segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

O VERDADEIRO SENTIDO DA VIDA



Quase todos nós chegamos a um momento
de nossas existências em que nos 
questionamos sobre a necessidade da
existência, de estarmos aqui.

Muito se tem escrito, temos as teorias : 

Criacionismo, que é aquela onde somos 
criados por Deus, todos descendentes de 
Eva e Adão.

Pelo Criacionismo, a Alma é criada para
a personalidade que está no processo
de formação e tem apenas uma oportunidade;
se não for bem não irá para lugares felizes. 


A ciência já tem esclarecido  que esta 
teoria vai de encontro às descobertas
de vestígios de nossos ancestrais, 
datados de épocas muito anteriores
( não cabe aqui nesta postagem adentrar
neste assunto mais profundamente). 

O Papa Francisco afirmou, durante 
discurso na Pontifícia Academia de 
Ciências, que a Teoria da Evolução 
e o Big Bang são reais e criticou a
interpretação das pessoas que leem
o Gênesis, livro da Bíblia, achando 
que Deus  "tenha agido como um mago,
com uma varinha  mágica capaz de 
criar todas as coisas".
Segundo ele, a criação do mundo 
"não é obra do caos, mas deriva de um 
princípio supremo que cria por amor".

"O Big Bang não contradiz a intervenção
criadora, mas a exige", disse o pontífice 
na inauguração de um busto de bronze
em homenagem ao Papa  Emérito Bento XVI.

E, por segundo,  a teoria Evolucionista,
esta sim, bem alinhada com a ciência 
mais atualizada, e inclusive fortalecida 
com os resultados do Projeto genoma 
humano, onde ficou patente que somos bem 
próximos do mundo animal.  

Ocorre que o espiritual independe do
material pois o Espírito é pré existente 
e pós existente à vida na matéria.
Há muito a se aprender nesta questão,
que fica oculta se não for buscada, 
e um dos caminhos é o estudo da doutrina 
espírita, O Consolador prometido, nos 
esclarece, no Livro dos Espíritos, na questão
132, o objetivo da encarnação dos
Espíritos, que é imposta por Deus para
fazê-los chegar à perfeição.

Na questão 134, a doutrina nos esclarece
que ALMA é um Espírito encarnado, mas que  o
têrmo Alma é para designar quando o ESPÌRITO
está encarnado e que quando desencarna, 
- questão 149 - , "Volta a ser Espírito, isto é 
volta ao mundo dos Espíritos, que havia deixado
momentaneamente.  

Na questão 166, aprendemos que a Alma que 
não atingiu a perfeição durante a existência 
corporal, experimenta a prova de uma nova 
existência e que na prática elas são várias porque
apenas uma existência não é suficiente para que
o Espírito atinja o Zênith da evolução, porque a 
cada nova existência o Espírito dá um passo no
caminho  do progresso, tentando se despojar 
de todas as impurezas até que atinja um grau de
evolução que não mais seja necessário encarnar,
atingindo o estado de "Espírito bem-aventurado", 
de Espírito Puro (questão 170).

Da mesma forma, quando retornamos ao 
mundo dos Espíritos, ninguém quer saber o que 
fomos, mas sim o que nos tornamos nessa 
empreitada que terminou.

 Assim, meus irmãos, neste blog já postei um
capítulo dos estudos dos livros de Pietro Ubaldi,
que pode ser acessado a partir do link no final
desta postagem,  mas recomendo que, antes, 
leiam todo este artigo, que é a transcrição do 
capítulo XIV do livro    A DERRADEIRA CHAMADA
Por Irmão Thomé
Psicografia Diamantino Coelho Fernandes
 
CAPÍTULO XIV
O SENTIDO DA VIDA

"Muitas das pessoas aparentemente mais ilustradas da presente
geração na Terra, supõem estar vivendo a vida integralmente
compatível com os cânones espirituais que regem a existência dos
Espíritos encarnados.

Supõem essas pessoas erradamente, que o
sentido da vida consiste apenas em nascer, crescer, lutar, e
finalmente gozar os benefícios proporcionados pelo 
acúmulo de maior ou menor soma de bens terrenos, sem
 nenhuma outra obrigação para si mesmas.

Tal suposição está completamente errada, e só existe pela
circunstância resultante do envolvimento total do Espírito 
pela carne, cerceando-lhe a recordação de sua própria existência
 multimilenar, como Espíritos de Deus em pleno estágio evolutivo. 
Esta é a grande verdade que eu gostaria de fazer compreender a 
todos os homens e mulheres do momento que passa, em seu 
próprio benefício. Mas gostaria, sobretudo, de penetrar no âmago 
de seus corações e lá plantar esta grande verdade, para que os dias 
porvindouros os encontrassem convenientemente preparados.

Isto dizendo, meus queridos irmãos encarnados, nada mais faço
que cumprir determinação amorosa de Nosso Senhor Jesus, que não
descansa um minuto sequer, no afã de preparar os seres humanos
para a transição iminente das condições de vida na Terra. Já foi dito
por uma Entidade de grande luminosidade, que a Terra vista de Alto
assemelha-se a uma espécie de argamassa escura, em cuja superfície
vivem Espíritos de várias tonalidades vibratórias. Esta observação
traduz muito aproximadamente a situação do planeta em que viveis
uma vez mais, e que vos parece coisa muito diferente, acostumados
como estais a esse ambiente.

Eu vos direi, porém, que a vida que a todos vos espera no Alto,
não tem comparação com a que ora viveis, e está sendo vivida por
alguns de vossos entes queridos, amigos e conhecidos vossos que
souberam preparar-se para ela. Dir-vos-ei ainda, irmãos e amigos
meus, que nenhum Espírito possuidor de alguma luminosidade
deseja reencarnar na Terra, a não ser no desempenho de tarefas 
de serviço de Nosso Senhor, ou para acompanhar e guiar outros 
Espíritos em fase de aprimoramento. E isso pela simples razão de
 que a vida na Terra consiste numa continuidade de lutas, 
sofrimentos e decepções para o Espírito já possuidor de determinada
 categoria. Há, contudo, milhões de almas nos planos mais próximos 
ao vosso, que outra coisa não desejam senão reingressar no plano 
físico, onde esperam prosseguir em suas existências precedentes,
 em que demonstraram apenas o desejo de viver a vida puramente 
material, com esquecimento total das necessidades do Espírito. 
Esses seres viveram vidas completamente negativas, e por isso
 sofrem atualmente as consequências num estágio de
 reformulação de idéias e concepções espirituais.


E não é de dizer-se que apenas Espíritos incultos compõem essa
população de que vos falo, amigos meus. Há entre os que em tais
planos vivem, Espíritos que aqui perlustraram vossas 
universidades e até brilharam na explanação de idéias e 
concepções que poderei
denominar esdrúxulas, porque sem nenhum fundamento espiritual.
Há nesse meio Espíritos que muito se destacaram na negativa da
existência de Deus, Criador e Animador do Universo, afirmando que
tudo não passa de uma lei mecânica surgida do nada e pelo nada
alimentada, sendo o próprio indivíduo um seu produto.

Nesta e noutras teorias semelhantes, Espíritos desviados de seus
objetivos evolutivos bastante se aprofundaram, e perdida a matéria
com a morte do corpo, sentiram-se completamente perdidos no
Espaço, por não possuírem nenhum sentido da direção que lhes
cumpria tomar após a desencarnação. Estes irmãos foram então
recolhidos amorosamente pelas falanges socorristas do Senhor, e
conduzidos ao local em que ora se encontram, para refazerem suas
idéias errôneas acerca do sentido da Vida. Há ali escolas à altura
 dos conhecimentos e aptidões de cada um, desde que concordem em
frequentá-las, e com a graça do Senhor, um número bastante
respeitável destes irmãos já deu provas de aproveitamento. Apenas
não poderão reencarnar tão cedo na Terra, por estas duas razões: a
de que não poderão fazê-lo neste fim de século por falta de 
condições para viver no ambiente atual, e a de que com o início do
 próximo século, só elementos devidamente preparados poderão
 viver aqui. De maneira que, estuda-se presentemente no Alto a
 possibilidade de serem aquelas almas enviadas a outro mundo de 
vibração inferior à da Terra no século próximo, ou permanecerem
 onde estão por tempo indeterminado, em fase de recuperação total.

Isto que ora vos relato meus queridos irmãos e amigos, serve para
que possais formar uma idéia aproximada dos trabalhos do Senhor,
para conseguirmos corrigir juízos e concepções errôneas adquiridas
na Terra, por Espíritos mal orientados e por isso sujeitos a grandes
delongas em sua escala evolutiva. Afirmar, por exemplo, como
alguém frequentemente afirma, que tudo é matéria, matéria e só
matéria, e que nada mais existe além da matéria, é cometer
leviandade lamentável em seu próprio prejuízo e daqueles que lhes
derem ouvidos. Essa concepção total pode ter certo cabimento à luz
da própria ciência espiritual, que bem define os diversos estados da
matéria, segundo o plano em que a mesma venha a ser estudada.
Consistirá tal conceito numa concepção altamente científica, em que
se poderá atribuir ao próprio Espírito um determinado estado de
matéria.


Não tem sido essa, porém, a concepção a que se entregaram
aqueles nossos irmãos a quem me venho referindo, porque suas
conclusões os levaram exatamente a considerar o homem como
sendo o fator e dirigente máximo da vida planetária. Isto posto, a
conclusão a que todos devemos chegar, por ser a única que a todos
nos há de conduzir à perfectibilidades, e, consequentemente, à
integração numa vida planetária absolutamente tranquila e feliz, é a
de que todos os homens e mulheres da Terra são Espíritos em fase
evolutiva, sob a direção superior de Nosso Senhor Jesus, o Divino
Salvador de todos nós, e apelarmos constantemente para Ele, que
outra coisa não deseja que não seja o bem-estar e a felicidade de
todas as almas que o Pai Celestial lhe entregou para dirigir e
aprimorar. E como sabemos que a vida não termina absolutamente 
no túmulo, como o prova o fato deste vosso amigo estar aqui ditando
estes conceitos, a melhor maneira de todos porem termo aos seus
sofrimentos e preocupações atuais, é voltarem-se diariamente para o
Senhor e entregarem-Lhe os seus problemas.

Não há nem pode haver outra maneira de atrairdes a felicidade
relativa que podereis desfrutar enquanto na Terra, além deste meio
que ora vos aponto, e que representa a base e a razão de minha
vinda ao vosso meio terreno. Aceitá-lo e pô-lo em prática, é
determinação bastante agradável para todos vós, meus queridos,
sobre a qual espero podermos um dia ainda conversar.


Referindo-me ainda àqueles irmãos nossos de quem falei em
princípio, desejo informar-vos que eles não se encontram onde estão
devido a alguma espécie de castigo; absolutamente, meus queridos.
No Além não existe nenhuma espécie de castigo para quem quer que
seja, porque tudo ali é amor, amor, e somente amor. O fato de
grande número de almas passar a viver em determinado plano,
resulta do seu próprio estado vibratório, que entrou em harmonia com
vibração semelhante. E como os semelhantes se atraem , o que é 
uma grande verdade, as almas em referência, foram atraídas pelas
vibrações afins, aproximando-se instintivamente do plano em que
repousam. A todo o tempo em que suas vibrações se modifiquem pelo
apuro e correção de concepções errôneas, essas almas
automaticamente abandonam o plano em que se encontram, assim
como abandonaram o corpo físico na Terra quando o mesmo se lhes
tornou imprestável.


Este esclarecimento torna-se necessário para algumas pessoas
que poderiam atribuir a Nosso Senhor a separação das almas no
espaço, por meio de alguma seleção outra que não seja o rigoroso
estado vibratório de cada uma. E dizendo estado vibratório,
 implícito está que a seleção se processa automaticamente, 
segundo o grau de aprimoramento moral e espiritual que 
acompanha todos os seres viventes, quer na Terra como 
no Espaço, isto é, tanto durante a encarnação como
após a desencarnação dos Espíritos.
E assim sendo... para que dizer mais?"

 
 
 
 
E para que não haja dúvidas de que enquanto encarnados, na matéria, devemos valorizar a oportunidade da encarnação,  concedida pelo Pai Celestial, lembro, do Evangelho Segundo o Espiritismo - capítulo XVII  -  item 10, o seguinte ensinamento:
 
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - CAPÍTULO XVII
O HOMEM NO MUNDO

10. Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração dos que se reúnem sob as vistas do Senhor e imploram a assistência dos bons Espíritos.

Purificai, pois, os vossos corações; não consintais que neles demore qualquer pensamento mundano ou fútil.
Elevai o vosso espírito àqueles por quem chamais, a fim de que, encontrando em vós as necessárias disposições, possam lançar em profusão a semente que é preciso germine em vossas almas e dê frutos de caridade e justiça.

Não julgueis, todavia, que, exortando-vos  incessantemente à prece e à evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não; vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar.

Sois chamados a estar em contacto com espíritos de
naturezas diferentes, de caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes.

Sede joviais, sede ditosos, mas seja a vossa jovialidade a que provém de uma consciência limpa, seja a vossa ventura a do herdeiro do Céu que conta os dias que faltam para entrar na posse da sua herança.

Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre
aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem.

Basta reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador que vo-la deu;
basta que, quando começardes ou acabardes uma obra, eleveis o pensamento a esse Criador e lhe peçais, num arroubo d’alma, ou a sua proteção para que obtenhais êxito, ou a sua bênção para ela, se a conc1uístes.

Em tudo o que fizerdes, remontai à Fonte de todas as coisas, para que nenhuma de vossas ações deixe de ser purificada e santificada pela lembrança de Deus.

A perfeição está toda, como disse o Cristo, na prática
da caridade absoluta; mas, os deveres da caridade alcançam todas as posições sociais, desde o menor até o maior.

Nenhuma caridade teria a praticar o homem que vivesse
insulado. Unicamente no contacto com os seus semelhantes, nas lutas mais árduas é que ele encontra ensejo de praticá-la. Aquele, pois, que se isola priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de aperfeiçoar-se; não tendo de pensar senão em si, sua vida é a de um egoísta. (Cap. V, no 26.)

Não imagineis, portanto, que, para viverdes em comunicação constante conosco, para viverdes sob as vistas do Senhor, seja preciso vos cilicieis e cubrais de cinzas. Não, não, ainda uma vez vos dizemos.

Ditosos sede, segundo as necessidades da Humanidade; mas, que jamais na vossa felicidade entre um pensamento ou um ato que o possa ofender, ou fazer se vele o semblante dos que vos amam e dirigem. Deus é amor, e aqueles que amam santamente ele os abençoa.
– Um Espírito Protetor. (Bordéus, 1863.)

O PODER DA FÉ - fugit irreparabile tempus

Enquanto encarnados, contamos o tempo da personalidade,
mas a realidade é outra, pois que desencarnada, a imortal
individualidade constata a irreparável perda de tempo com desentendimentos inúteis e pela implacável atração aos bens materiais, que não pode levar consigo.

                      --------------------------------
"Sendo assim fiéis, cada uma dentro do seu quadro, as narrações se explicam e completam mutuamente, formando o conjunto da obra da revelação messiânica.                    

Não vos agarreis às contradições de palavras, às diferenças de minúcias, todas secundárias, sem valor e que não afetam a obra do Mestre.

Olhai com mais amplitude para a tarefa que vos está confiada. 
Cumpre-vos revelar os mistérios, que darão a conhecer aos homens,em espírito e verdade, quem é o Filho e os prepararão a saber quem é o Pai. Tendes que patentear aos olhos de todos a verdade tal como precisa ser vista, mas no tocante aos fatos principais, não a respeito de particularidades sem importância alguma. 

O tempo corre, vossas horas estão contadas, não as desperdiceis em tardanças inúteis.

Ocupai-vos, repetimos, com os fatos graves, que possam alterar a fé, ou que tenham sido adulterados pela tradição. 

Passai, sem vos deterdes, pelas críticas baseadas em minudências só dignas de prender a atenção das crianças ou de Espíritos pueris, evitando assim entrar em minuciosidades que nada valem. "

(Os Quatro Evangelhos - Tomo I  Nº 1)




DO LIVRO DERRADEIRA CHAMADA
autoria espiritual :  Irmão Thomé

CAPÍTULO XXXI

O PODER DA FÉ



Forças invisíveis de extraordinário poderio, às quais incumbe a
tarefa de promover a transformação da Terra em planeta de mais
elevado grau de espiritualidade, ultimam os preparativos do que
cumpre fazer nesse objetivo.


A reunião que no Alto se processa, de todos os elementos destacados
para o grande empreendimento em vias de execução, é o que entre vós
denominais “Assembléia Permanente” para a solução de algo que muito
vos interessa.


Os dias estão sendo assinalados da maneira mais precisa,
contados do maior para o menor, muito semelhantemente à
contagem que os vossos especialistas adotam para o lançamento dos
artefatos cósmicos, tão em uso como em progresso nos dias que
correm. Também no Alto essa contagem está sendo procedida do alto
para baixo, sendo o número zero o do início da partida para o que
tem de ser feito em volta deste minúsculo planeta.

Bom será, por conseguinte, que toda a população, terrena se encontre
preparada para viver dias provavelmente bem diferentes dos atuais.


Aqueles que tiverem podido implantar a fé em seus corações e a
cultivarem sem cessar, certos podem estar de que nada lhes
sucederá que possa ser considerado além de suas próprias forças.

É que estando a fé implantada no coração dos encarnados,
estarão eles de tal maneira amparados na Misericórdia Divina,
que possibilidades terão de servir de amparo por sua vez
aos desavisados ou mesmo endurecidos.

Nosso Senhor Jesus, o Guia Máximo dos seres humanos viventes
na Terra, tem preparado de longa data todo o socorro de que os seus
guiados possam vir a carecer em face dos acontecimentos previstos.

Mister se faz, no entanto, que faça cada um a sua parte com a
necessária antecedência, em vez de se deixar ficar à mercê das
circunstâncias, ou a esperar o milagre da salvação. Minha tarefa é
precisamente esta, de aconselhar os meus queridos irmãos e irmãs a
voltarem seus pensamentos constantes para o Senhor Jesus, na
certeza que aqui lhes deixo de que o não farão em vão.


Para que nenhuma ovelha do rebanho se perca, mas reunidas
estejam todas elas no aprisco do Senhor, é que este e muitos outros
mensageiros de Jesus se encontram na Terra, trabalhando de várias
maneiras, para despertar a todos os encarnados da letargia em que
muitos ainda se encontram em matéria de espiritualidade.


Irmãos e amigos que muito prezo em meu coração atendei sem
mais demora ao chamamento do Senhor, aceitando e pondo em
prática os meus conselhos, com o que nem sequer imaginar podeis o
quanto de felicidade isso vos reserva. Mas fazei-o ainda hoje, aqueles
de vós que o não fizeram antes, porque o que decidido está, bem
poderá surpreender-vos no dia de amanhã.


Certa vez em que reunidas se encontravam no Alto, Entidades de
grande luminosidade, tentando solucionar assunto grave prestes a se
positivar em determinada esfera vizinha da Terra, cujos habitantes
recalcitravam em seguir as instruções a eles levadas por autorizados
mensageiros, ouviu-se estranho ruído oriundo da posição daquela
esfera, levando as Entidades presentes a entrarem prontamente no
estado de profunda concentração, em favor dos habitantes daquele
pequeno planeta. Passados não eram mais do que minutos daquela
concentração, tudo ficou esclarecido para as Entidades ali reunidas, a
pequena esfera, provada ao máximo pelas vibrações contrárias de
seus habitantes, fendera-se ao meio, arrojando no espaço cósmico
uma grande maioria de sua população de seres ainda em fase
primária de evolução.

Como essa grande maioria assim arrojada no cosmos não dispusesse
de condições espirituais para salvar-se do sofrimento em que tal
situação a mergulhara, só uma solução existia para o problema,
e essa foi prontamente aplicada. O conjunto das Entidades em
estado de profunda concentração, passou a vibrar no sentido atrativo
das numerosas almas flutuantes na atmosfera do pequeno mundo
fendido, e tal foi o poder de sua fé assim irradiada, que a
Misericórdia Divina permitiu que todas fossem atraídas,
recebidas e confortadas carinhosamente.

Este fato deve servir para evidenciar ainda uma vez o
extraordinário poder da fé naqueles que souberem cultivá-la em seus
corações.

É este um dom, queridos irmãos, que passa a viver em
todos os Espíritos que o adquirem, e os acompanha, reforçando-se
pela eternidade em fora. Enquanto os bens terrenos permanecem na
Terra e se desfazem com a desencarnação do Espírito, a fé, muito ao
contrário, assim como a luz, incorporam-se definitivamente a ele,
fortalecendo-o e iluminando-o pelos milênios do porvir. É, por
conseguinte, um dos galardões que todos os encarnados podem e
devem tratar de incorporar à sua personalidade psíquica, porque
jamais o perderão e dele largamente se beneficiarão, podendo
estender a outros esse benefício, como sucedeu no caso da esfera há
pouco citada.

Bem adivinho a vossa curiosidade em relação ao pequeno mundo
de que falei, fendido ao meio por uma espécie de traumatismo
planetário. Trata-se de um caso como vários outros que sucedem na
imensidade do cosmos, e que pode vir a suceder também à Terra em
determinadas circunstâncias.

Sabendo-se que todos os mundos são seres vivos,
com vida própria, ambições e desejos como qualquer
outro ser, pode verificar-se neles uma agitação intestina de tal
magnitude que, ora uma fração ora outra de sua contextura, venha a
explodir com tal poder de violência, a ponto de separar-se da
respectiva matriz.

Vosso mundo atual conta em sua históriaacontecimentos desta
espécie, e praza aos céus não tenham eles de repetir-se
em consequência do extraordinário volume de vibrações
negativas acumuladas em sua atmosfera.


É precisamente para prevenir a repetição desta espécie de
acontecimentos na Terra, que o Senhor Jesus se empenha em
despertar em todos os seres humanos deste fim de século, a
necessidade inadiável da prece e da meditação, fatores bastante para
a implantação da fé em todos os corações, o que vale dizer, em todos
os Espíritos já possuidores de compreensão bastante para isso.


Antes de encerrar o capítulo desejo informar-vos ainda para
satisfazer a vossa curiosidade, que as duas metades da esfera
fendida, por força do dinamismo peculiar a todos os corpos celestes,
foram ajustando a própria forma, resultando ao fim de alguns séculos
de acelerada rotação, em novas esferas absolutamente
independentes, embora se tornassem satélites de outros planetas.


Isto é uma prova a mais de que nada se perde, mas tudo se
transforma, segundo a legenda legada à Terra por um grande Espírito
que aqui viveu. Tudo se transforma, sempre para melhor, convém
aduzir, visto, como não existe o retrocesso na natureza. Isto se
verifica aliás em tudo o que vos cerca, e se modifica, aperfeiçoa, se
aprimora sempre, porque realmente nada retrocede no Universo. Esta
é, pois, uma das verdades autênticas.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Ninguém pode ao mesmo tempo servir a dois senhores




DO LIVRO ELUCIDAÇÕES EVANGÉLICAS   ( Antônio Luiz Sayão )

34
MATEUS, 6º, 24 ao 34. -
LUCAS, 16º, 13 ao 15; e 12º, 22 ao 31.

Servir a Deus e não a Mamom.

- Nada de preocupação exclusiva com as coisas materiais.
- Confiar em Deus, procurando os caminhos que levam a Ele.


MATEUS: capítulo 6º, versículo:

- 24. Ninguém pode servir a dois senhores, porque, ou odiará
        a um e amará o outro, ou se submeterá a um e desprezará
        o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom .

25. Eis por que vos digo: não vos inquieteis pelo que comereis
         para sustento da vossa vida, nem com que vestireis o 
         vosso corpo. A vida não é muito mais do que o alimento,
         e o corpo muito mais do que as roupas?

26. Vede as aves do céu: não semeiam, não ceifam, não
    enchem celeiros e entretanto vosso Pai celestial as alimenta. 
    Não sois muito mais do que elas?

27. E qual de vós pode, pelo seu engenho, acrescentar
         um côvado à sua    estatura?

28. E com as vestes, por que vos inquietais? Considerai como
         crescem os lírios do campo: não trabalham, nem fiam.

29. E eu vos digo que, no entanto, nem Salomão, em toda a
         sua glória, jamais vestiu como um deles.

30. Se, pois, Deus cuida de vestir assim o feno dos campos 
         que hoje existe e amanhã será lançado ao forno, 
         quanto mais a vós, homens de pouca fé!

31. Não vos inquieteis, pois, dizendo: que comeremos? 
         ou: que beberemos? ou como nos vestiremos?

32. À semelhança dos gentios que se azafamam por essas
         coisas, porquanto vosso Pai sabe que delas precisais.

33. Procurai primeiramente o reino de Deus e sua justiça
         e todas aquelas coisas vos serão dadas de acréscimo.

34. Assim, não vos inquieteis pelo dia de amanhã, pois 
        o dia de amanhã cuidará de si mesmo. 
        Basta a cada dia a sua própria aflição.


LUCAS:

capítulo 16º, versículo:

- 13. Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou
        odiará a um e amará a outro, ou se dedicará a um 
        e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamon.

- 14. Os fariseus, que eram avarentos, ouvindo-lhe todas estas
        coisas, zombavam dele.

- 15. Jesus lhes disse: Pondes grande cuidado em parecer justos
        aos homens; mas Deus conhece os vossos corações;
        pois, o que é elevado aos olhos dos homens é abominação
        aos olhos de Deus.

LUCAS: capítulo 12º, versículo:

- 22. E disse a seus discípulos: Portanto, eu vos digo: não vos
        inquieteis pela vossa vida, cuidando do que comereis, nem 
        pelo vosso corpo, procurando com o que o cubrais.

- 23. A vida é mais do que o alimento e o corpo mais do que a roupa.

- 24. Considerai os corvos: não semeiam, nem ceifam, não têm
        despensa nem celeiro e Deus os sustenta. Não valeis mais
        do que eles?

- 25. Mas, qual de vós o que, pelo seu engenho,possa aumentar
        um côvado à sua estatura?

- 26. Se as menores coisas estão acima do vosso poder, por que vos
        haveis de inquietar pelas outras?

- 27. Vede como crescem os lírios; não trabalham, nem fiam, 
         e, entretanto, eu vos digo que nem mesmo Salomão,
         em toda a sua glória, jamais vestiu    como qualquer deles.

- 28. Ora, se Deus veste dessa maneira o feno que hoje está
        no campo e amanhã será lançado no forno, quanto mais
        a vós, homens de pouquíssima fé!

- 29. Não vos atribuleis, pois, pelo que haveis de comer ou 
        de beber; não fique em suspenso o vosso Espírito.

- 30. As gentes do mundo são que procuram todas essas 
        coisas; vosso Pai sabe que delas tendes necessidade.

31. Procurai, portanto, primeiramente, o reino de Deus 
         e a sua justiça e todas aquelas coisas vos serão dadas
         de acréscimo. (38)


A missão de Jesus, como ainda há pouco dizíamos, tinha por principal escopo libertar os homens do jugo, da escravidão da matéria e convencê-los de que o objetivo que devem colimar, o fim que acima de todas as coisas devem propor aos seus esforços é a conquista da vida eterna, isto é, a vida de puro Espírito, do Espírito que, havendo completado o ciclo das provas que se lhe tornaram necessárias ao progresso moral, chega ao supremo grau de pureza, o que lhe faculta a compreensão de Deus e o gozo eterno da vida espiritual livre, que o leva a aproximar-se cada vez mais do centro da onipotência, sem, todavia, igualar-se jamais à Divindade.

Predicando a homens grosseiros, de naturezas rebeldes, de almas endurecidas, tinha Ele, como também já dissemos, que lhes dirigir fortes e enérgicas reprimendas, para conseguir tocá-los um pouco, impressionando-lhes a imaginação.

Tendo-se em conta essas circunstâncias e considerando-se que as suas palavras devem ser interpretadas sempre segundo o espírito e não segundo a letra, facilmente se percebe que, ao proferir as que constam nos versículos acima, não pretendeu o divino Mestre aconselhar ao homem que, para satisfação de todas as necessidades da sua existência, se entregue exclusivamente aos cuidados do seu Criador;
que deixe de cumprir a sua tarefa;

que se despreocupe de toda previdência, negligenciando em precatar-se para os dias da senectude e da invalidez.

Jamais poderia Ele pensar em dar semelhante conselho, quando é certo que do conjunto de seus ensinos decorre para a criatura humana o dever de ajuntar no seu celeiro, enquanto se ache no vigor da idade, os grãos que lhe assegurem o pão da velhice. Apenas, o que é mister é que faça isso lealmente, com integridade diante do Senhor, sem desperdiçar qualquer parcela, porque lhe cabe ajudar seus irmãos desvalidos ou inválidos, que não puderam colher mais do que algumas espigas para seu sustento diário.

Portanto, trabalhar segundo as nossas forças e meios, pensando sempre nos que não o podem fazer, ou já não podem mais, e cuidando de auxiliá-los quanto nos seja possível, eis como cumpre procedamos, certos de que Deus abençoa os corações puros e as boas intenções.

Ninguém pode servir a Deus e a Mamon.

Mamon era uma divindade que os antigos sírios adoravam, um ídolo de prata ou de ouro, que mais ou menos correspondia ao Júpiter dos latinos e representava as paixões humanas, com seu cortejo de vícios, o que explica o pensamento de Jesus, quando disse:

Ninguém pode ao mesmo tempo servir a dois senhores.

De fato, não podemos viver a vida que Deus quer que vivamos, cedendo simultaneamente aos desvarios da vida mundana.

O mundo, em regra, considera coisas elevadas e dignas do maior apreço, únicas cobiçáveis, a riqueza e a glória, por serem as que satisfazem ao cego orgulho do homem, enquanto que o Senhor ama os de espírito humilde, aos simples e mansos de coração.

A criatura deve aguardar que pela vontade do seu Criador se lhe desenvolvam os predicados com que haja de brilhar aos olhos de seus irmãos,
mas deve esperar em atividade, no trabalho, que Deus sempre abençoa, e não na inércia, na ociosidade, na despreocupação com que a açucena dos campos espera, no seio da Terra, que de suas brilhantes vestes Ele a cubra.

Proceder de modo contrário é pretender que Jesus tenha encomiado a preguiça, a negligência, é fazer de suas palavras um pretexto para a incúria, para o fatalismo.

Não vos inquieteis pelo dia de amanhã. Quer isto dizer que, vivendo segundo os desígnios de Deus e trabalhando, como lhe cumpre, para a sua subsistência, deve o homem estar sempre confiante de que a tudo mais, como for de justiça e conforme às suas necessidades espirituais, o Pai proverá.

Quer dizer também que, embora sem ser menos previdente do que certos animais, não deve ele mostrar-se ambicioso, nem concentrar na acumulação de riquezas todos os seus pensamentos e desejos.

Quer, ainda, dizer que, se apesar da sua aplicação ao trabalho, vier o homem a achar-se na penúria, deve confiar-se ao Senhor, que, sabendo o que convém a cada uma de suas criaturas, se permite que em tal situação ele se encontre, é porque ela representa a prova necessária a lhe depurar o Espírito e a torná-lo digno do seu Criador.

Cônscios, que devemos estar, de que, por nós mesmos, nem as mínimas coisas somos capazes de fazer, como poderemos alimentar a pretensão de mudar a face dos acontecimentos, que todos decorrem da onisciente ação divina?

Em todas as circunstâncias, pois, o que nos cabe é conformar-nos, certos de que tudo obedece à vontade de Deus, que só ao nosso bem visa.
Não nos preocupemos com os cuidados e aflições que hajam de vir.

Entreguemo-nos confiantes à misericórdia do Senhor, que não deixará de chamar os obreiros diligentes para, no devido tempo, gozarem do fruto de seus labores.

Coragem, portanto, coragem, que esse tempo chegará.

Quando houvermos transposto a barreira que nos detém os passos, volveremos à nossa verdadeira pátria e de lá apreciaremos os progressos da Humanidade, e cumprida integralmente estará a revelação do Cristo.


(38) Gênese, 18º, 21.
- Êxodo, 3º, 8
- 1º Reis, 16º, 7.
- Job, 38º, 41.
- Salmos, 54º, 23; 146º, 9.
- JOÃO, 2º, 15.
- 1ª Epístola à Timóteo, 6º, 19.
- Aos Filipenses, 4º, 6.
- 1ª de Pedro, 5º, 7.
- Epístola aos Gálatas, 1º, 10.