quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Morte na infância

Trecho copiado de site da internet

MORTE NA INFÂNCIA


Por que tão freqüentemente a vida se interrompe na infância?
A curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que o animava, o complemento de existência precedentemente interrompida antes do momento em que devera terminar, e sua morte, também não raro, constitui provação ou expiação para os pais. (questão 199 de O Livro dos Espíritos)


Precisamos lembrar que uma criança é juvenil no corpo, mas o espírito é velho e trás toda uma herança das encarnações passadas. Há morte prematura que é complemento de uma vida interrompida antes do tempo, ou seja, são, muitas vezes, ex-suicídas (conscientes ou inconscientes), então eles retornam para que restabeleça o equilíbrio. Lembram ainda os Benfeitores que os pais estão igualmente comprometidos com a Lei de Causa e Efeito e, na maioria das vezes, foram cúmplices ou causadores indiretos da falta que gerou o sofrimento de hoje. Para tais espíritos, é programado uma reencarnação emergencial onde o Espírito em situação crítica na Espiritualidade retorna para breve existência, como um enfermo em estado grave que é conduzido ao pronto-socorro. Pois, o suicida provoca tal destrambelho perispiritual e tão grande tormento em sua consciência, que a melhor solução pode ser o retorno à carne, em complemento da existência anterior. A situação em que estará o Espírito na nova existência mostrará a maneira como viveu na pretérita e, particularmente, como morreu. O suicida será duplamente beneficiado:

POR UM LADO, o choque biológico do renascimento implicará no esquecimento do passado, permitindo-lhe reordenar suas experiências, no propósito de superar graves traumas relacionados com seu gesto de fuga.

POR OUTRO, a carne funcionará como escoadouro dos desajustes decorrentes da agressão que cometeu contra si mesmo, marcado em seu perispírito.

Exatamente por isso terá existência breve, porquanto o corpo físico não resistirá por muito tempo às pressões de seu psiquismo conturbado que, inclusive, impor-lhe-á limitações na gênese orgânica.

André Luiz reporta-se a um suicida, que se matou ingerindo veneno, no livro Entre a Terra e o Céu, psicografia de Francisco Cândido Xavier. Em nova existência, saúde frágil, desencarnou aos sete anos.

Um mentor espiritual explicou que aquela breve experiência na carne fora sumamente útil ao Espírito, livrando-o de parte de seus desajustes, e que ele deveria reencarnar em breve, na mesma família, já em melhores condições.

A MORTE DE CRIANÇAS ESTÁ ASSOCIADA, TAMBÉM, A PROBLEMAS CÁRMICOS, ENVOLVENDO O DESENCARNANTE E SEUS GENITORES.

O trauma da separação, particularmente quando ocorre em circunstâncias trágicas, impõe, às personagens desses dramas, angústias semelhantes às que impuseram às suas vítimas, quando comprometidas em comportamento criminoso.


É incontável o número de crianças vitimadas por atos terroristas, guerras negligência, imprudência, omissão. Os responsáveis enlutam lares, semeiam sofrimentos, levam corações ao desespero.

Passam, pois, por experiências semelhantes, na condição de filhos que desencarnam prematuramente ou de pais que os vêem partir, sofrendo os mesmos constrangimentos que provocaram, a fim de aprenderem a respeitar o próximo.

Revoltamo-nos contra aqueles que cometem atrocidades, principalmente quando envolvem crianças. Deveríamos lamentá-los, porquanto semeiam espinhos que forçosamente colherão.
Por isso Jesus, que conhecia melhor do que ninguém os mecanismos da justiça divina, não evocou castigos celestes para aqueles que o crucificavam. Apenas rogou, em oração:
Pai, perdoa-lhes. Não sabem o que fazem.

HÁ DESENCARNAÇÃO PREMATURA QUE CONSAGRAM EXPERIÊNCIAS MISSIONÁRIAS.

O Espírito reencarna com a missão específica de sensibilizar afetos caros ao seu coração, resgatando-os da indiferença e do acomodamento em relação aos objetivos da vida.

Enquanto na convivência amorosa, em seu breve estágio, fazem o encanto dos familiares, tangendo-lhes as fibras mais íntimas da afetividade. São crianças adoráveis - inteligentes, comunicativas, generosas. Coroam sua missão com a própria morte.
Com elas vão as ilusões dos pais. A separação lhes é extremamente dolorosa, como se a existência houvesse perdido o significado.

Buscando caminhos de religiosidade, ávidos de consolo, encontram promissoras oportunidades de edificação espiritual.
O desencarnado, que os acompanha e ampara, alegra-se porque o objetivo foi alcançado.

Richard Simonetti no livro Atravessando a Rua, conta a experiência de um casal que reencarnou com a tarefa de cuidar de crianças, numa instituição assistencial. No entanto, envolvidos pelos interesses imediatistas, ambos andavam distraídos de sua missão. Então, um mentor espiritual que os assistia, preocupado com sua deserção, reencarnou como seu filho. Foi aquela criança maravilhosa, inteligente, sensível, que faz a felicidade dos pais, que passam a gravitar em torno dela.

Consumando a intenção de despertar os pais, ele desencarnou na infância, deixando-os desolados, desiludidos, deprimidos. Encontraram lenitivo a partir do momento em que se entregaram de corpo e alma a crianças num orfanato, exatamente como fora planejado. O mentor viera apenas para ajudá-los a corrigir o desvio de rota.

Muitos espíritos ainda encontram-se em fase primária de desenvolvimento e na hora da grande transição vem ter a sua chance e resgatam aqueles débitos através das enfermidades degenerativas, pelas dificuldades ambientais sócio econômica e em face da injustiça social que vige no mundo.

Esta afirmativa pode ser chocante para quem imagina que tudo acontece por fatalidade divina, ou seja, “porque Deus quer que aconteça.” Se fosse verdade nós estaríamos livres de qualquer responsabilidade envolvendo a vida e a morte.   


O doente morre à míngua de socorro. Vontade de Deus.
Transeuntes morrem num tiroteio. Vontade de Deus.
Dezenas de pessoas morrem num atentado terrorista. Vontade de Deus.

Milhares morrem numa guerra. Vontade se Deus.
E por que não dizer que o indivíduo que tenta o suicídio e a mulher que pretende abortar só conseguem seu objetivo porque é a vontade de Deus?

Mas na verdade, nenhum desses crimes, nenhuma dessas mortes ocorre por iniciativa divina. São contingências geradas pela insensatez humana. Deus não criou seus filhos e esqueceu deles. Tanto que mandou Jesus à Terra para aprendermos a sermos mais sensatos, mais solidários, caridosos, etc. Quem esquece de Deus (de vivenciar suas leis) em muitas ocasiões somos nós.
Deus quer que vivamos na Terra de forma produtiva, fazendo o melhor, aproveitando integralmente o tempo de vida que nos concede e as oportunidades de edificação. Se isso não acontece, não podemos debitar ao Criador o que é de nossa responsabilidade.

Na medida em que um país se desenvolve, aprimorando seus serviços de saúde, reduz-se drasticamente a mortalidade infantil.    


Será que Deus premia os países ricos, preservando suas crianças?
Mais racional e justo é considerar que a vida situa-se como Dom de Deus, mas a qualidade e duração da existência humana subordinam-se ao empenho do homem, criando condições para que as pessoas vivam mais e melhor.                                                                                            


Deus inspira o progresso, as revelações, as descobertas, o bem-estar humano, mas compete ao Homem agir como instrumento da Divindade para que isso tudo ocorra.

Não é da vontade de Deus que morram crianças na favela.
Excetuando-se as que partem atendendo a problemas cármicos, a vasta maioria morre porque Deus não encontra pessoas que se disponham a agir como instrumentos de sua vontade para socorrê-las.

A presença imanente de Deus faz-se sentir em todas as dimensões do Universo e em todas as manifestações de vida.
Tudo revela a existência de um ser soberano, infinitamente justo e misericordioso, que nos deu o Dom de viver, reservando-nos gloriosa destinação.

Mas, se prestarmos atenção, superando milenárias tendências egoísticas que caracterizam a criatura humana em relação às dificuldades do próximo, perceberemos que Deus está presente também nos olhos tristes da criança carente, pedindo-nos que a ajudemos a viver.

POR QUE MULHERES QUE ANSEIAM PELA MATERNIDADE EXPERIMENTAM SUCESSIVAS FRUSTAÇÕES?

Geralmente estamos diante de problemas cármicos, a partir de comprometimentos em existências anteriores. A causa é o aborto induzido. A mulher que se recusa ao compromisso da maternidade, expulsando o filho que estagia em seu corpo, às portas da reencarnação, comete uma auto-agressão. Produz desajustes em seu perispírito, o corpo espiritual, em área correspondente à natureza de seu delito. Em vida futura, mais amadurecida, a ansiar pela maternidade, terá problemas. Grávida, não conseguirá segurar a gestação do filho que anseia, na mesma proporção em que expulsou, outrora, filhos de seu seio. O problema pode estar, também, no reencarnante. Se foi um suicida, traz sérios comprometimentos perispirituais que poderão repercutir no corpo em formação, a promover o aborto. Fracassos sucessivos, tanto da gestante quanto do reencarnante, os ensinarão a valorizar e respeitar a vida.

O QUE ACONTECE COM O ESPÍRITO NA MORTE PREMATURA?

Normalmente, um retorno tranquilo. O que dificulta a readaptação à pátria espiritual é o apego à vida física, os comprometimentos com a ambição, as paixões, os vícios... O Espírito literalmente entranha-se na vida física, o que lhe impõe sérias dificuldades, até mesmo para perceber sua nova condição. Já o jovem nem sempre tem esses comprometimentos. É alguém que desperta para a vida, que ainda não se envolveu. Será logo acolhido e amparado pelos mentores espirituais, por familiares desencarnados.

Precisamos lembrar que o grande problema dos que partem nessa condição é a reação dos que ficam. Desespero, revolta, rebeldia são focos pestilentos de vibrações desajustadas, que atingem em cheio o passageiro da Eternidade, causando- lhe aflições e desajustes, já que nos primeiros tempos de vida espiritual tende a permanecer ligado psiquicamente à família. E o que é pior – na medida em que os familiares insistem nas lembranças, quando a desencarnação ocorreu em circunstâncias trágicas, induzem o Espírito a reviver, em tormento, todas aquelas emoções. Há uma mensagem famosa de uma jovem que desencarnou no incêndio do Edifício Joelma, psicografada por Francisco Cândido Xavier, dirigida à sua mãe. Após dizer-lhe que fora muito bem amparada e que sua morte atendera a compromissos cármicos, pediu à mãe que não ficasse recordando do incêndio nem a contemplasse, na tela de sua mente, morrendo queimada. – Cada vez que a senhora me vê assim, é assim que me sinto.

Já André Luiz informa-nos que todos eles são recolhidos em Instituições apropriadas, não se encontrando Espíritos de crianças nas regiões umbralinas. Há inúmeras descrições espirituais de Escolas, parques, colônias e instituições diversas consagradas ao acolhimento e amparo às crianças desencarnadas.


Chico Xavier, analisando a situação espiritual e o grau de lucidez desses Espíritos diz:

"Os benfeitores espirituais habitualmente nos esclarecem que a criança desencarnada no Mais Além, recobra parcialmente valores da memória, quando na condição de Espírito, tenha já entesourado alta gama de conhecimentos superiores, com pouco tempo depois da desencarnação, conseguindo, por isso, formular conceitos e anotações de acordo com a maturidade intelectual adquirida com laborioso esforço.

O mesmo não acontece com o Espírito que ainda não adquiriu patrimônio de experiência mais dilatados, seja por estar nos primeiros degraus da evolução humana ou por essência de aplicação pessoal ao estudo e a observação dos acontecimentos.       


Para o Espírito nesse estágio, o desenvolvimento na vida espiritual é semelhante ao que se verifica no plano físico em que o ser humano é compelido a aprender vagarosamente as lições da existência e adiantar-se gradativamente, conforme as exigências do tempo."

André Luiz (Entre a Terra e o Céu) vai pronunciar-se da mesma forma: "Acreditamos que o menino desencarnado retomasse, de imediato, a sua personalidade de adulto ... Em muitas situações, é o que acontece quando o Espírito já alcançou elevado estágio evolutivo. Contudo, para a grande maioria das crianças que desencarnaram, o caminho não é o mesmo. Almas ainda encarceradas no automatismo inconsciente, acham-se relativamente longe do autogoverno. Jazem conduzidos pela Natureza, à maneira de criancinhas no colo materno. É por esse motivo que não podemos prescindir de períodos de recuperação, para quem se afasta do veículo físico, na fase infantil."

Apostila Original: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG


Dizem que os bons "vão" primeiro. Isso é verdade? É justo?


Divaldo: Não. Nem é verdade, nem é justo. Cada um de nós sempre vê o ser querido como o melhor do mundo, sem defeito algum e quando ele parte, achamos que foi antes do tempo.


Diariamente morrem milhares de pessoas de câncer e não damos a menor importância, mas quando o mal chega à família é uma tragédia, porque está em nossa casa.

Em verdade, esse conhecido aforismo não é real. Se assim fosse, a Terra estaria pior do que se encontra.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Aonde fica o mundo espiritual ?



Aonde fica o mundo espiritual?

“Tendes de reconhecer, primeiramente, que o Além não é uma região, e sim um estado imperceptível para a nossa potencialidade sensorial . E entendereis que igualmente nós somos ainda relativos, sem nenhum característico absoluto, irmãos de vossa posição espiritual, em caminho para as outras realizações e conquistas, como vós outros.”

Emmanuel, 2 de Abril 1938 - Inserido no livro Um amor, muitas Vidas. (Chico Xavier)

“A vida é o eterno fenômeno dos jogos vibratórios...”
Maria João de Deus, em “Cartas de Uma Morta”, 1935 - Chico Xavier

              ---------------------------------------------------------------------------  

Um bom exemplo são as estações de rádio.  O tempo inteiro elas estão irradiando, emitindo em frequências diversas.  Para percebê-las, necessitamos do auxílio do rádio. E podemos dizer que cada estação é uma sintonia, um campo vibratório. São muitos os níveis em seus variados ambientes.

Para não complicar muito, podemos dizer que temos o mundo físico, o astral e o mundo espiritual.
Veja na figura 15ª que retiramos da apostila 15 do site http://vivenciasespiritualismo.net.  e a figura 09ª nos dá a idéia de como são os planos, que se interpenetram.







Heigorina Cunha, no Livro Cidade no Além, publicou desenho que conseguiu reproduzir. Ela foi levada pelo Espírito Lúcius para conhecer Nosso Lar e para fazer os desenhos da cidade espiritual.
Abaixo uma figura escaneada publicada no livro citado:

 Concluindo apenas esta pequena resposta  pois o assunto é extenso:

O mundo espiritual é aqui mesmo, pois eles se interpenetram, mas não se misturam em razão das densidades de suas respectivas matérias. A matéria que compõe o plano astral é mais sutil que a do plano físico, muito embora para os que estejam no plano astral seja matéria tangível.  O mesmo podemos dizer  da relação dos planos astral e mental, pois os do plano astral não conseguem perceber a matéria do plano mental.
 O indivíduo pode, hipoteticamente, ir de um a outro sem sair do lugar, pois é tudo uma questão de sintonia, resultado de uma longa caminhada.


domingo, 4 de agosto de 2013

A importância do ato de pensar

Quanto mais leio os livros que nos trouxeram os espíritos através da mediunidade de Chico Xavier, fico convencido de que a bondade do Pai é infinita e que ele, Chico, foi mais um dos importantes Espíritos que fazem parte do projeto do Consolador. Não há acaso, não há fanatismo, não há fé cega, nem sequer uma lei divina arranhada na obra que esta falange de encarnados e desencarnados nos trouxe. 

Deus nos fala através das suas obras...basta olhar em volta, perceber, ver, sentir, analisar, pensar... porque o pensamento contínuo e a razão é o que nos destaca do reino animal... na escola aprendemos que o homem é um animal racional. Desde cedo somos chamados à atentar para este detalhe.

O pensamento, meus irmãos, dá abrigo à tudo que possa dar início à obra do homem, porque exatamente pelo fato da sua continuidade e pela força das construções que ele produz tendo a capacidade de se perpetuar através dos tempos, seja pelas construções materiais que dá origem, seja pela perpetuidade obtida quando ele se incorpora na intimidade do ser sendo levado para a erraticidade após o túmulo e se disseminando pelos planos da criação que tenha atingido e moldando a intimidade daqueles que com ele se afinizarem e retornando ao plano material, seja por transmissão via organizações perispirituais através do fluido cósmico universal, num processo que conhecemos aqui como transmissão telepática em simbioses mentais ou apenas por simples sugestão, que denominamos "idéias" , ou , ainda, se incorporando no patrimonio intelecutal da individualidade reencarnante seja como missionário que foi o Chico, seja como um dos filhos do Pai em busca da evolução individual.

Leadbeather, no livro "O Lado Oculto das Coisas" , no capítulo XIX, nos dá lição sobre o que pensamos, ensinando sobre o Reino do Pensamento, os Efeitos do Pensamento, o que é onda de pensamento, a forma-pensamento, sobre o que podemos fazer por meio do pensamento, sobre a responsabilidade pelo pensamento...

O pensamento, meus irmãos, é, se quisermos, o início de tudo. É importante que todos tenhamos consciência do poder que ele tem.

Podemos, de ordinário, afirmar que o homem tem o poder de criar objetos com o pensamento. Plasmar não é poder concedido apenas a desencarnados. O homem encarnado também plasma. E quando este pensamento se alia à vontade, está montada poderosa usina que interfere por todo o reino da criação, seja no plano físico, seja no plano extrafísico. 
Hoje, com as regras de convivência não podemos sair despejando nosso dejetos, nosso lixo por onde passemos. O homem, como detentor da capacidade do pensamento contínuo também deve cuidar de não produzir inutilidades e sair despejando-as pelo plano astral... porque nosso lixo mental fica em volta de nossa individualidade e é fácilmente percebido pelos desencarnados que se aproximam se forem afins. Se produzimos bons pensamentos, afastaremos os que não se afinizem com o ambiente mental que se estabelece em nosso entorno. Igual processo funciona em caso de ser produzido um ambiente de baixa frequência e estamos sempre sendo acompanhados por irmãos que se afinizem por nossa obra mental e, importante, não se deve esquecer que o homem tem necessidade de descanso físico e que durante esta fase, sai do corpo indo buscar ou sendo atraído pelos efeitos da indução magnética produzida pela ação do feixe magnético emanado por grupos afins, sejam de conteúdo elevado, sejam de conteúdo ainda carente de bons fluidos.

E, vamos lembrar que é pelo pensamento e pela vontade, pela emanação da resignação, da comunhão com o Pai, que podemos nos beneficiar dos efeitos da Prece.
Aquele que está em comunhão com Deus, não necessita fazer pedido, porque ele é a própria prece e aí sim, é que vale o que nos ensinou o Mestre Jesus, quando disse que tudo aquilo que pedirmos, obteremos.

domingo, 28 de julho de 2013

FUNÇÃO DO DNA NOS CASOS DE ENFERMIDADES

LIVRO MEDICINA DA ALMA -
RESPOSTA DA QUESTÃO Nº 6




E para comprovar como não é sempre que  estamos atentos a tudo, hoje estava escutando um artigo . do Joseph Gleber, e ele explicou sobre a transmissão do DNA do reencarnante para o ser encarnado. Falava sobre a questão nº 6 , respondendo sobre a função do DNA  nos casos de enfermidades considerando-se as leis espirituais.

O conteúdo da resposta é de importância essencial e nos dá o caminho para elucidar várias dúvidas.  Eu não conseguia entender de que forma, sendo o corpo físico de nosso plano, iria conseguir repassar esta condição de modificações no DNA de forma que estas alterações pudessem ser armazenadas (e aonde) e mais tarde serem utilizadas no processo reencarnatório, retornando ao corpo físico.  A leitura atenta desta resposta e ainda somadas aos ensinamentos de André Luiz em,   Evolução em 2 Mundos, falando sobre a HISTOGÊNESE ESPIRITUAL são amplamente suficientes para vislumbrar que o ser humano desencarnado corrige algumas e elabora outras modificações nos corpos físico e espiritual.


A Questão nº 6

Qual a função do DNA, nos casos de enfermidade, levando-se em conta as leis espirituais? 


(...)
"...As experiências gravadas diariamente nas estruturas sensíveis do DNA, se manifestam, mais tarde, em novas reencarnações, conforme a intensidade e a constância dos desejos, emoções e pensamentos que aí são registrados pela lei do carma, que através do DNA, se revela de forma inevitável e inflexível.

Pelo estudo e compreensão da bioquímica e especificamente das pesquisas levadas a efeito, a respeito do DNA, meus irmãos poderão entender melhor o funcionamento da lei de ação e reação nos mecanismos da vida, pois cada ser humano plasma, diariamente, por efeito de suas vibrações de  harmonia ou desarmonia, o código cifrado de todas as experiências de seu psiquismo, no corpo físico de que se utilizará em próxima reencarnação.  Dessa forma, pode-se entender como os conceitos do Evangelho são uma forma científica de imprimir nesses núcleos genéticos, um programa mais equilibrado para as nossas experiências reencarnatórias.  O Evangelho torna-se, assim, uma ciência de genética molecular-espiritual, que nos favorece com formas de interferir na futura programação de nossas vidas."

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Bebidas Alcoolicas


Do livro " O Lado Oculto das Coisas"
por C.W.Leadbeather

LICORES INTOXICANTES

          " Em verdade, muitos dos hábitos nocivos da vida dos ignorantes se lhes tornariam instantâneamente impossível se ele pudesse ver o lado oculto de suas concessões egoístas.          
          Até mesmo os espécimes subdesenvolvidos que se reúnem nas tavernas recuariam horrorizados vendo a classe de entidades que os cerca - os tipos mais baixos e brutais de uma evolução rudimentar, fungosidades infladas e lívidas de indescritível horror; e bem pior que tudo isso, porque são a  degradação de algo que devia ser muito melhor, as legiões horripilantes de ébrios mortos, dejetos humanos remolhados de vinho, que afogaram a imagem divina em torvas orgias e agora se agrupam ao redor de seus sucessores, excitando-os com olhares hediondos e risadas de escárnio, onde se notaria, com horror, a mais repugnante concupiscência.

 
          Tudo issos sem prejuízo da deterioração que se produz nos corpos astral e mental com o hábito das bebidas embriagantes.  Aquele que procura justificar seus ignóbeis apetites costuma dizer que o alimento e a bebida, pertencentes que são apenas ao mundo físico, não tem senão pouca influência no desenvolvimento do homem interno.  Essa opinião evidentemente não está de acordo com o bom senso, pois a matéria física no homem se acha em estreito contato com o astral e o mental - tanto mais que cada um é, em larga escala, a contraparte do outro, se a rudeza e a grosseria do corpo físico implicam uma condição similar dos outros veículos.

          Há muitos tipos e graus de densidade de matéria astral, de modo que é possível a um homem ter o corpo astral construído de particulas bastante rudes e grosseiras, enquanto outro  homem pode tê-lo muito mais delicado e sutil.  Como o corpo astral é o veículo das emoções e das paixões, segue-se que um homem cujo corpo astral seja do tipo mais grosseiro estará naturalmente mais sujeito às variedades inferiores da paixão e da emoção.  E ao que possua corpo astral mais apurado, sucederá que suas partículas vibrarão mais prestamente em resposta às emoções e aspirações de ordem mais elevada.  Assim, o homem que está copnstruindo para si um corpo físico grosseiro e impuro também constrói ao memo tempo corpos astral e mental de qualidade igual.  Esse efeito salta aos olhos do clarividente exercitado, que facilmente distingue entre um homem que nutre o seu  veículo físico com alimento puro e outro que o contamina com bebida intoxicante ou carne em decomposição.

          Sem dúvida é dever do homem desenvolver ao máximo todos os seus veículos, a fim de que sejam instrumentos perfeitos para o uso da alma, que por sua vez está sendo exercitada para ser um instrumento nas mãos da Divindade Solar. e um canal perfeito parta o divino.  O primeiro passo nesse sentido é aprender o homem inteiramente a dominar os corpos inferiores, para que não haja neles outro pensamento ou sentimento senão os que lhe merecerem a aprovação.

          Todos os veículos, portanto, devem estar na mais elevada condição de eficiência possível; ser puros e limpos de mancha; e é óbvio que isso nunca pode acontecer enquanto o homem introduzir no corpo físico constituintes indesejáveis.  O próprio veículo físico e suas percepções sensoriais jamais alcançarão sua melhor forma sem uma alimentação pura, o que também é verdade, em escala bem maior, com relação aos corpos mais elevados.  Os seus sentidos não podem  igualmente estar em condições se matéria impura ou grosseira lhe for introduzida; qualquer cooisa assim os embota e entorpece, tornando-se mais difícil à alma usá-los.  A condescendência com o álcool ou o regime carnívoro é absolutamente fatal a todo verdadeiro desenvolvimento, e os que adotam esse hábito estão pondo sérias e completamente desnecessárias dificuldades em seu próprio caminho.

         O efeito durante a vida física não é o único ponto a ter em mente acerca deste assunto.

         Se, introduzindo partículas impuras em seu corpo físico, o homem se constrói um corpo astral inconveniente e impuro, não devemos esquecer que é nesse veículo degradado que ele terá de passar a primeira parte de sua vida depois da morte.  Assim como aqui no mundo físico sua situação grosseira atraí toda sorte de entidades indesejáveis, que, quais parasitas, elegem seus veículos como residência, e nele encontram pronta resposta a suas próprias paixões inferiores, assim também sofrerá ele intensamente por parte de tais acompanhantes depois da morte e pelo resultado da vida astral em condições que ele mesmo preparou aqui na terra."


Recomenda-se a leitura do tópico "Histogênese Espiritual" para entender-se que o corpo perispiritual  sofre alterações após a falência do corpo físico.



segunda-feira, 22 de julho de 2013

SOBRE A PRECE - PARA LEITURA E ESTUDO



 SOBRE A PRECE - PARA LEITURA E ESTUDO


Alguns textos aqui postados foram retirados de sites da internet.

====================================================


Léon Denis – Livro Depois da Morte
Capítulo RESIGNAÇÃO NA ADVERSIDADE



Página 438


(...)


“As aflições mais cruéis, as mais profundas, quando aceitas com submissão que é o consentimento da razão e do coração, indica, geralmente, o término de nossos males, a quitação da última prestação da nossa dívida...”


(...)






Ainda em Depois da Morte, falando sobre as leis morais:


(...)


A posse, a compreensão da lei moral é o que há de mais necessário e de mais precioso para a alma. Permite medir os nossos recursos internos, regular o seu exercício, dispô-los para o nosso bem. As nossas paixões são forças perigosas, quando lhes estamos escravizados; úteis e benfeitoras, quando sabemos dirigi-las; subjugá-las é ser grande; déixar-se dominar por elas é ser pequeno e miserável.






Leitor, se queres libertar-te dos males terrestres, escapar às reencarnações dolorosas, grava em ti essa lei moral e pratica-a. Faze que a grande voz do dever abafe os murmúrios das tuas paixões.


- Dá o que for indispensável ao homem material, ser efêmero que se esvairá na morte.






- Cultiva com cuidado o ser espiritual, que viverá para sempre.






- Desprende-te das coisas perecíveis; honras, riquezas, prazeres mundanos, tudo isso é fumo; o bem, o belo, o verdadeiro somente é que são eternos!






- Conserva tua alma sem máculas, tua consciência sem remorsos. Todo pensamento, todo ato mau atrai as impurezas mundanas; todo impulso, todo esforço para o bem centuplica as tuas forças e far-te-á comunicar com as potências superiores.






-Desenvolve em ti a vida espiritual, que te fará entrar em relação com o mundo invisível e com a natureza inteira. Consiste nisso a fonte do verdadeiro poder, e, ao mesmo tempo, a dos gozos e das sensações delicadas, que irão aumentando à medida que as sensações da vida exterior se enfraquecerem com a idade e com o desprendimento das coisas terrestres. Nas horas de recolhimento, escuta a harmonia que se eleva das profundezas do teu ser, como eco dos mundos sonhados, entrevistos, e que fala de grandes lutas morais e de nobres ações. Nessas sensações íntimas, nessas inspirações, desconhecidas dos sensuais e dos maus, reconhece o prelúdio da vida livre dos espaços e um prelibar das felicidades reservadas ao Espírito justo, bom e valoroso.


(...)






=========================================================


Do livro Emmanuel – pag 22



Aqui Emmanuel nos ensina sobre a resignação e aceitação.



A Prece




Faz-se preciso que o homem reconheça a necessidade da luta como a do pão cotidiano.



A crença deve ser a bússola, o farol nas obscuridades que o rodeiem na existência passageira, e a prece deve ser cultivada, não para que sejam revogadas as disposições da Lei Divina, mas a fim de que a coragem e a paciência inundem o coração de fortaleza nas lutas ásperas, porém necessárias.






A alma, em se voltando para Deus, não deve ter em mente senão a humildade sincera na aceitação de sua vontade superior.






==================================================

Emmanuel, no Livro Emmanuel, na página 160 escreveu:






(...)Os investigadores puderam vislumbrar o mundo microbiano sem saber eliminá-lo. Se foi possível devassar o mistério da Natureza, a mentalidade humana ainda não conseguiu apreender o mecanismo das suas leis. É que os estudiosos, com pouca exceções, se satisfazem com o mundo aparente das formas, demorando-se nas expressões exteriores, incapazes de uma excursão espiritual no domínio das origens profundas. Sondam os fenômenos sem lhes auscultarem as causas divinas.



Medicina espiritual






A saúde humana nunca será o produto de comprimidos, de anestésicos, de soros, de alimen­tação artificialíssima. O homem terá de voltar os olhos para a terapêutica natural, que reside em si mesmo, na sua personalidade e no seu meio ambiente. Há necessidade, nos tempos atuais, de se extinguirem os absurdos da fisiologia dirigida. A Medicina precisa criar os processos naturais de equilíbrio psíquico, em cujo organismo, se bem que remoto para as suas atividades anatómicas, se localizam todas as causas dos fenómenos orgâ­nicos tangíveis. A Medicina do futuro terá de ser eminentemente espiritual, posição difícil de ser atualmente alcançada, em razão da febre maldita do ouro; mas os apóstolos dessas realidades grandiosas não tardarão a surgir nos horizontes acadêmicos do mundo, testemunhando o novo ci­clo evolutivo da Humanidade. O estado precário da saúde dos homens, nos dias que passam, tem o seu ascendente na longa série de abusos individuais e coletivos das criaturas, desviadas da lei sábia e justa da Natureza. A civilização, na sua sede de bem-estar, parece haver homologado to­dos os vícios da alimentação, dos costumes, do sexo e do trabalho. Todavia, os homens caminham para as mais profundas sínteses espirituais. A má­quina, que estabeleceu tanta miséria no mundo, suprimindo o operário e intensificando a facilidade da produção, há de trazer, igualmente, uma nova concepção da civilização que multiplicou os requintes do gosto humano, complicando os problemas de saúde; há de ensinar as criaturas a maneira de viverem em harmonia com a Natureza.






==============================================


XXIX - Do MODUS OPERANDI DOS ESPÍRITOS


o modus operandi das entidades que se co­municam, nos ambientes terrestres, tem a sua base no magnetismo universal, dentro o qual todos os seres e mundos gravitam para a perfeição suprema; e incalculável é a extensão do papel que a sugestão e a telepatia representam nos fenômenos mediúnicos.



O processo das comunicações



O processo das comunicações entre os planos visível e invisível, mormente quando se trata de trabalhos que interessam de perto o progresso moral das criaturas, trabalhos esses que reque­rem a utilização de inteligências nobilíssimas do Espaço, cujo grau de elevação o meio terrestre não pode comportar, verifica-se, quase que inva­riavelmente, dentro de um teledinamismo poderoso, que estais longe ainda de apreciar nas vossas condições de Espíritos encarnados.




Entidades sábias e benevolentes, que já se desvencilharam totalmente dos envoltórios terrenos, basta que o desejem, para que distâncias imensas sejam facilmente anuladas, a fim de que os seus elevados ensinamentos sejam ministra­dos, desde que haja cérebro possuidor de capaci­dade receptiva e que lhes não ofereça obstáculos insuperáveis.

===================================

Estudando “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec

Questão 666






P: Pode-se orar aos Espíritos?






R: “Pode-se orar aos bons Espíritos, como sendo os mensageiros de Deus e os executores de suas vontades. O poder deles, porém, está em relação com a superioridade que tenham alcançado e dimana sempre do Senhor de todas as coisas, sem cuja permissão nada se faz. Eis por que as preces que se lhes dirigem só são eficazes, se bem aceitas por Deus.”



===============================================


Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo


Sala Virtual Evangelho

---------------------------------------------------------------------------------------

EESE129b - Cap. XXVII - Itens 1 a 4 Tema: Qualidade da Prece

----------------------------------------------------------------------------------------






A - Texto de Apoio:


Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas, que, afetadamente, oram de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. - Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. - Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a recompensa.






Não cuideis de pedir muito nas vossas preces, como fazem os pagãos, os quais imaginam que pela multiplicidade das palavras é que serão atendidos. Não vos torneis semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe do que é que tendes necessidade, antes que lho peçais. (S. MATEUS, cap. VI, vv., 5 a 8.)




Quando vos aprestardes para orar, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, também vos perdoe os vossos pecados. - Se não perdoardes, vosso Pai, que está nos céus, também não vos perdoará os pecados. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 25 e 26.)



Também disse esta parábola a alguns que punham a sua confiança em si mesmos, como sendo justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu, publicano o outro. - O fariseu, conservando-se de pé, orava assim, consigo mesmo: Meu Deus, rendo-vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem mesmo como esse publicano. Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo o que possuo.






O publicano, ao contrário, conservando-se afastado, não ousava, sequer, erguer os olhos ao céu; mas, batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador.



Declaro-vos que este voltou para a sua casa, justificado, e o outro não; porquanto, aquele que se eleva será rebaixado e aquele que se humilha será elevado. (S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 9 a 14.)


Jesus definiu claramente as qualidades da prece. Quando orardes, diz ele, não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto. Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas. Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade. Oral, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu.






Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau. (Cap. X, nº 7 e nº 8.)



B - Questões para estudo e diálogo virtual:


1 - Por que devemos orar em secreto?

2 - Por que o publicano teve mais mértio em sua oração?

3 - Como podemos enumerar as qualidades da prece?

Conclusão:


Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo


Sala Virtual Evangelho

------------------------------------------------------------

EESE129b - Cap. XXVII - Itens 1 a 4

Tema: Qualidade da Prece


------------------------------------------------------------

A - Conclusão do Estudo:


Orar bem não é orar muito; é saber posicionar-se de forma a que a prece chegue até o Pai e dele se possa receber permanentemente as dádivas. Para isso, é necessário que, ao orar, estejamos com o coração livre de qualquer mágoa ou rancor contra o próximo e que nos coloquemos humildes e submissos perante Deus.




B - Questões para estudo e diálogo virtual:


1 - Por que devemos orar em secreto?




Porque a oração, sendo uma ligação da criatura com o Criador, é a este que deve se reportar, sendo desnecessário ser feita à vista dos homens.




"Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas, que, afetadamente, oram em pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens."


2 - Por que o publicano teve mais mértio em sua oração?


Porque este, ao contrário do fariseu, reconheceu-se pecador e demonstrrou humildade perante Deus.



"... aquele que se eleva será rebaixado e aquele que se humilha será elevado."



3 - Como podemos enumerar as qualidades da prece?



a) a prece deve ser feita em secreto, isto é, não devemos nos colocar em evidência, quando oramos;






b) não é pela multiplicidade das palavras que seremos atendidos, mas sim pela sinceridade delas;



c) a prece deve partir de um coração puro, ou seja, antes de orar devemos perdoar, se tivermos qualquer coisas contra alguém;



d) devemos orar com humildade, e não com orgulho.



"... a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade."



=================================================


Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo


Sala Virtual Evangelho


------------------------------------------------------------


EESE130b - Cap. XXVII - Itens 5 a 8


Tema: Eficácia da Prece


------------------------------------------------------------


A - Texto de Apoio:


Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes. (S. MARCOS, cap. XI, v. 24.)



Há quem conteste a eficácia da prece, com fundamento no princípio de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, inútil se torna expor-lhas. E acrescentam os que assim pensam que, achando-se tudo no Universo encadeado por leis eternas, não podem as nossas súplicas mudar os decretos de Deus.



Sem dúvida alguma, há leis naturais e imutáveis que não podem ser ab-rogadas ao capricho de cada um; mas, daí a crer-se que todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, vai grande distância. Se assim fosse, nada mais seria o homem do que instrumento passivo, sem livre-arbítrio e sem iniciativa. Nessa hipótese, só lhe caberia curvar a cabeça ao jugo dos acontecimentos, sem cogitar de evitá-los; não devera ter procurado desviar o raio. Deus não lhe outorgou a razão e a inteligência, para que ele as deixasse sem serventia; a vontade, para não querer; a atividade, para ficar inativo. Sendo livre o homem de agir num sentido ou noutro, seus atos lhe acarretam, e aos demais, conseqüências subordinadas ao que ele faz ou não. Há, pois, devidos à sua iniciativa, sucessos que forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a harmonia das leis universais, do mesmo modo que o avanço ou o atraso do ponteiro de um relógio não anula a lei do movimento sobre a qual se funda o mecanismo. Possível é, portanto, que Deus aceda a certos pedidos, sem perturbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, subordinada sempre essa anuência à sua vontade.



Desta máxima: _Concedido vos será o que quer que pedirdes pela prece_, fora ilógico deduzir que basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providência se não acede a toda súplica que se lhe faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem. É como procede um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses. Em geral, o homem apenas vê o presente; ora, se o sofrimento é de utilidade para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura.



O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a coragem, a paciência, a resignação. Também lhe concederá os meios de se tirar por si mesmo das dificuldades, mediante idéias que fará lhe sugiram os bons Espíritos, deixando-lhe dessa forma o mérito da ação.



Ele assiste os que se ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: "Ajuda-te, que o Céu te ajudará"; não assiste, porém, os que tudo esperam de um socorro estranho, sem fazer uso das faculdades que possui. Entretanto, as mais das vezes, o que o homem quer é ser socorrido por milagre, sem despender o mínimo esforço. (Cap. XXV, nº 1 e seguintes.)



Tomemos um exemplo. Um homem se acha perdido no deserto. A sede o martiriza horrivelmente. Desfalecido, cai por terra. Pede a Deus que o assista, e espera. Nenhum anjo lhe virá dar de beber. Contudo, um bom Espírito lhe sugere a idéia de levantar-se e tomar um dos caminhos que tem diante de si Por um movimento maquinal, reunindo todas as forças que lhe restam, ele se ergue, caminha e descobre ao longe um regato. Ao divisá-lo, ganha coragem. Se tem fé, exclamará: "Obrigado, meu Deus, pela idéia que me inspiraste e pela força que me deste." Se lhe falta a fé, exclamará: "Que boa idéia tive! Que sorte a minha de tomar o caminho da direita, em vez do da esquerda; o acaso, às vezes, nos serve admiravelmente! Quanto me felicito pela minha coragem e por não me ter deixado abater!"



Mas, dirão, por que o bom Espírito não lhe disse claramente: "Segue este caminho, que encontrarás o de que necessitas"? Por que não se lhe mostrou para o guiar e sustentar no seu desfalecimento? Dessa maneira tê-lo-ia convencido da intervenção da Providência.


Primeiramente, para lhe ensinar que cada um deve ajudar-se a si mesmo e fazer uso das suas forças. Depois, pela incerteza, Deus põe a prova a confiança que nele deposita a criatura e a submissão desta à sua vontade. Aquele homem estava na situação de uma criança que cai e que, dando com alguém, se põe a gritar e fica à espera de que a venham levantar; se não vê pessoa alguma, faz esforços e se ergue sozinha.


Se o anjo que acompanhou a Tobias lhe houvera dito: "Sou enviado por Deus para te guiar na tua viagem e


Ele assiste os que se ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: "Ajuda-te, que o Céu te ajudará"; não assiste, porém, os que tudo esperam de um socorro estranho, sem fazer uso das faculdades que possui. Entretanto, as mais das vezes, o que o homem quer é ser socorrido por milagre, sem despender o mínimo esforço.
(Cap. XXV, nº 1 e seguintes.)


B - Questões para estudo e diálogo virtual:


1 - Como podemos interpretar o ensinamento de Jesus: "Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes"?




2 - Afinal, se tudo no Universo obedece a leis eternas, como poderão nossas súplicas alterar-lhe o sentido?




3 - Como age a Providência Divina em relação aos nosso pedidos?





Conclusão:

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo


Sala Virtual Evangelho

------------------------------------------------------------


EESE130b - Cap. XXVII - Itens 5 a 8


Tema: Eficácia da Prece


------------------------------------------------------------


A - Conclusão do Estudo:


Deus sempre nos atende os pedidos. Esse atendimento é conforme a nossa real necessidade e merecimento, e na medida em que nossos pedidos não visem à satisfação de meros caprichos ou futilidades. A ajuda divina sempre ocorre para a criatura que sabe ajudar-se a si mesma.


B - Questões para estudo e diálogo virtual:


1 - Como podemos interpretar o ensinamento de Jesus: "Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes"?


Deus sempre nos atende os pedidos. Mas é claro que esse atendimento só ocorre conforme a nossa real necessidade e merecimento, e na medida em que nossos pedidos não visem à satisfação de meros caprichos ou futilidades.


"Desta máxima... fora ilógico deduzir que basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providência se não acede a toda súplica que se lhe faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem."


2 - Afinal, se tudo no Universo obedece a leis eternas, como poderão nossas súplicas alterar-lhe o sentido?



É que, quando somos atendidos em nossos pedidos, não significa que Deus alterou o curso de suas leis, que são imutáveis, mas que, dentro da flexibilidade das mesmas, apraz a Ele acatar nossas súplicas, desde que as considere merecidas. Com isso, a Providência nos dá uma demonstração de respeito à nossa iniciativa e livre arbítrio.



Se Deus nunca aquiescesse aos pedidos, estaria Ele nos tolhendo o livre arbítrio e iniciativa.


"Há, pois, devidos à sua iniciativa (do homem), sucessos que forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a harmonia das leis universais."



3 - Como age a Providência Divina em relação aos nossos pedidos?


Deus nos atende em todas as nossas necessidades. Porém, nem sempre isso coincide com aquilo que pedimos, uma vez que somos atendidos conforme nossas carências reais e não segundo o que desejamos.



"Em geral, o homem apenas vê o presente; ora, se o sofrimento é de utilidade para a felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura."


========================================================

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo


Sala Virtual Evangelho

-----------------------------------------------------------


EESE131b - Cap. XXVII - Itens 9 a 12


Tema: Ação da Prece - Transmissão do Pensamento


----------------------------------------------------------

A - Texto de Apoio:


A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, fá-lo recorrendo a intermediários, a intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de Deus.






O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som.



A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. E assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados.



Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece, mas tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essa ação de estar subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, único apto a torná-la eficaz.



Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe idéias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em consequência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.



Se em duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos (cap. V, n~ 4), ver-se-á que a segunda, em quantidade, excede de muito à primeira. Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, às quais se pouparia, se sempre obrasse com sabedoria e prudência.


Não menos certo é que todas essas misérias resultam das nossas infrações às leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente, seríamos inteiramente ditosos. Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação das nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes que as doenças acarretam. Se puséssemos freio à nossa ambição, não teríamos de temer a ruína; se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear a queda; se fôssemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho abatido; se praticássemos a lei de caridade, não seríamos maldizentes, nem invejosos, nem ciosos, e evitaríamos as disputas e dissensões; se mal a ninguém fizéssemos, não houvéramos de temer as vinganças, etc.



Admitamos que o homem nada possa com relação aos outros males; que toda prece lhe seja inútil para livrar-se deles; já não seria muito o ter a possibilidade de ficar isento de todos os que decorrem da sua maneira de proceder? Ora, aqui, facilmente se concebe a ação da prece, visto ter por efeito atrair a salutar inspiração dos Espíritos bons, granjear deles força para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta. Nesse caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, porém, sim, desviar-nos a nós do mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio. Agem, contudo, à nossa revelia, de maneira imperceptível, para nos não subjugar a vontade. O homem se acha então na posição de um que solicita bons conselhos e os põe em prática, mas conservando a liberdade de segui-los, ou não. Quer Deus que seja assim, para que aquele tenha a responsabilidade dos seus atos e o mérito da escolha entre o bem e o mal. E isso o que o homem pode estar sempre certo de receber, se o pedir com fervor, sendo, pois, a isso que se podem sobretudo aplicar estas palavras: "Pedi e obtereis."



Mesmo com sua eficácia reduzida a essas proporções, já não traria a prece resultados imensos? Ao Espiritismo fora reservado provar-nos a sua ação, com o nos revelar as relações existentes entre o mundo corpóreo e o mundo espiritual. Os efeitos da prece, porém, não se limitam aos que vimos de apontar.


Recomendam-na todos os Espíritos. Renunciar alguém à prece é negar a bondade de Deus; é recusar, para si, a sua assistência e, para com os outros, abrir mão do bem que lhes pode fazer.



B - Questões para estudo e diálogo virtual:


1 - Como podem ser as preces?



2 - Com base no trecho lido, explique como a prece atinge seu objetivo, ou seja, como a mesma é conduzida ao alvo a que se destina.



3 - De que forma os espíritos nos ajudam a vencer as dificuldades?


Conclusão:


Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo


Sala Virtual Evangelho
------------------------------------------------------------

EESE131b - Cap. XXVII - Itens 9 a 12


Tema: Ação da Prece - Transmissão do Pensamento


------------------------------------------------------------

A - Conclusão do Estudo:


As nossas preces são atendidas por Deus, através dos espíritos incumbidos da execução de suas vontades. Os espíritos ouvem-nos as preces qualquer que seja o lugar onde se encontrem.


B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Como podem ser as preces?

Para pedir, para agradecer e para louvar.


a) pedir: é a que fazemos para rogar auxílio em favor de alguém ou de nós próprios. Exemplo: podemos pedir paciência, tolerância para passarmos por uma dificuldade com mais tranquilidade.



b) agradecer: é a que fazemos para agradecer uma ajuda recebida, um objetivo atingido; por ter nos livrado de um perigo; por termos recebido uma graça, etc.


c) louvar: é aquela através da qual demonstramos o nosso reconhecimento a Deus de sua grandeza e a de sua obra; demonstramos a nossa humildade perante o Criador.


Devemos nos esforçar para que nossas preces sejam mais para agradecer e louvar do que para pedir.


É bem melhor termos pouco a pedir e muito a agradecer, pois é demonstração de resignação diante das provações da vida.



2 - Com base no trecho lido, explique como a prece atinge seu objetivo, ou seja, como a mesma é conduzida ao alvo a que se destina.


Para explicar é preciso que nos consideremos todos mergulhados no fluido universal, de modo que todos, encarnados e desencarnados, possamos nos comunicar uns com os outros. Assim, a nossa prece é transmitida a quem nos dirigimos, através desse fluido, que efetua o papel como o de um telefone que transmite a nossa voz, de um a outro ponto qualquer.



"Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som."



3 - De que forma os espíritos nos ajudam a vencer as dificuldades?


Através da prece sincera nos ligamos aos espíritos superiores, que, sondando a nossa vontade e boa intenção, nos vêm em socorro, dando-nos a força moral necessária para superar os problema, ou retomar o caminho reto, se dele porventura nos desviamos.


Através da prece podemos nos prevenir para não cair no caminho do mal. A prece, no caso, tem a função de nos propiciar forças para resistir ao mal.


===========================================================


LE 111 - Estudo Sintetico do Livro dos Espiritos


LIVRO DOS ESPIRITOS- Allan Kardec. Da Lei de Adoração


Parte Terceira. Capitulo II. Pergunta 658 a 666 .


Tema: Da Prece






a) A prece é sempre agradavel a Deus quando é ditada pelo coração. Não creiais que Deus seja tocado pelo homem vão, orgulhoso e egoista, a menos que sua prece represente um ato  e sincero arrependimento e de verdadeira humildade.




b) A prece é um ato de adoraçao. Fazer preces a Deus é pensar nele, aproximar-se dele. Pela prece podemos louvar, pedir e agradecer.


c) A prece torna o homem melhor pois aquele que faz a prece se torna mais forte contra as tentaçoes do mal.



d) O essencial nao é orar muito, mas orar bem. Tem pessoas que julgam a prece pela sua extençao e fecham seus olhos para seus proprios defeitos.


e) Deus sabe discernir o bem do mal, e a prece nao oculta as faltas. Aquele que pede perdao a Deus de suas faltas, nao o obtem se nao mudar sua conduta.



f) A prece atrai os bons espiritos que se associam ao bem que se queira fazer, sendo assim util orar pelos outros. (Ver comentario de Kardec à questao 662)


g) As nossas provas estao na mao de Deus e tem algumas que temos de suportar até o fim. A prece atrai os bons espiritos que nos dao força para suportar estas provas.


h) É util orar pelos espiritos sofredores, pois embora a prece nao mude os designios de Deus, a alma por quem se ora recebe um alivio.



i) Cristo ensinou que devemos amar uns aos outros e portanto podemos orar pelos que ja desencarnaram.


h) Podemos orar aos bons espiritos como sendo mensageiros de Deus, e executores de seus designios.



Conclusão:


LE111 - Estudo Sintetico do Livro dos Espiritos


LIVRO DOS ESPIRITOS- Allan Kardec. Da Lei de Adoração


Parte Terceira. Capitulo II. Pergunta 658 a 666 .


Tema: Da Prece



1 - É importante fazer preces ? Porque ?


Sem a menor dúvida, é muito importante dedicarmos alguns minutos à prece. Por ela, o homem entra em contato com o Criador, através dos Espíritos Superiores que integram sua equipe de auxiliares diretos, dirigidos e orientados pelo Mestre Jesus. Quando feita com o coração, é um ato de adoração que nos aproxima de Deus.


2 - Como a prece pode ajudar ao homem se melhorar ?


Ela o torna mais forte contra as tentações do mal, sendo necessário também que ele mude sua conduta. Faz com que reconhecamos nossas virtudes e principalmente nossos erros que são tantos, desta forma nos deixando atentos para as correções. A prece nos ajuda a refletir sobre nossa situação e o que precisamos fazer para nos melhorar.



3 - As preces podem mudar as provas por que devemos passar ?



Não mudam a natureza de nossas provas, mas sim como as vemos e as sentimos em nosso coração, trazendo um sentimento de proteção e força para enfrenta-las, nos trazendo assim um


animo novo. Para aqueles que oram com sinceridade pode dar inclusive a sensação de que a prova diminuiu.


4 - O que acontece quando oramos pelos espiritos sofredores ?


Os espíritos sofredores recebem os fluidos que lhes enviamos através da prece. Sentem que não estão esquecidos e que alguém por eles se interessa. A prece funciona como um refrigério, atenuando suas dores.



5 - Podemos orar aos bons espiritos ?


Sim, pois sendo estes mensageiros de Deus Pai, serão portadores de nossas rogativas nos trazendo o alívio a nossas dores ou as dos nossos entes na proporção do nosso merecimento.


Equipe LE – CVDEE

===========================================================

A prece. Esse é o tema abordado por André Luiz no primeiro capítulo da obra cujo estudo estamos iniciando - "Entre a Terra e o Céu". Por intermédio de uma palestra do Instrutor Clarêncio, o Autor nos fala dos efeitos da prece, das vibrações que emanam de nós e da força do pensamento e suas repercussões na nossa evolução.


O assunto é extenso e daria para ocupar algumas semanas de estudo. Por isso, recomendamos, para um maior aprofundamento, o estudo das questões 658 a 666 de "O Livro dos Espíritos" e do capítulo XXVII de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".




QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO



Clarêncio nos dá uma preleção sobre prece, vibrações e força do pensamento. Assim, vamos conversar um pouquinho sobre :


1.- O que é e qual a importância da força do pensamento?


Conforme estudamos no livro anterior, o pensamento é uma força criadora do espírito, que atua através dele para estabelecer o padrão de sintonia em que se situará. A importância de sua força está no fato de, materializando-se, ser levado a distâncias ilimitadas pelo fluido cósmico universal. Conforme a sua natureza, no sentido do bem ou no sentido do mal, estabelece a zona vibratória em que nos situamos e na qual exerceremos e sofreremos influências de outros espíritos, encarnados ou desencarnados.


Agindo sobre o fluido cósmico universal, o pensamento também atua sobre a matéria, dependendo da evolução do espírito o grau dessa atuação. Pessoas há cuja força do pensamento é capaz de modificar a matéria, através de um magnetismo próprio, não só a matéria inerte como, até mesmo, o corpo físico, próprio ou de outrem. É o caso dos magnetizadores.


2.- O que é, como se dá e qual a conseqüência de nossas vibrações?


Vibrações são energias irradiadas pelo espírito, encarnado ou desencarnado, através de um processo dirigido pela mente. O espírito encarnado, além dessas vibrações psíquicas, emite, também, vibrações de seu corpo físico, que são puramente de natureza materiais. Essas vibrações irradiadas pela mente é que vão mergulhar o pensamento no fluido cósmico universal, para ser transportado pelo espaço.



Conforme a evolução do espírito, essas vibrações serão positivas ou negativas e vão definir a qualidade da nossa sintonia espiritual, se nos sintonizamos com espíritos de luz ou com os menos evoluídos. Daí a importância de irradiarmos sempre vibrações positivas, geradoras de bons pensamentos, para que possamos nos afinizar com espíritos benfeitores, que somente desejam se aproximar para nos assistir.



3.- O que é, qual a importância e qual a conseqüência da prece?


Kardec define a prece como "uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige" (O Evangelho Segundo o Espiritismo"). É um ato de adoração a Deus, através do qual podemos louvar, pedir e agradecer, segundo ensinaram os Espíritos.


É importante o ato de orar porque nos fortalece contra as tentações e nos coloca em sintonia com os bons espíritos, que vêm em nossa ajuda todas as vezes que lhes rogamos a presença. Conforme ensinou Jesus, "seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis". É claro que esse ensinamento deve ser entendido sempre em conformidade com as leis naturais, dentre as quais a lei de causa e efeito, que tornam imutáveis alguns acontecimentos imutáveis.


O veículo da prece é o pensamento e, como este, através das vibrações que emitimos ao orar, é conduzida pelo fluido cósmico universal ao infinito e chega sempre a quem se destina. É assim que os Espíritos benfeitores ouvem a prece que lhes é dirigida e a atendem, na medida do nosso merecimento e das nossas necessidades.


4.- O que podemos entender das seguintes assertivas que faz Clarêncio:


a) "Sabemos que a Humanidade Universal, nos infinitos mundos da grandeza cósmica, está constituída pelas criaturas de Deus, em diversas idades e posições,,, No Reino Espiritual, compete-nos considerar igualmente os princípios da herança. Cada consciência, à medida que se aperfeiçoa e se santifica, aprimora em si qualidades do Pai Celestial, harmonizando-se, gradativamente, com a Lei."



Clarêncio explicava sobre a prece, esclarecendo que, tanto quanto cada emissão de força, ela possui uma determinada potência que vai sintonizar com espíritos que vibram na mesma freqüência. Como a humanidade é composta por espíritos de níveis evolutivos diversos, sempre haverá aqueles que se sintonizarão com o nosso apelo.


Explica o benfeitor a importância de nos aperfeiçoarmos, buscando aprimorar as qualidades de Deus que existe latentes dentro de nós, pois somente assim estaremos cumprindo a nossa parte na execução do Plano Divino. É a lei de evolução a que todos estamos sujeitos.




b) "Abstenhamo-nos de empregar a palavra "prece", quando se trata do desequilíbrio - aduziu Clarêncio, bondoso


- digamos "invocação"."


Sendo um ato de sintonia com o Criador e com os Espíritos encarregados de cumprirem seus desígnios, somente se pode entender como prece o pensamento que se manifesta de acordo com as Leis Naturais, exprimindo a adoração a Deus para louvá-lo, pedir-lhe ou agradecer-lhe.



O pensamento que exprime um psiquismo em desequilíbrio não pode ser enquadrado como prece. Não passa, como disse Clarêncio, de uma "invocação", preservando-se e respeitando-se o termo "prece"..




c) "Todas as nossas aspirações movimentam energias para o bem ou para o mal. Por isso mesmo, a direção delas permanece afeta à nossa responsabilidade. Analisemos com cuidado a nossa escolha, em qualquer problema ou situação do caminho que nos é dado percorrer, porquanto o nosso pensamento voará, diante de nós, atraindo e formando a realização que nos propomos atingir e, em qualquer setor da existência, a vida responde, segundo a nossa solicitação."



As nossas aspirações no sentido do bem ou do mal constituem, tão somente, uma questão de direção, a ser definida pelo uso do nosso livre-arbítrio. Recomenda o benfeitor que façamos a escolha com cuidado, pois as nossas aspirações, expressas através do pensamento, ganhará forma e se materializará. De acordo com o princípio segundo o qual cada um recebe segundo suas obras, ou seja, de conformidade com a lei de causa e efeito, colheremos o que plantarmos.


d) "O Senhor tolera a desarmonia, a fim de que por intermédio dela mesma se efetue o reajustamento moral dos espíritos que a sustentam, de vez que o mal reage sobre aqueles que o praticam, auxiliando-os a compreender a excelência e a imortalidade do bem, que é o inamovível fundamento da Lei. Todos somos senhores de nossas criações e, ao mesmo tempo, delas escravos infortunados, mas pagaremos por todas as aquisições. A


responsabilidade é princípio divino a que ninguém poderá fugir."


Mais uma vez, o benfeitor se refere à lei de causa e efeito. O mal, que nada mais é do que a ausência do bem, é o instrumento de que se utiliza a Providência como método educativo para o espírito. Através da reação que ele provoca sobre o próprio espírito que o pratica é que faz compreender a necessidade do bem. Ao mesmo tempo em que somos os donos de nossos atos e pensamentos, por eles nos tornamos subjugados e responderemos por isso, pois, como


se diz comumente, a colheita é livre mas a semeadura é obrigatória.


Muita paz a todos.

Sala Nosso Lar

CVDEE


===========================================================

A prece proferida por André Luiz, na prece de encerramento da Assembléia da Fraternidade, realizada na espiritualidade.


Fonte: Livro Voltei, do espírito Irmão Jacob, psicografado por Chico Xavier.

"Senhor Jesus,


Dá-nos o poder de operar a própria conversão, Para que o teu Reino de Amor seja irradiado
Do centro de nós mesmos!...
Contigo em nós, Converteremos:
A treva em claridade,
A dor em alegria,
O ódio em amor,
A descrença em fé viva,
A dúvida em certeza,
A maldade em bondade,
A ignorância em compreensão e sabedoria,
A dureza em ternura,
A fraqueza em força,
O egoísmo em cântico fraterno,
O orgulho em humildade,
O torvo mal em infinito bem!



Sabemos, Senhor, Que de nós mesmos Somente possuimos a inferioridade De que nos devemos desvencilhar...


Mas, unidos a Ti, somos galhos frutíferos Na árvore dos séculos Que as tempestades da experiência jamais deceparão!...



Assim, pois, Mestre Amoroso, Digna-te amparar-nos A fim de que nos elevemos Ao encontro de tuas mãos sábias e compassivas, Que nos erguerão da inutilidade Para o seriço da Cooperação Divina, Agora e para sempre.

Assim seja!...

========================================================

Do livro “DEPOIS DA MORTE” , de Léon Denis, o capítulo 51


A PRECE


A prece deve ser uma expansão íntima da alma para com Deus, um colóquio solitário, uma meditação sempre útil, muitas vezes fecunda. É, por excelência, o refúgio dos aflitos, dos corações magoados. Nas horas de acabrunhamento, de pesar íntimo e de desespero, quem não achou na prece a calma, o reconforto e o alívio a . seus males? Um diálogo misterioso se estabelece entre a alma sofredora e a potência evocada. A alma expõe suas angústias, seus desânimos; implora socorro, apoio, indulgência. E, então, no santuário da consciência, uma voz secreta responde: é a voz dAquele donde dimana toda a força para as lutas deste mundo, todo o bálsamo para as nossas feridas, toda a luz para as nossas incertezas. E essa voz consola, reanima, persuade; traz-nos a coragem, a submissão, à resignação estóicas. E, então, erguemo-nos menos tristes, menos atormentados; um raio de sol divino luziu em nossa alma, fez despontar nela a esperança.


Há homens que desdenham a prece, que a consideram banal e ridícula. Esses jamais oraram, ou, talvez, nunca tenham sabido orar. Ah! sem dúvida, se só se trata de padre-nossos proferidos sem convicção, de responsos tão vãos quanto intermináveis, de todas essas orações classificadas e numeradas que os lábios balbuciam, mas nas quais o coração não toma parte, pode-se compreender tais críticas; porém, nisso não consiste a prece.


A prece é uma elevação acima de todas as coisas terrestres, um ardente apelo às potências superiores, um impulso, um vôo para as regiões que não são perturbadas pelos murmúrios, pelas agitações do mundo material, e onde o ser bebe as inspirações que lhe são necessárias. Quanto maior for seu alcance, tanto mais sincero é seu apelo, tanto mais distintas e esclarecidas se revelam às harmonias, as vozes, as belezas dos mundos superiores. E como que uma janela que se abre para o Invisível, para o infinito, e pela qual ela percebe mil impressões consoladoras e sublimes. Impregna-se, embriaga-se e retempera-se nessas impressões, como num banho fluídico e regenerador.


Nos colóquios da alma com a Potência Suprema a linguagem não deve ser preparada ou organizada com antecedência; sobretudo, não deve ser uma fórmula, cujo tamanho é proporcional ao seu importe monetário, pois isso seria uma profanação e quase um sacrilégio. A linguagem da prece deve variar segundo as necessidades, segundo o estado do Espírito humano. É um grito, um lamento, uma efusão, um cântico de amor, um manifesto de adoração, ou um exame de seus atos, um inventário moral que se faz sob a vista de Deus, ou ainda um simples pensamento, uma lembrança, um olhar erguido para o céu.



Não há horas para a prece. Sem dúvida, é conveniente elevar-se o coração a Deus no começo e no fim do dia. Mas, se não vos sentirdes motivados, não oreis; é melhor não fazer nenhuma prece do que orar somente com os lábios. Em compensação, quando sentirdes vossa alma enternecida, agitada por um sentimento profundo, pelo espetáculo do infinito, deveis fazer aprece, mesmo que seja à beira dos oceanos, sob a claridade do dia, ou debaixo da cúpula brilhante das noites; no meio dos campos e dos bosques sombreados, no silêncio das florestas, pouco importa; é grande e boa toda causa que, produzindo lágrimas em nossos olhos ou dobrando os nossos joelhos, faz também emergir em nosso coração um hino de amor, um brado de admiração para com a Potência Eterna que guia os nossos passos por entre os abismos.



Seria um erro julgar que tudo podemos obter pela prece, que sua eficácia implique em desviar as provações inerentes à vida.


A lei de imutável justiça não se curva aos nossos caprichos. Os males que desejaríamos afastar de nós são, muitas vezes, a condição necessária do nosso progresso. Se fossem suprimidos, o efeito disso seria tornar estéril a nossa vida. De outro modo, como poderia Deus atender a todos os desejos que os homens exprimem nas suas preces? A maior parte destes seria incapaz de discernir o que convém, o que é proveitoso. Alguns pedem a fortuna, ignorando que esta, dando um vasto campo às suas paixões, seria uma desgraça para eles.



Na prece que diariamente dirige ao Eterno, o sábio não pede que o seu destino seja feliz; não deseja que a dor, as decepções, os reveses lhe sejam afastados. Não! O que ele implora é o conhecimento da Lei para poder melhor cumpri-ia; o que ele solicita é o auxílio do Altíssimo, o socorro dos Espíritos benévolos, a fim de suportar dignamente os maus dias. E os bons Espíritos respondem ao seu apelo. Não procuram desviar o curso da justiça ou entravar a execução dos decretos divinos. Sensíveis aos sofrimentos humanos, que conheceram e suportaram, eles trazem a seus irmãos da Terra a inspiração que os sustém contra as influências materiais; favorecem esses nobres e salutares pensamentos, esses impulsos do coração que, levando-os para altas regiões, os libertam das tentações e das armadilhas da carne.


A prece do sábio, feita com recolhimento profundo, isolada de toda preocupação egoísta, desperta essa intuição do dever, esse superior sentimento do verdadeiro, do bem e do justo, que o guiam através das dificuldades da existência e o mantêm em comunicação intima com a grande harmonia universal.



Mas, a Potência Soberana não só representa a justiça; é também a bondade, imensa, infinita e caritativa. Ora, por que não obteríamos por nossas preces tudo o que a bondade pode conciliar com a justiça? Podemos pedir apoio e socorro nas ocasiões de angústia, mas somente Deus pode saber o que é mais conveniente para nós e, na falta daquilo que lhe pedimos, enviar-nos-á proteção fluídica e resignação.

*


Logo que uma pedra fende as águas, vê-se-lhes a superfície vibrar em ondulações concêntricas. Assim também o fluido universal vibra pelas nossas preces e pelos nossos pensamentos, com a diferença de que as vibrações das águas são limitadas, enquanto as do fluido universal se sucedem ao infinito. Todos os seres, todos os mundos estão banhados nesse elemento, assim como nós o estamos na atmosfera terrestre. Daí resulta que o nosso pensamento, quando é atuado por grande força de impulsão, por uma vontade perseverante, vai impressionar as almas a distâncias incalculáveis. Uma corrente fluídica se estabelece entre umas e outras e permite que os Espíritos elevados nos influenciem e respondam aos nossos chamados, mesmo que estejam nas profundezas do espaço.


Também sucede o mesmo com todas as almas sofredoras. A prece opera nelas qual magnetização à distância. Penetra através dos fluidos espessos e sombrios que envolvem os Espíritos infelizes; atenua suas mágoas e tristezas. É a flecha luminosa., a flecha de ouro rasgando as trevas. É a vibração harmônica que dilata e faz rejubilar-se a alma oprimida. Quanta consolação para esses Espíritos ao sentirem que não estão abandonados, quando vêem seres humanos interessando-se ainda por sua sorte! Sons, alternativamente poderosos e ternos, elevam-se como um cântico na extensão e repercutem com tanto maior intensidade quanto mais amorosa for a alma donde emanam. Chegam até eles, comovem-nos e penetram profundamente. Essa voz longínqua e amiga dá-lhes a paz, a esperança e a coragem. Se pudéssemos avaliar o efeito produzido por uma prece ardente, por uma vontade generosa e enérgica sobre os desgraçados, os nossos votos seriam muitas vezes a favor dos deserdados, dos abandonados do espaço, desses em quem ninguém pensa e que estão mergulhados em sombrio desânimo.


Orar pelos Espíritos infelizes, orar com compaixão, com amor, é uma das mais eficazes formas de caridade. Todos podem exercê-la, todos podem facilitar o desprendimento das almas, abreviar o tempo da perturbação por que elas passam depois da morte, atuando por um impulso caloroso do pensamento, por uma lembrança benévola e afetuosa. A prece facilita a desagregação corporal, ajuda o Espírito a libertar-se dos fluidos grosseiros que o ligam à matéria. Sob a influência das ondulações magnéticas projetadas por uma vontade poderosa, o torpor cessa, o Espírito se reconhece e assenhoreia-se de si próprio.


A prece por outrem, pelos nossos parentes, pelos infortunados e enfermos, quando feita com sentimentos sinceros e ardente fé, pode também produzir efeitos salutares. Mesmo quando as leis do destino lhe sejam um obstáculo, quando a provação deva ser cumprida até ao fim, a prece não é inútil. Os fluidos benéficos que traz em si acumulam-se para, no momento da morte, recaírem sobre o perispírito do ser amado.



"Reuni-vos para orar", disse o apóstolo . A prece feita em comum é um feixe de vontades, de pensamentos, raios, harmonias e perfumes que se dirige mais poderosamente ao seu alvo. Pode adquirir uma força irresistível, uma força capaz de agitar, de abalar as massas fluídicas. Que alavanca poderosa para a alma entusiasta, que dá ao seu impulso tudo quanto há de grandioso, de puro e de elevado em si! Nesse estado, seus pensamentos irrompem como corrente impetuosa, de abundantes e potentes eflúvios. Tem-se visto, algumas vezes, a alma em prece desprender-se do corpo e, inebriada pelo êxtase, seguir o pensamento fervoroso que se projetou como seu precursor através do infinito. O homem traz em si um motor incomparável, de que apenas sabe tirar medíocre proveito. Entretanto, para fazê-lo agir bastam duas coisas: a fé e a vontade.



Considerada sob tais aspectos, a prece perde todo o caráter místico. O seu alvo não é mais a obtenção de uma graça, de um favor, mas, sim, a elevação da alma e o relacionamento desta com as potências superiores, fluídicas e morais. A prece é o pensamento inclinado para o bem, é o fio luminoso que liga os mundos obscuros aos mundos divinos, os Espíritos encarnados às almas livres e radiantes. Desdenhá-la seria desprezar a única força que nos arranca ao conflito das paixões e dos interesses, nos transporta acima das coisas transitórias e nos une ao que é fixo, permanente e imutável no Universo. Em vez de repelirmos a prece, por causa dos abusos ridículos e odiosos de que foi objeto, não será melhor nos utilizarmos dela com critério e medida? É com recolhimento e sinceridade, é com sentimento que se deve orar. Evitemos as fórmulas banais usadas em certos meios. Nessas espécies de exercícios espirituais, apenas a nossa boca se move, pois a alma conserva-se muda. No fim de cada dia, antes de nos entregarmos ao repouso, perscrutemos a nós mesmos, examinemos cuidadosamente as nossas ações. Saibamos condenar o que for mau, a fim de o evitarmos, e louvemos o que houvermos feito de bom e útil. Solicitemos da Sabedoria Suprema que nos ajude a realizar em nós e ao nosso redor a beleza moral e perfeita. Longe das coisas mundanas, elevemos os nossos pensamentos. Que nossa alma se eleve, alegre e amorosa, para o Eterno. Ela descerá então dessas alturas com tesouros de paciência e de coragem, que tornarão fácil o cumprimento dos seus deveres e da sua tarefa de aperfeiçoamento.


E se, em nossa incapacidade para exprimir os sentimentos, é absolutamente necessário um texto, uma fórmula, digamos:



"Meu Deus, vós que sois grande, que sois tudo, deixai cair sobre mim, humilde, sobre mim, eu que não existo senão pela vossa vontade, um raio de divina luz. Fazei que, penetrado do vosso amor, me seja fácil fazer o bem e que eu tenha aversão ao mal; que, animado pelo desejo de vos agradar, meu espírito vença os obstáculos que se opõem à vitória da verdade sobre o erro, da fraternidade sobre o egoísmo; fazei que, em cada companheiro de provações, eu veja um irmão, assim como vedes um filho em cada um dos seres que de vós emanam e para vós devem voltar. Dai-me o amor do trabalho, que é o dever de todos sobre a Terra, e, com o auxílio do archote que colocaste ao meu alcance, esclarecei-me sobre as imperfeições que retardam meu adiantamento nesta vida e na vindoura." (101)



Unamos nossas vozes às do infinito. Tudo ora, tudo celebra a alegria de viver, desde o átomo que se agita na Lua até o astro imenso que flutua no éter. A adoração dos seres forma um concerto prodigioso que se expande no espaço e sobe a Deus. É a saudação dos filhos ao Pai, é a homenagem prestada pelas criaturas ao Criador. Interroga) a Natureza no esplendor dos dias de sol, na calma das noites estreladas. Escutai as grandes vozes dos oceanos, os murmúrios que se elevam do seio dos desertos e da profundeza dos bosques, os acentos misteriosos que se desprendem da folhagem, repercutem nos desfiladeiros solitários, sobem as planícies, os vales, franqueiam as alturas e espalham-se pelo Universo. Por toda parte, em todos os lugares, concentrando-vos, ouvireis o cântico admirável que a Terra dirige à Grande Alma. Mais Solene ainda é a prece dos mundos, o canto suave e profundo que faz vibrar a imensidade e cuja significação sublime somente os Espíritos elevados podem compreender.




DO LIVRO “AS FORÇAS DO BEM “ – autor espiritual Irmão thomé

Capítulo XIV


O HÁBITO DA ORAÇÃO DIÁRIA


O infinito amor do Divino Mestre pelos seus irmãos ter­renos, tem sido ininterruptamente demonstrado durante mi­lénios decorridos, por um sem-número de enviados a este pe­queno mundo de Deus. Ele próprio aceitou o duro sacrifício de tomar um corpo de carne para pessoalmente falar aos homens e mulheres da Terra, e todos sabemos o que resultou desse sacrifício feito há precisamente dois mil anos. Não foi a palavra do Senhor recebida com a merecida atenção pelos homens de então, que preferiram até crucificar o Divino Men­sageiro, tomado e julgado como impostor e revolucionário pe­rigoso para a paz e tranquilidade das populações da época. Sua doutrina de amor e perdão não mereceu maiores atenções dos potentados do momento, que cuidavam mais dos seus in­teresses de casta do que mesmo do bem-estar social dos seus semelhantes.


Como, entretanto, não há mal que sempre dure, chegou finalmente o tempo em que uma nova maneira de viver de­verá surgir na Terra, a qual será em breve conhecida em todos os quadrantes, e aceita e seguida por todos os povos. A Lei do Amor e do Perdão está sendo novamente incremen­tada no coração dos homens e mulheres deste século, para que o século próximo se constitua realmente o século da Luz Irradiante por toda a superfície terrena.






Grandes novidades estão para surgir no campo científico em benefício dos seres humanos, terminando algumas delas com grande parte das enfermidades que até agora têm resislido aos meios empregados na sua debelação. Com o pro­gresso a ser alcançado igualmente no emprego de novo com-liustivel, novos meios de transporte vão surgir para maior comodidade dos homens, tanto em terra como no mar e no ar, sendo que neste último elemento alcançará o homem a quase perfeição e maior segurança nos meios de comunica­ção . Já se encontram entre vós aqueles que deverão produzir esses melhoramentos, uns já cursando vossas universidades, outros ainda se preparando para isso.

Olhai com todo o amor para essas crianças que alegram os lares terrenos e procurai cercá-las do necessário carinho, a fim de que possam desenvolver e pôr em prática na pre­sente existência, os conhecimentos científicos de que são pos­suidoras. Sobretudo é necessário que se estabeleça a maior harmonia nos lares onde existem crianças, e que seus pais ou responsáveis se incumbam de despertar nelas os melhores sentimentos de fraternidade e amor para com os semelhantes. Lares foram constituídos e outros o estão sendo por Espíri­tos escolhidos para darem corpos físicos aos enviados do Se­nhor, para desempenhar missão nobilíssima junto aos seres humanos. Uma das maiores dificuldades para a consecução deste objetivo tem sido a fortaleza moral necessária aos côn­juges terrenos, na constituição e manutenção dos lares em que tais enviados devem aparecer. Para descobri-los desde sua partida para a Terra, trabalham incansavelmente muitos mi­lhares de Entidades a serviço do Senhor, cujo objetivo é sele-cionar, preparar e acompanhar aqueles a quem será conce­dida a graça de receberem como filhos, almas já possuidoras de grande evolução espiritual, e por isso portadoras de notá­veis conhecimentos científicos para a Terra.


Um dos diversos requisitos que aos futuros pais se tem apresentado para tão nobilitante missão, é o hábito da ora­ção diária, se possível pela manhã e à noite, tem o fim de conservarem permanentemente limpo o campo mental, de in­fluências perturbadoras incumbidas de embaraçar, com su­gestões maléficas, o bom êxito dos trabalhos de Nosso Se­nhor.


O hábito de orar deve ser considerado como o melhor meio de os encarnados obterem tudo aquilo de que possam necessitar para a sua felicidade na Terra, afastando conco­mitantemente vibrações que visam exclusivamente o contrá­rio do que lhes convém. A luta entre os agentes do bem e do mal é simplesmente terrível, meus queridos irmãos, em todos os setores da vida; e é através dessa luta que os Espíritos en­carnados podem demonstrar suas inclinações. Se se tornarem acessíveis às influências perturbadoras, seguindo-lhes as más sugestões, poderão encontrar-se a cada passo galgando a mar­gem do abismo em que caíram, para recomeçarem nova vida terrena. Se, pelo contrário, souberem repelir essas más in­fluências, o que só se consegue por meio do hábito da oração diária, não estarão apenas vencendo testes consigo próprios, como alcançarão firme e seguramente um alto grau de paz e felicidade, que jamais permutariam por todas as riquezas da Terra. Uns e outros são constantemente observados pelos mensageiros do Senhor, que nos determina ajudar de toda maneira os que souberem resistir às tentações do mal, e pro­curarmos salvar aqueles que delas se tornarem vítimas. Aos primeiros tudo se lhes dará, porque muito ainda se lhes pe­dirá; enquanto que aos últimos se amparará para que possam recuperar-se.



Com estes esclarecimentos, irmãos meus, claro está que Nosso Senhor não abandona a nenhum dos seus governados terrenos, e tudo empreende com a finalidade de ajudá-los a vencer os obstáculos do caminho que devem percorrer. Mas, como necessita de colaboradores na Terra para o aceleramento da evolução de todo o planeta, não regateia ajuda nem re­compensa àqueles que souberem resistir às forças do mal, para se constituírem novos apóstolos do bem. Desejo insistir em que Jesus não deseja fanáticos que o adorem, mas após­tolos que o ajudem na sua obra de aperfeiçoamento moral da humanidade. Ele não reconhece mérito algum naqueles que muito se ajoelham e batem no peito o mea culpa; absoluta­mente. Desses nenhiuna contribuição se pode esperar, porque cuidam apenas de si próprios; ao passo que a melhor maneira de servir a Nosso Senhor é fazer algo em benefício dos semeIhantes. E isto é tarefa ao alcance de todos. Um conselho, uma ajuda material que possa resultar num bem para al­guém, constituem meios de colaborar na grandiosa obra da evolução humana.



É mister esclarecer que o hábito da oração diária não deve ser entendido como um meio de agradar a Jesus, porque Nosso Senhor não necessita dessa oração. Esse hábito tem a finalidade precípua de o indivíduo que o pratica proteger-se a si mesmo contra as terríveis vibrações do mal, e poder cons­truir e manter sua própria felicidade. Este esclarecimento torna-se necessário em face de certos ensinamentos desde muito divulgados na Terra, de que é preciso orar para agra­dar a Deus. Não, meus irmãos. Para Deus como para Nosso Senhor, é indiferente que o filho ore ou não. Desse ato nem Deus nem Jesus lucram seja o que for. O filho que ora, esse sim, é que se beneficia dos eflúvios que atrai sobre si mesmo, eliminando do seu campo magnético os miasmEis, larvas men­tais e outros detritos que o possam prejudicar em sua vida e felicidade. Assim, desejo repetir uma vez mais: quem ora a Deus e a Jesus, está orando para si mesmo, assim como aquele que faz a sua refeição alimenta-se a si próprio e não a Deus, que não toma conhecimento desse ato. Isto é uma verdade incontestável.


Perguntar-me-eis provavelmente: — Então aquele que ora pedindo a proteção de Deus ou de Jesus, não a recebe? Eu vos responderei que todo ser humano é constituído dos dois pólos magnéticos, positivo e negativo, suficientes para atrair tudo quanto necessite para o seu bem-estar.






Quando, pois, o ser humano sente falta de algo e resolve orar para consegui-lo, ele está apenas projetando luz em seu campo mental em forma de vibrações, as quais, tal seja o fervor de sua oração, efetuarão a limpeza psíquica naquele sètor, aju­dando o pólo positivo a atrair o que haja motivado a oração.


Este assunto é longo e eu prosseguirei em outro capítulo de meus conselhos. Saúda-vos com efusão o vosso dedicado — Irmão Thomé.



Capítulo XIX

O TRABALHO E A ORAÇÃO



Os homens do presente, tanto quanto os do passado, têm recusado tomar a sério certos conselhos que de vez em quando surgem no meio ambiente, como a tentar despertá-los para as coisas relacionadas com os verdadeiros interesses do Es­pírito.






Grandes homens do passado cujos nomes a história re­gistra por seus feitos materiais, ficaram seriamente pertur­bados ao regressarem ao mundo espiritual donde haviam provindo, devido ao seu despreparo espiritual, ao fim da en­carnação recém-vencida. Isto sucedeu a homens que coman­daram legiões na Terra, a outros que foram verdadeiros árbi­tros no mundo dos negócios, a grandes capitães da indústria, banqueiros notáveis, líderes no comércio, potentados na polí­tica, mestres na diplomacia com acatamento geral às suas opiniões e atitudes, conduzindo com inteligência e habilidade rara os negócios de seus ministérios.






Estes homens, é claro, receberam na Terra uma instru­ção completa em vários anos de preparo especializado, tendo muitos deles adquirido elevado grau de cultura e experiência que lhes granjearam justo prestígio e renome, não apenas em seus próprios países como também no ambiente interna­cional. Pois bem, meus caros irmãos; dizer que a maioria dos homens citados, apenas conseguia fazer de Deus uma ideia vaga, imprecisa, nebulosa, não chegando a adquirir con­vicção a respeito de sua existência ou não, pode parecer uma fantasia, mas não o é realmente.






Tais homens alimentaram apenas em sua vida terrena, a preocupação de estarem sempre bem com seus chefes tran­sitórios, no que se refere aos políticos e diplomatas, pouco se lhes dando igualmente a existência do Divino Mestre Jesus, cuja doutrina apenas conheciam através dos filtros do cato­licismo ao tempo de sua meninice. Quanto aos homens do comércio e da indústria, como os do mundo financeiro, poucos foram os que realmente invocaram Nosso Senhor para o êxito de seus empreendimentos, e quase nenhum deles o fez em prol de sua melhoria espiritual.



Não é, pois, de surpreender que os Espíritos desses ho­mens, ao chegarem de regresso aos planos donde haviam descido à Terra para uma nova etapa de aprimoramento es­piritual, se encontrassem completamente estagnados e às escuras, por não haverem adquirido luz suficiente para pode­rem caminhar sozinhos. Muitos deles se quedaram silencio­sos, desalentados, em profunda meditação, recebendo intui­ções que sempre ocorrem nesses momentos, tendo alguns lan­çado para consigo mesmos as seguintes indagações:


— "Como é que eu me encontro em tão deplorável si­tuação, se fui na Terra um homem tão importante, acatado e respeitado por todos os que me conheceram?! Dar-se-á por­ventura, que o meu esforço e o meu trabalho não foram su­ficientes para conseguir luz para o meu Espírito? Como pode ser isto?"


Lançando tais indagações, esses Espíritos caíam nova­mente em meditação e desalento, e prosseguindo nesse estado, uma voz se fez ouvir, lançando-lhes outras indagações mais ou menos assim:


— Tens certeza, meu irmão, de que a tua vida terrena decorreu, em verdade, sob normas duma perfeita correção moral, reta justiça, conferindo a cada um de quantos te servi­ram aquilo a que fizeram jus? Ou será que a par de esforços nobilitantes para o teu Espírito, atos ocorreram em certo número que só podiam denegri-lo? Podes assegurar perante Nosso Senhor que fizeste algo para propagar, pela palavra ou pelo exemplo, a necessidr.de do amor ao próximo como um de seus luminosos ensinamentos? Ou procuraste usufruir da vida terrena todos os proventos possíveis para o teu prazer e engrandecimento perante os homens? Continua em tua me­ditação, irmão meu, que eu voltarei oportunamente para recolher tuas respostas às indagações que aí ficam...




A voz amiga emudeceu. O Espírito em causa caía em profundo desalento, assim permanecendo durante dias e dias, meses e anos até, ao constatar que sua última passagem pela Terra, numa vida opulenta e bonançosa, em nada contribuíra para o seu adiantamento espiritual.



A certo Espírito recém-chegado da Terra, durante cuja encarnação não aprendera sequer a rezar, porque fora jogado no trabalho em tenra idade, indagações semelhantes foram feitas, e ele, em sua perfeita consciência do que fora, apenas conseguiu responder mais ou menos o seguinte:



— Não sei quem assim me fala; mas vou responder com toda a minha alma, o que posso responder. Devo dizer que nem uma vez procurei dirigir-me a Deus, porque não pude aprender a chamá-lo, uma vez que iniciei minhas atividades ainda com os dentes de leite. A Nosso Senhor Jesus Cristo também nunca incomodei porque não me foi preciso. Se isso for uma falta, quero ser punido porque só agora tomo conhe­cimento dela. A única coisa que fiz durante os oitenta anos que vivi na Terra, foi trabalhar. Trabalhei posso dizer sem descanso, porque tendo criado indústrias, dei trabalho a al­guns milhares de operários, do qual outros milhares de ho­mens e mulheres viveram e se alimentaram, e lá continuam usufruindo o resultado de uma organização a que dia e noite me entreguei. Devo dizer ainda que injustiças, não me acusa a consciência de haver praticado; apenas fui sempre exigente no cumprimento dos deveres de cada um. Fundei escolas e centros assistenciais dentro da minha organização, só para servir e amparar meus operários e suas famílias."






Este Espírito, um pouco esgotado por sua narrativa, si­lenciou por momentos e ajuntou para finalizar:



— "Foi só o que pude fazer na Terra. Se merecer alguma punição, que ela se cumpra, segundo a vontade de Deus."


Este Espírito, caros irmãos, deu provas de ser realmente valoroso. Não tendo recebido instrução intelectual por ter sido atirado à vida em tenra idade, soube construir uma das maiores organizações de trabalho na Terra, proporcionando salário, educação técnica e assistência a muitos milhares de outros Espíritos. Se não se destacou por seu devotamento à Grande Causa de Jesus na Terra, mereceu do Divino Mestre aquele galardão que Nosso Senhor destina aos grandes cons­trutores da vida terrena. Tendo empregado em sua organiza­ção milhares de famílias, aquele irmão proporcionou-lhes meios de educarem seus filhos e parentes, resultando daí ha­ver atualmente numerosos engenheiros, médicos e técnicos em diversas especializações, a serviço da organização em que seus progenitores foram simples operários.


Este é um dos raros casos em que o trabalho organizado em justos princípios se pode substituir à oração. O fato de alguém proporcionar trabalho remunerado e constante, cons­titui para Deus uma forma de oração.



E os outros Espíritos? — perguntar-me-eis. Ai de mim irmãos meus; preferia não ter de responder, mas é meu dever fazê-lo porque é essa a minha missão. Entre aqueles a quem em princípio me referi, e que brilharam sobremodo na Terra pelos êxitos alcançados em virtude de sua cultura, de seu talento e senso de oportimidade, alguns não conseguiram afastar-se do local por vários anos, ao fim dos quais, de tanto implorarem, foi-lhes concedido um novo mergulho na carne, sob promessa de algo fazerem por sua elevação espiritual. Alguns deles encontram-se novamente aqui cumprindo mo­destas mas úteis tarefas, agarrados à ideia que do Alto trou­xeram, de que só o amor constrói para a eternidade. O tra­balho e a oração constituem, em verdade, as asas que podem conduzir os Espíritos encarnados mais rapidamente à aquisi­ção de sua verdadeira felicidade.


Aqui se despede de vós por hoje e vos abençoa o vosso dedicado — Irmão Thomé.
=========================================


Da página 101 do livro “As Fôrças do Bem”

(...)


“...A oração constitui por assim dizer o veículo que transportará o pedido dos encarnados aos pés de Nosso Senhor, por ser essa a única linguagem usada pelos Bons Espíritos. Uma oração partida do coração mais que dos lábios, opera verdadeiros milagres no mundo espiritual. Quando houver oportunidade, verificareis vós mesmos que os Espíritos infelizes desconheceram ou fizeram desconhecer esse mérito da oração. Ela pode ser ainda comparada a um poderoso avião em que desejásseis transportar-vos até aos pés do Senhor, para ali fazerdes o vosso pedido. E se não dispuserdes desse meio de transporte, como haveis de ir até lá? Respondei vós mesmos...”

    ===================================


Do livro “Leis Ocultas Para Uma Vida Melhor”
CAPITULO XXIII


A PRECE


Para as pessoas que conhecem o poder do pensamento, a prece é um poderoso incentivo e um exercício eficiente para o seu desenvolvimento. Realizada formalisticamente, como simples repetição de palavras sem a ação da mente, a prece é de resul­tado nulo, tanto para o desenvolvimento mental como para o atendimento do pedido.


Muitas pessoas têm o hábito de rezar continuamente, fazendo freqiientes pedidos a Deus ou a qualquer santo, e transformam-se em verdadeiras máquinas mentais. Se, de um lado, este fato provoca certa concentração mental, do outro, na maioria das. vezes, cria uma espécie de quisto mental, pela repetição mecânica de palavras, que fazem a mente girar, sempre em torno de um ponto e a fecha num círculo intransponível. É como se alguém desejasse ir a determinado lugar e em vez de tomar a direção certa, ficasse a dar voltas no mesmo quarteirão, sem dali poder sair. O mais que pode acontecer a estes indivíduos, é desenvol­verem os músculos e ficarem exaustos. O mesmo se dá com os chamados rezadores. No final de tanta reza, são criaturas com um pouco de força mental concentrada, porém desanimadas e descrentes, ou então, auto-iludidas, se alguns de seus pedidos foram atendidos.


A isto não podemos chamar prece, ou oração. Orar é erguer o pensamento o mais alto possível, desprender a alma do corpo, e jamais fixar a mente num ponto único, estagnando-a e reduzindo-a a um automatismo mais ou menos inconsciente. Infelizmente, a oração tem sido rebaixada a este sistema de reza, a uma rotina ou vício na maioria das religiões organizadas.



A oração tem origem científica, além de religiosa. É religiosa, porque procura ligar o homem a Deus, e científica, porque se baseia em leis naturais a que tem de obedecer para atingir o seu objetivo.


Só a concentração seguida da meditação e terminada na contemplação, realizará a verdadeira oração. Para que uma oração seja eficaz, o indivíduo deve primeiramente saber concen-trar-se, e em seguida, meditar para poder então encontrar a sua alma, o seu Eu real, que se comunica diretamente com o seu Mestre ou com Deus. Quem pretenda orar só para atender a interesses pessoais e passageiros, e não essencialmente para comun­gar com sua Divindade, alimenta-se de uma fé falsa, sujeita a desvanecer-se a qualquer momento.


A oração não é uma simples fórmula ou um conjunto de palavras decoradas, que a mente repete inconscientemente. É uma expressão de vida de que a mente serve de canal, levando o pensamento do indivíduo a Deus e trazendo d'Êle a Sua força e o Seu Amor, em benefício do suplicante. Orar também não é pedir. Orar é comungar com a Divindade e pôr-se assim, naturalmente, em comunhão com Deus.


Quem ora verdadeiramente, deixa de pedir. Enquanto o indivíduo ora, sua mente está em ação indireta com o seu Eu real; trabalhando na repetição constante, ela impede o rompi­mento do canal que a tornará serena, tranquila e límpida, capaz de refletir seu Espírito, e conseqiientemente, a presença de Deus. A oração realizada desta forma assemelha-se ao bater repetido e insistente numa porta, à espera de que alguém ouça e venha atender. Esta oração pode, quando o pedido é impessoal, atrair a presença de entidades dos mundos invisíveis, pelo que não podemos negar o seu valioso auxílio. Todavia, a realização deste pedido depende em grande parte do karma do pedinte e quando a sua efetivação não produz o efeito desejado, é muitas vezes motivado pela vontade do próprio Ego, desejando que sua personalidade se eleve por próprio esforço.

É sabido que a humanidade, em sua totalidade, depende ainda do auxílio exterior, quer venha de pessoas encarnadas ou desen­carnadas, de santos ou guias. Mas também é preciso não esquecer que, enquanto ela não conseguir vencer por si própria todos os obstáculos que aparecem à sua frente, jamais possuirá a verdadeira compreensão da vida e se livrará de novos males e novas ilusões. Só quando a alma se liga diretameníe ao Ego, é que assimila a lição da responsabilidade individual e coletiva, que lhe cabe como parte que é do Todo Universal. Só quando ela atinge o estado de plenitude de consciência, harmonizados os poderes da mente e do coração, é que triunfará do círculo vicioso em que vive, isto é, subjugada a uma série indefinida de existências, pagando e criando karma um após outro, ora nadando num mar de rosas e possuindo sob si a lama e a podri­dão dos erros acumulados no passado, ora sofrendo agudamente para despertar por si mesma o sentido do dever e da auto-responsabilidade.


As fórmulas fixadas para a oração são como que guias da mente, algo como trilhos que a conduzem a uma direção; mas, para que a mente não pare no caminho ou não entre por atalhos, é mister que a prece receba ao mesmo tempo um impulso do coração. A prece puramente intelectual não vai além da mente concreta, onde ela cria uma forma a revolutear em tomo, de si mesma, sem alcançar a eterna fonte de amor donde provém a verdadeira paz. Só a mente unida ao coração pode projetar do cérebro, por palavras ou em silêncio, um jato de força capaz de atingir o âmago da Vida e dali trazer o Amor de Deus para o coração aflito.

Quando aprende a comungar ao invés de pedir, será mais atendido em suas necessidades, e suas conquistas já não serão efémeras, mas reais. Serão triunfos do espírito sobre a matéria, libertação de erros e ilusões, felicidade e paz projetadas pelo seu próprio Espírito, e não empréstimos de outrem, pois qualquer que seja o emprestador, são sempre empréstimos e não uma conquista individual.


Devemos nos convencer de que a prece é simplesmente um meio e não um fim. Como meio, ela nos é de grande utilidade, desde que a realizemos religiosa e cientificamente, unidas as forças da mente às do coração. Os que se apegam a ela esperando por seu intermédio realizar a sua própria felici­dade ou libertação, estão em erro. Ficam presos nas gaiolas da ilusão, confiantes no auxílio externo, e perdem o contato direto com o seu verdadeiro Eu, donde provém a sabedoria própria. Os que a desprezam por vaidade pessoal, julgando-se auto-suficientes, quando em realidade ainda não o são, perdei em meio de formas mentais, criadas em torno da vaidade e orgulho, e desprezam um auxílio valioso que lhes pode sei.,. de guia em sua jornada para a senda reta e a verdadeira luz. Quando o indivíduo desconhece o caminho para alcançar um determinado ponto, é justo e natural pedir a indicação do rumo a tomar, porém sabe que o guia não irá levá-lo às costas, nem ficar eternamente seguido a sua mesma rota. Pior seria, que ao invés de pedir um guia, ficasse a perder tempo em busca do caminho sem poder encontrá-lo.

A prece é o guia mental do homem que deseja encontrar o portal que o levará à senda reta; mas a prece inteligente, envolta numa fê consciente e não a fé cega de quem fecha os oUios e espera ser levado. Quem despreza a prece, auto-sugestionado por poderes que não possui, também fecha os olhos na ilusão de sua falaz sabedoria, e fica como Narciso, mirando-se na sua própria imagem e criando um mundo individual e egoísta separado de tudo e de todos.

Quando o homem unifica sua consciência com a consciência universal, quando em seu coração pulsa a vida universal reinante no coração do mundo, a prece é para êle, então, uma ilusão, pois êle seria qual letra decorar o alfabeto. A prece é apenas meio de atrair para o homem as forças existentes em 'pontos ainda náo alcançados pelos seus poderes, e distribuí-las a outros.

Quando o homem está totalmente unido ao todo e sente a paz no coração como realização de uma libertação tolal, vive em contínua prece, embora não emita pensamento nem formule palavras para pedir ou dar. Torna-se a própria prece. Já está em comunhão com Deus. Vive n’Êle e manifesta natural e espontâneamente os seus poderes. É como a flor que perfuma e embeleza, ignorante da sua beleza e seu perfume. Para lá todos caminham, e aqueles que souberem pedir e dar, fazendo da prece um meio e não um fim obterão dela resultado prático e alcançarão a verdadeira paz. ===========================================================

Do livro “Reencontro com a Vida”, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda


O poder da oração

o cérebro, este dínamo gerador de energia psíquica, é também fonte de exteriorização que se espraia, facultando a vitalização ou o desequilíbrio na área que focaliza.

Externando-se através do pensamento, este se lhe torna o veículo que a potencializa e direciona. Quanto maior for a intensidade mental da ideia, mais poderosa se apresenta a onda em que se movimenta.


Em face dessa realidade, o cultivo dos pensamentos edificantes, pela constituição vibratória de que se reveste, estimula os neurónios cerebrais a produzirem substâncias saudáveis e processamentos eletroquímicos, que facilitam as sinapses e viajam pelo sistema circulatório, vitalizando as células e auxiliando-as no processo de mitose harmónica.

6Faça-se a tua vontade”. (N. do T.)
7 “Faça-se em mim segundo a tua palavra”. (N do T.)


=========================================

A VERDADEIRA PRECE

 

Foto de mãos segurando vela em meio à escuridão 



"Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei e se vos abrirá, porquanto, quem pede recebe, quem procura acha e àquele que bate se abre. Qual dentre vós dá uma pedra ao filho, quando este lhe pede pão? Ou, se pedir um peixe, qual lhe dará uma serpente? Ora, se, sendo maus como sois, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, com mais forte razão vosso Pai, que está nos céus, boas coisas dará aos que lhas pedirem". (Mt.7: 7 a 11)





Prece não é a repetição de palavras mais ou menos harmoniosas, mais ou menos sonoras, mais ou menos humildes, ditas com os lábios para que subam ao Senhor.

Oh! não será nas vossas bocas que ela encontrará o necessário ponto de apoio para subir a Deus. Só no fundo de vossos corações reside essa força de impulsão, pela ação da qual a prece espiritual, pensamento puro, surto de amor e de adoração, se evola de um só ímpeto para o trono do eterno. Que importam as palavras! Que importa mesmo o pensamento! O que é preciso é amor, é humildade, são os atos da vossa vida, os quais, reagindo sobre os vossos pensamentos, formem um todo perfeito, digno de aproximar-se da sede da perfeição. [...]

Tratai de reconhecer bem a força da prece, de conhecer os extraordinários recursos que podeis auferir dela, atraindo a vós os Espíritos protetores da humanidade.

A prece, insistimos em dizê-lo mais uma vez, não é o que supondes : uma reunião de palavras que se repetem todos os dias, com determinado fim. Em tais condições, cedo ou tarde, ela se torna maquinal.
A prece poderosa, a prece de Jesus são os atos da vida sempre praticados com o pensamento em Deus, sempre reportados a Deus; é um arroubo contínuo do pensamento, a todos os instantes, sejam quais forem as ocupações do momento; é uma aspiração incessantemente dirigida ao Criador, guiando a criatura na prática da verdade, da caridade e do amor, em bem do seu progresso intelectual e moral e do progresso de seus irmãos, aspiração que a liberta das condições humanas, fazendo reinar o Espírito sobre tudo que é matéria.

("Os Quatro Evangelhos", de Jean Baptiste Roustaing, Tomo III, item 196)