sexta-feira, 3 de abril de 2020

O NOSSO DESTINO E A VONTADE DE DEUS


Caros irmãos, 

O momento é para reflexão de todos que habitam este planeta, que costumamos dizer, equivocadamente, que é nosso, mas não o é, porque estamos apenas de passagem por aqui.  

Cabe a cada um de nós decidir, mediante as leis de causa e efeito, se vamos nos demorar  por aqui ou se estaremos prontos para seguir em frente, para mundos mais felizes, conforme nos ensina o mestre Jesus.

No item 24 do capítulo V do Evangelho Segundo o Espiritismo, o Espírito DELPHINE DE GIRARDIN nos ensina que a INFELICIDADE  é: 
 a alegria, 
é o prazer, 
é a fama, 
é a agitação vã, 
é a louca satisfação da vaidade, que fazem calar a consciência, que comprimem a ação do pensamento, que atordoam o homem  sobre o futuro. Ela nos ensina que a infelicidade é o ópio do esquecimento.

O Espiritismo veio para esclarecer e recolocar em sua verdadeira luz A VERDADE e o ERRO, que a cegueira dos homens desfigurou.

DELPHINE DE GIRARDIN nos esclarece que " para julgar uma coisa  é preciso, pois, ver-lhe as consequências; é assim que, para apreciar o que é realmente feliz ou infeliz para o homem, é preciso se transportar além desta vida, porque é lá que as consequências se fazem sentir; ora, tudo o que se chama infelicidade segundo sua curta visão, cessa com a vida e encontra sua compensação na vida futura" 

    
Assim é caros irmãos, que devemos nos preocupar no trabalho de burilamento da alma, que, devido à pluralidade das existências,  é o objeto de nossa estada aqui neste planeta, neste país, nesta família em que fomos recebidos, porque não existe acaso, não existe a cegonha que sai com o  neném e atende à requisição dos país - até mesmo porque há aqueles que nascem sem o planejamento dos pais terrenos .

Nosso caminho é longo, a jornada de reconstrução é extensa, a ignorância relativa vai sendo aos poucos substituída pela sabedoria. Um desenho mais ou menos similar é nos lembrarmos que ao atingirmos uma idade mais madura estaremos mais esclarecidos e a maioria com o coração mais compreensivo se não deixar que a falta do exercício do perdão frutifique o desamor, a mágoa, o rancor.

 É necessário que saibamos que aqui neste planeta, o normal é a dificuldade  e assim é que quando uma crise assola todo o planeta é porque ela está sendo necessária, que visa corrigir ou dar uma direção comum a todos que por ela são atingidos.  No caso atual, é toda a população do planeta que está sendo atingida e para preservar a espécie, o homem tem conhecimento de que necessita evitar que ela se alastre.  Não importa que ela não seja mortal para todos, mas de alguma forma irá atingir muitos, deixará sequelas que ainda não temos ideia quais serão, se poderão causar outras modificações nos humanos e assim vai trazer mais implicações para a espécie. E tudo isto causado por um virus invisível, tanto é que existem pessoas que simplesmente reagem e negam a sua existência, e afirmam que morrem alguns porque chega a hora...





EVANGELHO DE LUCAS:

12:6  Não se vendem cinco pardais por dois asses?  E nenhum deles está esquecido diante  de  Deus .

12:7  Mas até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.
         Não temais !  Valeis mais do que muitos pardais. 


EVANGELHO DE MATEUS 

10:29  Não se vendem dois pardais por um asse?   E nenhum deles cairá sobre a Terra sem (consentimento) do vosso Pai.

10:30   Todos os cabelos da vossa cabeça estão contados;

10:31   Portanto, não temais. Vós valeis mais do que muitos pardais!

10:32   Assim, todo aquele que se declarar por mim diante dos homens, eu  também  me declararei por ele diante do meu Pai (que está) nos céus.



E, prosseguindo com a explanação sobre
como funcionam as Leis de Deus, trago 
o capítulo IV do Livro  "A LEI DE DEUS",
de autoria de Pietro Ubaldi.

- Este livro está disponível para compra em www.ubaldi.org



Deus está presente para proteger a todos; 
 
mas, o benefício dessa proteção é natural e 
 
justo só o recebam aqueles que compreenderam 
 
a necessidade de obedecer à Sua Lei.


IV

EM HARMONIA COM A LEI


O nosso destino e a Vontade de Deus.


Continuemos falando sobre a Divina Providência. Se soubermos olhar em profundidade, ou seja, além da superfície das coisas, veremos um mundo regido por leis diferentes das que vigoram em nosso mundo. 

Trata-se de substituir o espírito de egoísmo e de separatismo vigente, por um espírito de união com Deus e de colaboração com o próximo. 

Trata-se de nos colocarmos num estado de aceitação perante a Lei de Deus, ao invés de nos colocarmos num estado de imposição para com o próximo. É na aplicação desta nova lei, a do Evangelho, que consiste o segredo da felicidade e o caminho para fugir dos muitos sofrimentos que nos atormentam.

Falamos de união com Deus, de obediência à Lei, de aceitação da vontade d'Ele. 

Surge agora a pergunta: como é possível chegar a compreender esta vontade de Deus a que devemos obedecer?

Deus não tem boca, mas fala; não tem mãos, mas opera. 

Deus está presente, não há dúvida, mas não podemos percebê-Lo em forma material, na superfície das coisas, com os nossos sentidos. 

Deus esta presente, mas na profundeza de tudo o que existe. 

Há então dois caminhos para percebê-Lo: 

ou o da introspecção, olhando e penetrando dentro de nós por intermédio da meditação ou concentração, ou olhando os efeitos que, da profundidade onde está Deus, vêm até à superfície, revelando assim a natureza das coisas que os geram e movimentam. 

Pode-se assim chegar a compreender o pensamento de Deus, pelo menos no que diz respeito à nossa vida, quer afinando os sentidos no caminho da espiritualização, quer, para os que não conseguem olhar para dentro, olhando para fora, ou seja, observando o que vai acontecendo conosco e ao redor de nós.

Não podemos negar que a primeira origem de tudo está na profundidade, e que Deus, embora não tenha mãos, opera. 

A nossa vida e o nosso destino não se desenrolam ao acaso, mas são dirigidos por Deus. Então, se os acontecimentos podem, até certo ponto, ser o efeito da nossa vontade, em grande parte exprimem também a vontade de Deus. As duas vontades se misturam, colaborando quando concordam, e em luta uma contra a outra quando são discrepantes. No primeiro caso, dizem a mesma coisa, e então é fácil conhecer a vontade de Deus. No segundo caso, dizem duas coisas diferentes. Mas, quando tivermos separado desse conjunto o que é efeito da nossa vontade, restará aquilo que nos vai revelar qual é a vontade de Deus a nosso respeito.

Se observarmos a nossa vida, veremos que há fatos sobre os quais podemos exercer a nossa livre-escolha à vontade. 

Mas, veremos também que existem outros fatos acima da nossa vontade; são acontecimentos em relação aos quais não há escapatórias.

Há uma parte da nossa vida regida como que por um destino, com características quase de fatalidade; há uma outra vontade, maior do que a nossa, à qual, queiramos ou não, temos de obedecer. Muitos acontecimentos parecem possuir uma vontade própria contra a qual não adianta rebelarmo-nos, nem deles fugir, apesar de o tentarmos por todos os meios. 

Na vida, há para todos uma parte livre, mas também existe uma parte em relação á qual vigora o princípio de aceitação. Aqui está a vontade de Deus, e o espírito da nossa desobediência não tem poder algum. Esta parte pode ser triste ou alegre, de satisfação ou de sofrimento, mas é sempre justa, obrigatória, imposta pela Lei. 

Em geral, esta é a conseqüência fatal do que livremente semeamos em nosso passado; fatal, não por um princípio de fatalismo que nos faria autômatos irresponsáveis, mas como efeito exato da nossa livre-vontade e do que ela quis realizar no terreno das causas, para que, conforme a Lei, tivesse de atuar no terreno dos efeitos. Aqui termina o domínio da nossa livre-escolha e vigora, em seu pleno poder, a Lei, que exige sempre obediência.

Entramos aqui no domínio do destino, e vemos a maneira pela qual o construimos para nós mesmos. O que domina tudo e todos é sempre a Lei, ou seja, a Vontade de Deus. Disso não se pode escapar. Mais cedo ou mais tarde temos de obedecer. Os inteligentes procuram conhecer a Lei nos seus princípios gerais e a Vontade de Deus no caso particular das suas vidas. Aceitando o que eles sabem que e justo, evitam atritos, choques, revoltas que geram a dor. Este é o caminho direto, mais proveitoso, menos doloroso. Se cometeram erros, estão prontos a pagar, de boa vontade, conforme a Lei de Deus. O método da aceitação pacífica resolve o conflito entre a criatura e a Lei, de maneira mais rápida e tranqüila, qualquer que seja a pena que se deva pagar.

Os que não possuem esta inteligência e boa vontade, os que estão ainda mergulhados na ignorância  e na revolta, ao invés de aceitar, rebelam-se, aumentando assim as suas faltas, piorando a sua posição, amontoando novas dívidas por cima das antigas. Estão acostumados a usar o sistema próprio do plano de vida animal do homem na Terra, segundo o qual o mais forte é o que vale e vence. Mas, não sabem que esse plano de vida inferior encontra-se regido pelas leis dos planos superiores, que a violência só pode dar fruto na Terra e unicamente nesse baixo nível de vida é passível o domínio da injustiça. O que esse tipo de homem julga ser a lei de tudo, não é senão a lei do seu ambiente terrestre. O homem usa, assim, um método errado, o método da revolta, pensando que por seu intermédio consegue vencer, impondo-se, quando, na verdade está usando um método que serve apenas para fabricar a dor.

Mas, é lógico e justo que assim seja, porque  a dor é a única voz por ele compreendida, e não há outro caminho para guiar um indivíduo, que por natureza tende a ser livre, até compreender a existência da Lei. Rebelar-se é o maior erro que se possa cometer. Se a Lei do universo quer que o caminho para a felicidade seja o da obediência, é lícito ao homem construir para si quantos sofrimentos queira, porque  isto lhe faz abrir os olhos e o obriga, para seu bem, a aprender. Mas não lhe é lícito destruir a Lei, pois nesse caso, se ele possuísse esse poder lançaria tudo no caos. Se Deus permitisse ao homem tanto poder, a ruína e o sofrimento humanos já não seriam apenas momentâneos e suscetíveis de reparação por intermédio da dura limpeza feita pela dor, mas seriam um fracasso definitivo, um mal irreparável, uma derrota de toda a obra de Deus, sem outra possibilidade de salvação.

De certo, a ignorância e a rebeldia do homem almejariam chegar até àquele fim. 

Mas, a sabedoria e a bondade, de Deus o salvam de um tão grande desastre à força, para seu bem, constrangendo-o a que ele não se perca, obrigando-o a limpar-se, a corrigir-se, a aprender através da dor. Perante um quadro de lógica, bondade e justiça assim tão perfeitas, há ainda no mundo gente que, sem ter compreendido nada, quer julgar Deus como culpado dos sofrimentos que há no mundo. Procuram-se assim infelizes escapatórias, lançando-se a culpa em Deus ou em seus próprios semelhantes. Mas, é inútil. Tudo fica na mesma. Os erros têm de ser corrigidos, as dívidas têm de ser pagas, a lição tem de ser aprendida. Quando chega a dor, nunca queremos admitir que a culpa seja nossa, e não de outros. Perante a Lei, cada um se encontra sozinho e trabalha por sua conta. Cada um fica com o destino que quis construir para si mesmo. Rebelar-se é pior. O mais que pode fazer é resignar-se e corrigir-se, construindo para si, de agora em diante, um destino melhor, de convicta obediência  a Deus, agradecendo-Lhe pela dura lição que vai conduzi-lo à felicidade.

Esta é a verdade mais importante que cada um precisa compreender: 

Deus é, em tudo e sempre, o dono absoluto e da Sua Lei não nos podemos evadir. 

Seja qual for a religião a que o homem pertença, seja o maior dos ateus, ele obedeceu, obedece e obedecerá sempre a Deus, no sentido de que não pode escapar da Sua Lei. 

Por exemplo: o fato de pertencermos a uma ou outra crença não nos isenta da dependência da lei da gravitação. 

O erro está em acreditar que estas verdades, das quais estamos falando, sejam particulares a este ou àquele grupo, religião ou filosofia humana, quando, de fato, são verdades que existem, continuam existindo e funcionando, mesmo quando o homem não as conheça ou não as queira admitir. Elas existem de maneira independente do conhecimento, da negação e mesmo da existência do homem. A conclusão é que todos obedecem a Deus: os crentes sabendo o que fazem, os descrentes sem o saberem; os bons, de boa vontade, de olhos abertos, por amor, sustentados pela justiça de Deus; os maus, de má vontade, nas trevas, revoltados, com raiva, esmagados pela mesma justiça de Deus.

É bem estranha e primitiva esta maneira de conceber tudo em função de si mesmo, pela qual o homem se faz centro, finalidade única e também dono, se pudesse, da criação. Mas, em quantos erros e ilusões  psicológicas ele incorre nessa primitiva maneira de conceber as coisas! E com quantas dores terá o homem de pagar a sua ignorância! Quantas vezes terá de bater a sua dura cabeça contra as paredes da Lei, até que compreenda quão inútil e dolorosa é a loucura da sua rebeldia, e quão grande é a vantagem de coordenar-se com a Lei, conforme a Vontade de Deus!

Esta Vontade, saibamos ou não, queiramos ou não, é a atmosfera que todos respiramos, da qual não podemos sair, assim como respiramos o ar da atmosfera terrestre inevitavelmente.

Os materialistas julgam que a ciência poderá impor-se à Lei de Deus, quando na verdade poderá apenas demonstrá-la. E, ao mesmo tempo em que eles estão trabalhando para construir um mundo sem a espiritualidade, a Lei rege a evolução da vida, e os dirige, impulsionando-os para construir um mundo baseado nessa espiritualidade. Construtores e destruidores, apesar de o fazerem de forma oposta, de fato todos colaboram dentro da mesma Lei, para realizar a mesma construção. 

Assim como a morte é necessária para gerar a vida, e colaborar com ela para constantemente renová-la, sem o que não seria possível a sua evolução, assim, os destruidores são necessários para realizar os mais baixos trabalhos de limpeza do terreno, sobre o qual de outra maneira não seria possível construir. Trata-se de um trabalho feio, desagradável, desairoso, mas necessário, que os construtores, de raça mais nobre, nunca fariam, nem poderiam fazê-lo, porque , depois de terminado, quem o executou tem de ser afastado para não prejudicar a nova construção. Eis, de fato, o que vemos acontecer nas revoluções, nas quais é raro constatar que quem as realizou tenha recolhido para si o fruto das suas lutas.

Continuaremos nestas nossas conversas, observando quão profunda é a sabedoria da Lei e quão grande é a ignorância do homem a seu respeito. Concluímos a nossa conversa de hoje observando que, queiramos ou não, nos fatos concernentes a nós, afinal de contas, a nossa vontade e a Vontade de Deus trabalham juntas. Não que a boa vontade do homem tenha de colaborar, mas porque  Deus permite que trabalhe também a nossa vontade, para a qual estabelece limites, efeitos e direção final. Podemos assim calcular quantas forças atuam entrelaçadas, a todo momento, em cada ato da nossa vida. Antes de tudo, está presente a nossa vontade passada, agora na forma dos seus efeitos que aparecem como fatais. 
Acima desses impulsos sobrepõe-se e opera a nossa vontade atual que tem o poder de corrigir, nos seus efeitos, aquela nossa vontade passada, iniciando novos caminhos ou endireitando os antigos. 

Mas, todo esse trabalho o homem não o cumpre sozinho, abandonado a si mesmo; antes, o executa ao longo dos trilhos de uma estrada já marcada pela Lei de Deus, que estabelece até onde o ser está livre para errar, o poder e a natureza das reações da Lei ao erro, a técnica da elaboração e assimilação de experiências e a meta final de todo o grande caminho da evolução.

Estamos no começo das nossas explicações e já podemos vislumbrar quantas coisas contém a nossa vida de cada dia, mesmo nos seus impulsos e atos mais simples.





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