domingo, 3 de setembro de 2017

ANDREW JACKSON DAVIS DESCREVENDO O PROCESSO DA MORTE




Descrição da morte 

(por Andrew Jackson Davis 1826 - 1910)



"De manhã, nada resolvas fazer contra, mas tudo faça pelo Reino dos Céus na Terra.À noite, retira-te em paz contigo mesmo - paz com todo o mundo. Contenta-te com o passado e com tudo que ele te trouxe. Agradece ao presente pelo que tens.  Sê paciente com o futuro e com o que ele te promete trazer." 
(A. Jackson Davis)


foi um grande médium norte americano, considerado o "João 

Batista" do Espiritismo . É dele que apresentamos abaixo um 

interessante texto  em que narra  o que viu estado mediúnico 

durante o processo de desencarnação de uma pessoa.  Essa 

descrição obviamente não se aplica a todos os tipos de morte ou 

de pessoas (ele mesmo explica no texto as condições). 

Tradução de A. Xavier.


A morte é palavra para significar "fim da vida", usada por aqueles que não conseguem ver que a morte é, na verdade, "o começo da vida" e a entrada do saguão sagrado da eternidade. Mas, penetremos em sua visão, no que há além do véu.

A pessoa agora agoniza no que é para ser uma morte rápida. 

Observe algo em sua temperatura. Os pés estão frios; as mãos 

quentes e macilentas; uma frieza pervade seus dedos. Vejam. O 

que é aquilo que se acumula no ar, acima da cabeça sobre o 

travesseiro? É uma emanação etérea - um halo magnético dourado 

- uma atmosfera pulsante quase auto consciente.



A temperatura do corpo agora abaixa rapidamente. A frieza se 

estende algo acima, dos pés aos joelhos, das pontas dos dedos aos 

cotovelos enquanto que, na mesma razão, a emanação ascende 

ainda mais alto sobre a cabeça. O frio agora se estende dos braços 

aos ombros, das pernas à cintura; e a emanação, embora não mais 

elevada no ar, está um pouco mais expandida, é um centro 

compacto que se assemelha a um núcleo brilhante como um sol 

em miniatura. O foco central brilhante é bem em verdade o 

cérebro do novo organismo espiritual que se forma.



O frio da morte agora se estende aos peitos em torno do qual a 

temperatura se reduz bastante. Vejam agora! A emanação contém 

a mesma proporção de cada princípio que compõe a alma - 

movimento, sensação vital, éteres; essências, magnetismo vital, 

eletricidade vital, instintos - e, bastante aumentada pela ascensão, 

ela flutua como uma massa compacta a ocupar agora mais 

elevação próxima ao teto. 



Agora os pulmões pararam de respirar, o pulso se foi, o coração 

não mais bate; enquanto isso, as células do cérebro, o corpus 

callosum, a medula, a coluna vertebral e os gânglios se iluminam 

em contrações e expansões que pulsam de leve e parecem 

governadas por si mesmas, como por um tipo de automatismo 

auto-consciente. Vejam! A substância cinzenta do cérebro pulsa em 

seu interior - uma pulsação lenta, discernível e profunda - não 

dolorosa - como pesada mas harmoniosa movimentação do mar. 

Vejam! A emanação exaltada, obediente a suas próprias leis 

imutáveis agora se alongou e adquiriu posição em ângulo reto em 

relação ao corpo horizontal mais abaixo. Observem! Vejam como o 

perfil de uma bela figura humana se forma a partir da emanação. 

Ela prende o que está acima à medula e ao   "corpus callosum" de 

dentro do cérebro por um cordão branco .



Você pode ver que um fio vital muito fino ainda conecta os vórtices 

e as fibras centrais ao cérebro moribundo com as extremidades 

inferiores da figura humana projetada na atmosfera. Não obstante 

esse fio vital, que age como um  condutor telegráfico - 

transportando mensagens em direções opostas no mesmo instante 

- é possível ver que a sombra envolvida em emanação dourada 

continua quase que imperceptivelmente a ascender.  

Lá, o que se vê agora? Uma cabeça humana simetricamente igual a 

outra, acima da massa e elevando-se lenta e admiravelmente da 

nuvem dourada de princípios substanciais. E agora surge o esboço 

de um semblante espiritual - face serena e cheia de beleza que 

desafia a capacidade de descrição das palavras. Vejam de novo! 

Emergem o pescoço e os belos ombros e mais! um após outro, em 

rápida sucessão, surgem todas as partes de um novo corpo, como 

que influenciados ou dirigidos por uma varinha mágica, uma 

imagem brilhante, totalmente natural, mas espiritual, uma perfeita 

cópia do corpo físico abandonado, um reencenamento de pessoa 

nas vizinhanças do céu, preparada para acompanhar o grupo 

celestial de inteligências superintendentes do paraíso.  



E o que foi aquilo? Em um piscar de olhos o fio telegráfico vital foi 

cortado -  partículas e princípios foram imediatamente atraídos 

para cima e absorvidos pelo corpo espiritual - de forma que a nova 

organização está livre da gravitação terrestre, ela 

está instantânea e absolutamente independente dos pesos e 

cuidados que tão firmemente a prendiam à Terra. 

[Somente se libertam assim na morte aqueles que agiram de forma 
correta.  Qualquer paixão cativante, último sentimento de dever não  cumprido, de injustiça cometida, é suficiente para manter o 
espírito preso à Terra, como um navio atado por grande âncora. 
Somente os puros tornam-se livres.]



Eis aqui um corpo espiritual, substancial e imortal. Semeado na 

escuridão e na desonra, ele agora é colhido na beleza e na 

claridade. Vejam que contraste - uma diferença muito grande - 

entre um e outro. Percorram com os olhos a sala. Há muitos 

amigos, parentes idosos, crianças na câmera da morte, eles 

choram sem o conforto ainda que da fé cega; enlutam-se trocando 

sussurros de esperança entre ouvidos que duvidam; reúnem-se em 

torno do prostrado, corpo frio; pressionam as pálpebras daqueles 

olhos agora cegos; em silêncio e pesar deixam a cena; e agora 

outras mãos dão início às preparações com as quais os vivos 

consagram a morte.


Mas, abramos nossos olhos maiores que teremos um dia quando 

revestidos pelos paramentos da imortalidade. Vejam! O novo corpo 

espiritual formado - rodeado por grupo de anjos guardiões - move-

se com graça em direção às praias celestiais. A personalidade 

emergida segue uma corrente vibratória de atração magnética que 

notamos penetrar no recinto e se ater ao cérebro  do ressurreto 

enquanto agonizava o corpo. Ela desce a partir do sensorium das 

inteligências superiores - uma  corrente fibrosa de luz telegráfica - 

enviadas de cima, para saudar com amor e guiar com sabedoria o 

recém ressuscitado.  Essa corrente amorosa, alimentada por 

pensamento, guia tranquilamente o recém emergido para cima e 

mais além.  



Por terras aveludadas e campos floridos do país celeste, um arco 

de promessa eterna torna-se visível e pende, preenchendo com 

beleza indescritível o oceano dos céus, a cobrir com amor infinito 

as zonas imensuráveis de Além-Túmulo.  

texto retirado da internet