mente alerta aos acontecimentos que têm lugar a sua volta. Uma espécie de névoa envolvente aturde-o em decorrência da predominância dos fluidos carnais sobre as energias vivas que dele emanam. Algumas vezes vapores morbosos impedem-lhe a lucidez e o discernimento necessários à vigilância e consciência de si mesmo, e com os resíduos emocionais de experiências infelizes de existências anteriores tem dificuldade de compreender o que lhe sucede.


Afastada da ilusão da matéria, de imediato a individualidade poderá perceber O AMOR como a fonte de bençãos nunca vistas por ele, e sem egoísmo, sem personalismo, sem narcisismo, aprenderá a superar as dificuldades por ela, individualidade, criadas em sua caminhada evolutiva.

Então, uma vez desencarnado, ou, ainda, encarnado mas após despertamento moral, e em virtude de permanecerem arquivadas ora no subconsciente ou no inconsciente profundo, informações ressurgem como verdadeiros fantasmas que aterrorizam a individualidade, podendo levá-la ao desespero. E, quanto mais ele utiliza mecanismos para escapar dessas situações, em vez de solucioná-las, mais protela um final feliz para si.


A única maneira de vencer é através do enfrentamento, da batalha inevitável que ocorrerá no campo mental, interiormente, pois agora ele sabe que lhe interessa é exatamente o oposto, um mundo interno pacificante, tranquilizador.


“ BEM AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO, PORQUE CONTEMPLARÃO A DEUS” -

MATEUS Capítulo 5 – V 8


Aprendemos que de simples e ignorantes, na caminhada evolutiva, vamos nos defrontando com o BEM e com A AUSÊNCIA DO BEM, que é o mal. Temos conhecimento de que nossa caminhada para a Casa do Pai somente será mais fácil se regarmos a SEMENTE DO BEM.


Todos os arquivos do Espírito são decodificados pela mente que os envia ao corpo físico, de forma que o inter-relacionamento se faz constante, vitalizador e permanente” (Pastorino – Impermanência e Imortalidade – capítulo Corpo e Mente).


Então, enquanto encarnados, ou mesmo após a desencarnação, somente aproveitemos e desenvolvamos as sementes que proporcionarem satisfação, plenitude moral, deixando de lado aquelas de sentido perturbador, viciosas, que procederem de atos infelizes do pretérito, a fim de que possamos aprimorar as virtudes que nos posicionarão na rota certeira de retorno à Casa do Pai – tal qual na Parábola do Filho Pródigo – e possamos desenvolver o CRISTO INTERNO,


QUE VENHA O ARREPENDIMENTO E QUE ELE SEJA CONSCIENTE, PERMANENTE E SIRVA DE APRENDIZADO DEFINITIVO E ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL.


O encarnado vem sendo educado para vencer a DOR e evitar a sua presença, utilizando recursos diversos, desde os preventivos até os curadores como nos casos das enfermidades, mas aos poucos vai descobrindo que os MALES RESIDEM NO ESPÍRITO e se propagam para a ALMA, mas o mecanismo utilizado na matéria é protelatório, ao passo que o que interessa ao ESPÍRITO É O REMÉDIO DEFINITIVO, que ELIMINA A CAUSA DA DOR.

De posse desse entendimento, é importante passar a trabalhar e evitar dores em encarnações futuras, passemos a seguir os exemplos que nosso guia e modelo JESUS nos ofereceu porque esta é a ÚNICA forma de (RE) CONSTRUÇÃO SÓLIDA.


Enfrentemos com coragem e determinação as dores da alma, porque elas não são nem do mundo nem do próximo, são exclusivamente nossas!


Procedendo assim, sem imediatismos certamente, ao desencarnar, nesta personalidade ou nas vindouras, teremos nosso inferno consciencial cada vez mais brando, sempre ascendendo a vivências mais felizes.


TRANSFORMEMO-NOS, DEFINITIVAMENTE, NAS OVELHAS DO CRISTO, não sejamos como os judeus que JOÃO, no capítulo 10 versículos 22 a 26 relata.

24 - Circundando-o os judeus lhe diziam: “Até quando manterás nosso espírito em suspenso ?” Se és o Cristo, dize-o claramente! “

25 – Respondeu Jesus: “ Eu vo-lo disse e não me credes. As obras que faço em nome de meu Pai dão testemunho de mim.

26 - Mas vós não credes, porque não sois minhas ovelhas.

27 - Minhas ovelhas conhecem minha voz e eu as conheço e elas me seguem.

28 – Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais perecerão e ninguém as tirará de minha mão.



GRAÇAS A DEUS, A JESUS E A FRANCISCO DE PAULA.

AO MENTOR DO FRANCISQUINHO, NOSSO

 AGRADECIMENTO PELA OPORTUNIDADE.