sábado, 2 de maio de 2020

E NA HORA DA MORTE... O TEMOR DA MORTE.


Assista no youtube:   https://youtu.be/QA1ZT1vADuU

Provavelmente, desde o ano de 2019, nosso planeta recebeu a 
visita do CORONA VIRUS COVID-19.

Temos tido oportunidade de assistir alguns filmes que em histórias fictícias, exibiam interessantes relatos, busca do primeiro infectado, a descoberta da cura, etc.  

Diante da presença da ameaça invisível, poucos dirigentes de nações  souberam avaliar corretamente qual era o momento correto para se tomar medidas efetivas para atenuar o impacto da propagação do vírus por toda a face do planeta. 

E assim, chegamos até aqui, hoje, 01 de maio de 2020,  com milhares de pessoas mortas, cujos parentes não estão tendo oportunidade de se prepararem para fazer o velório.  Por todo o planeta,  são muitos os que sucumbiram à avassaladora força desse virus.  As urnas funerárias não podem ser abertas; devem  permanecer fechadas, a fim de não  contagiar os mais próximos.

Então, chegamos a  uma condição em que simplesmente passamos a sentir a ação das leis implacáveis, aquelas sobre as quais nada pode interferir, não há força, não há dinheiro que as modifique.

Sendo assim, o que nos resta ? 

Ah,  resta-nos aproveitar a oportunidade de aprendizado.  

Na vida do encarnado, quando ele aporta aqui na matéria, permanece um tempo com a consciência como que opaca, e, à medida que passa sua infância, sua adolescência, seu Espírito (potencias da individualidade) começa a tomar as rédeas da encarnação. A partir daí, basta ter amor no coração, ser manso e pacífico e as portas irão se abrindo, as provas se apresentando (e as expiações também quando for o caso).  

Devemos ter em mente que estando em evolução  (aprendizado constante), todos somos falíveis.  Neste plano em que estamos tudo é relativo, e a perfeição não é encontrada aqui, assim como a real felicidade também não o é. O homem encarnado aqui neste planeta não tem ideia do que seja a verdadeira felicidade. Tudo aqui é relativo.

Para vencer esta etapa que é obrigatória e quase para todos compulsória,  é  necessário estar acompanhado da paciência, da humildade, da indulgência,  da resignação, da perseverança, da piedade, da caridade, da capacidade de saber perdoar, enfim, do amor incondicional. 

No  item 4 do capítulo XX do  Evangelho dos Espíritas, falando sobre a MISSÃO DOS ESPÍRITAS, o Espírito ERASTO  ensina que a FÉ é a virtude que ergue as montanhas, porém, lembra que as montanhas mais pesadas jazem no coração dos homens:   são as impurezas e todos os vícios das impurezas. E vai além, porque nos dá ESPERANÇAS de que vamos conseguir sucesso e que as gerações futuras não devem conhecer tais impurezas senão no estado de lendas.

Afirmar que todo aquele que se diz espírita seja um verdadeiro espírita, não é uma afirmativa consciente.  Allan Kardec diz:

“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas más inclinações. Enquanto um se contenta com o seu horizonte limitado, outro, que apreende alguma coisa de melhor, se esforça por desligar-se dele e sempre o consegue, se tem firme a vontade”.




Assim, é fácil perceber que não só o espírita, mas todos aqueles que fazem a vontade do Pai, como ensinou Jesus, conseguirão retornar à verdadeira vida com menos dívida que quando aqui aportaram.  Sim... falo em débitos porque a ignorância tem um custo. O desamor tem custo; a vida na matéria tem custo; as paixões têm custo... nada se consegue sem trabalho... 

Aqueles que tiverem trabalhado na seara do Senhor com desinteresse e apenas exercendo a CARIDADE, terão suas jornadas de trabalho pagas em cêntuplo e será conforme nos ensinam as escrituras. 

"Felizes serão  aqueles que terão dito a seus irmãos :
 irmãos, trabalhemos  juntos, e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor encontre a obra pronta à sua chegada"  porque o  Senhor lhes dirá:  
Vinde a mim, vós que sois bons servidores, que calastes os vossos ciúmes e as vossas discórdias para não deixar a obra prejudicada.  Mas ai daqueles que  que, por suas dissensões,    terão retardado a hora da colheita, porque a tempestade virá e serão carregados no turbilhão!  

Eles gritarão: Graça ! Graça ! 

Mas o Senhor lhes dirá:
Por que pedís graça, vós que não tivestes piedade de vossos irmãos, e que recusastes lhes estender a mão, vós que esmagastes o fraco, em lugar de o sustentar ? 
Por que pedís graça, vós que procurastes a vossa recompensa nas alegrias da Terra e na satisfação do vosso orgulho?
 Já recebestes a vossa recompensa, tal como pretendestes, não peçais mais: as recompensas celestes são para aqueles que não terão pedido as recompensas da Terra."    
(ESE - Capitulo XX item 5) 


Neste mesmo  item citado:

"Deus faz, neste momento o recenseamento dos seus servidores fiéis, e marcou com o seu dedo aqueles que não têm senão a aparência do devotamento, a fim de que não usurpem mais o salário dos servidores corajosos, porque é àqueles que  não recuarem diante de suas tarefas que vai confiar os postos mais difíceis na grande obra de regeneração pelo Espiritismo, e estas palavras se cumprirão:

OS PRIMEIROS SERÃO OS ÚLTIMOS , E OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS NO REINO DOS CÉUS."
 ( O Espírito de Verdade, Paris - 1862).

Do texto acima, entende-se que é aos determinados e corajosos, conscientes de seus compromissos como apóstolos do Senhor que estão reservados os postos de trabalho difíceis na obra do Senhor.  O entendimento de que é este o caminho de retorno à Casa do Pai nos fará perseverar e avançar, cuidar daqueles que necessitem, levar a cada um, pacientemente, o esclarecimento de que a vida na matéria é um meio e não um fim. 

Lembremo-nos que o amor é de essência divina, e, desde o primeiro até o último, possuímos no fundo do coração a chama desse fogo sagrado.

Importante lembrar que para estar habilitado a receber o  perdão de Deus, é necessário, ANTES,  exercer o perdão incondicional e sincero e não aquele só das palavras, porque a Deus nada fica vedado . 

Então, finalmente concluindo, vamos lembrar a questão 961 do Livro dos Espíritos: 

961.  Qual o sentimento que domina a maioria dos homens no momento da morte:  a dúvida, o temor ou a esperança ?

- "A dúvida nos cépticos endurecidos;
   o temor, nos culpados e
   a esperança , nos homens de bem."