A BOA NOVA
Vencida a etapa onde admitimos que há uma principal e uma derivada razão para que estejamos aqui neste planeta, onde tanta desigualdade é percebida, podemos passar ao passo imediato, que é a elucidação de uma constatação que se apresenta ao observador um pouco mais atento.
Recordemos de Pietro Ubaldi, que nos informou que ao ouvir a palavra EVOLUÇÃO, teve um despertamento, era a palavra chave que daria início a um trabalho de conscientização para nós, humanos, encarnados e desorientados, apesar de acreditarmos que somos detentores dos segredos da vida.
A cada descoberta da ciência, percebemos o quanto somos pobres de conhecimento!
JESUS
FRANCISCO DE ASSIS
INQUISIÇÃO
KARDEC
Só para citar alguns poucos.
A Criação Divina
Escrito
por Castro Alves
(psicografia:
por
Jorge Rizzini)
|
I
E
disse Deus no infinito:
“-
Que se faça o firmamento...”
E
o Pai condensou aos poucos
O
Seu próprio pensamento.
E
a Santa Sabedoria
Deu
início à sinfonia!
Fez
o Espaço e a Energia,
A
Matéria e o Movimento!
II
E
disse Deus, satisfeito:
“-
Que nos espaços profundos
Surjam
infinitos mundos!”
E
os contínuos turbilhões,
A
explodir no Espaço infindo,
Geraram
astros fulgentes
De
cores surpreendentes...
Galáxias!
Constelações!
III
Estava
feito o Universo
-
Condensação da Vontade!
Infinito,
eterno, puro,
Como
é a Divindade!
E
nele estava presente
O
Princípio Inteligente,
-
E a Vida, em fase latente,
Esperava
atividade!
IV
E
esse Princípio ativo,
Com
o fluido universal,
Gera
o simples vegetal!
-
E a Vida acorda nos mundos!
E
diz Deus onipresente
Ao
princípio da matéria:
“ – Evoluir!
És bactéria
No
charco e mares profundos!”
V
E
o ser unicelular,
Desenvolve
seu psiquismo:
Multiplica
suas células,
Fragmenta-se
– transformismo!
E
nos ambientes vários,
Já
não são protozoários,
São
ativos operários,
Com
diferente organismo!
VI
E
o Princípio Inteligente
Com
a Lei da Reencarnação,
Vai
sofrendo mutação
Nos
vários corpos que agita!
Cresce
nas águas, no solo;
Evolui
nos campos, erra;
É
animal feroz na guerra,
Sofre,
geme, chora e grita!
VII
E
chega o grande momento...
Vai
espantar-se a Criação!
Deus
proclama em muitos mundos:
“-
Agora a humanização!”
E
a Santa Lei Paterna,
Que
ao Universo governa,
Gera
o Homem da Caverna,
-
Ilumina-se a Razão!
VIII
Humanidades
se espalham
Nos
mundos já de granito,
Marcha
o Homem pro Infinito,
Como
quer o Criador!
Desenvolve
o raciocínio,
Adquire
conhecimento,
Vence
a treva, o raio, o vento,
A
neve, o mar, o calor!
IX
Mas,
a criação não pára...
Vão
nascer os novos mundos!
Rubros
sóis geram planetas,
Pequenos,
grandes, rotundos!
E
a Terra – que é um estilhaço!
Surge
e dança pelo Espaço,
Já
trazendo no regaço,
Da
Vida os germes fecundos!
X
E
com a Lei da Evolução,
Ganha
o Globo o Ser Humano!
Desde
logo é soberano,
Na
planície, rios, serra...
Vai
passando o fio do Tempo...
E
o Homem, já milenar,
Inda
é bruto – e a guerrear,
Lava
em sangue toda a Terra!
XI
Povo
escravo não tem pausa
No
trabalho à luz do archote;
E
monumentos, impérios,
São
erguidos com o chicote!
Cresce
a cultura imortal,
Mas
pouco avança a Moral,
-
E da Lei, o pedestal
É
a forca, a cruz, o garrote!
XII
Mas
diz Deus onisciente
A
um de seus Assessores:
“-
Ouço da Terra os clamores!
Geme
meu povo na cruz!
Desce,
Cristo, ao escuro mundo,
E
prega a Fraternidade,
A
Verdade e a Caridade!
E
inunda a Terra de luz!”
XIII
E
a Luz espancou as trevas
Para
que o Homem não peque;
Depois,
reencarna Kardec!
-
E o Globo vê nova luz!
E
o gigante com a Ciência
Descobre
e analisa o Espírito,
Interpreta
o perispírito,
-
E complementa Jesus!
XIV
Todas
as Leis então ocultas
São
dadas à Humanidade!
Disssolvem-se
antigos dogmas
À
luz da Mediunidade!
E
o Homem, que vivia aflito,
Na
matéria circunscrito,
Hoje
fala com o Infinito,
Tem
nas mãos toda a Verdade!
XV
O
Universo é pensamento
Condensado
– é vibração!
Mas
o Espírito já puro,
Foge
à humana concepção!
Vê
o átomo e a energia!
De
Deus – a Sabedoria!
O
Amor que Ele irradia!
-
E tem do Pai a visão!
XVI
Por
isso, ó homens da Terra,
Piedade
com os ateus,
Como
teve Jesus Cristo
Com
os antigos fariseus!
Sede
bons, tende Humildade,
Praticai
a Caridade,
E
aqui, na Imortalidade,
Vereis a
face de Deus!
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